segunda-feira, 29 de junho de 2009

Formação

Formação

Não ignoro que a principal incumbência assinada ao ensino em geral, e
em especial ao universitário, é a formação. A universidade prepara o
aluno para a vida, transmite-lhe os saberes adequados ao exercício
cabal de uma profissão escolhida no conjunto de necessidades
manifestada pela sociedade, escolha essa que se alguma vez foi guiada
pelos imperativos da vocação, é com mais frequência resultante dos
progressos científicos e tecnológicos, e também de interessadas
demandas empresariais. Em qualquer caso, a universidade terá sempre
motivos para pensar que cumpriu o seu papel ao entregar à sociedade
jovens preparados para receberem e integrarem no seu acervo de
conhecimentos as lições que ainda lhe faltam, isto é, as da
experiência, madre de todas as coisas humanas. Ora, se a universidade,
como era seu dever, formou, e se a chamada formação contínua fará o
resto, a pergunta é inevitável: ?Onde está o problema?? O problema
está em que me limitei a falar da formação necessária ao desempenho de
uma profissão, deixando de lado outra formação, a do indivíduo, da
pessoa, do cidadão, essa trindade terrestre, três em um corpo só. É
tempo de tocar o delicado assunto. Qualquer acção formativa pressupõe,
naturalmente, um objecto e um objectivo. O objecto é a pessoa a quem
se pretende formar, o objectivo está na natureza e na finalidade da
formação. Uma formação literária, por exemplo, não apresentará mais
dúvidas que as que resultarem dos métodos de ensino e da maior ou
menor capacidade de recepção do educando. A questão, porém, mudará
radicalmente de figura sempre que se trate de formar pessoas, sempre
que se pretenda incutir no que designei por ?objecto?, não apenas as
matérias disciplinares que constituem o curso, mas um complexo de
valores éticos e relacionais teóricos e práticos indispensáveis à
actividade profissional. No entanto, formar pessoas não é, por si só,
um aval tranquilizador. Uma educação que propugnasse ideias de
superioridade racial ou biológica estaria a perverter a própria noção
de valor, pondo o negativo no lugar do positivo, substituindo os
ideais solidários do respeito humano pela intolerância e pela
xenofobia. Não faltam exemplos na história antiga e recente da
humanidade.
Aonde pretendo chegar com este arrazoado? À universidade. E também à
democracia. À universidade porque ela deverá ser tanto uma instituição
dispensadora de conhecimentos como o lugar por excelência de formação
do cidadão, da pessoa educada nos valores da solidariedade humana e do
respeito pela paz, educada para a liberdade e para a crítica, para o
debate responsável das ideias. Argumentar-se-á que uma parte
importante dessa tarefa pertence à família como célula básica da
sociedade, porém, como sabemos, a instituição familiar atravessa uma
crise de identidade que a tornou impotente perante as transformações
de todo o tipo que caracterizam a nossa época. A família, salvo
excepções, tende a adormecer a consciência, ao passo que a
universidade, sendo lugar de pluralidades e encontros, reúne todas as
condições para suscitar uma aprendizagem prática e efectiva dos mais
amplos valores democráticos, principiando pelo que me parece
fundamental: o questionamento da própria democracia. Há que procurar o
modo de reinventá-la, de arrancá-la ao imobilismo da rotina e da
descrença, bem ajudadas, uma e outra, pelos poderes económico e
político a quem convém manter a decorativa fachada do edifício
democrático, mas que nos têm impedido de verificar se por trás dela
algo subsiste ainda. Em minha opinião, o que resta é, quase sempre,
usado muito mais para armar de eficácia as mentiras que para defender
as verdades. O que chamamos democracia começa a assemelhar-se
tristemente ao pano solene que cobre a urna onde já está apodrecendo o
cadáver. Reinventemos, pois, a democracia antes que seja demasiado
tarde. E que a universidade nos ajude. Quererá ela? Poderá ela?

José Saramago

sábado, 27 de junho de 2009

Reunião Projeto do RU


Boa noite, unespianos.

Vou tentar fazer um resumo do que aconteceu hoje na reunião.
Por volta das 14:30, na Sala dos Órgãos Colegiados, eu Diego(Dacel), Kpta(Capsi), Cainã(Dacel), Pastor(Cacoff), Capô(Dafae) e Derci(Arquitetura), entramos na sala onde se deu a reunião. O Diretor do Campus, Prof. Luiz Henrique Monteiro, havia convocado apenas um representante por Diretório Acadêmico. Em teoria, deveriam haver apenas 2 representantes discentes, já que o DADICA(Diretório da FAAC) está sem gestão.
Entramos na sala e quando a reunião foi iniciada, dissemos que os alunos presentes eram de entidades estudantis, e que pela quantidade de pessoas presentes na sala e dada a importância da presença de discentes, deveríamos ficar.

O diretor Henrique, juntamente com o diretor da FAAC - Roberto Deganutti - disseram que visitaram alguns RUs das Unesps, o da UFSCAR e também o da USP de São Carlos, pra conhecer os projetos e como funcionam as dinâmicas de funcionamento dos mesmos, para dar um parâmetro do que seria necessário ao campus de Bauru e atendesse a nossa demanda.

Sem muitos problemas, assim se deu. A arquiteta que apresentou os projetos é uma ex-aluna de Arquitetura do nosso próprio campus, e ressaltou desde o início que conhecia a antiga demanda do Restaurante Universitário aqui e que se sentia honrada em estar apresentando o projeto.
O local da construção do RU será atrás do Guilhermão, entre este e os prédios dos laboratórios da FAAC.
Foram apresentados 3 projetos. O primeiro foi o que mais agradou a grande maioria dos presentes. Será um prédio de dimensões grandes, com um salão amplo onde serão servidas as refeições.
O RU terá a capacidade de servir cerca de 4000 refeições/dia, sendo que 2500 no almoço e 1500 na janta. O restaurante não terá subsídio. O preço que se pretende cobrar pela refeição é de R$3,00.
O projeto contará com um prédio anexo, onde deverão ser construídos locais para convivência estudantil, além de agências bancárias, sala para exposição de trabalhos, lan-house, livraria e até uma academia.

Bom, não preciso ressaltar que esses últimos itens foram os que deram mais polêmica. Reinteramos que deve haver um local para convivência dos estudantes, para apresentações culturais, onde os alunos, funcionários e estudantes possam conviver, permanecer no local, e não como foi apresentado, um local para se gastar depois do almoço.
Enfim, não se precipitem. Esse projeto não é conclusivo. Algumas sugestões foram apresentadas e ele deve sofrer alterações. Os próprios "burocratas" não concordaram em plenitude com esse prédio anexo, da forma como foi apresentado. Essas questões podem ser discutidas pela comunidade acadêmica. Convenhamos: como todas as faculdades do campus possuem laboratórios didáticos de computação, não precisamos de lan-house. Academia? Isso aqui não é novelinha das 5 da Rede Globo! O espaço é público e não deve ser destinado para fins mercantilistas.

Ficamos presentes na reunião até por volta das 16:45, quando fomos gentilmente convidados a nos retirar. O prof. Henrique disse que precisava conversar detalhes técnicos entre os membros do GAC, e como ele estava sendo democrático até aquele momento, pediu para que saissemos. Insistimos em permanecer mas ele reiterou que não poderíamos permanecer ali, ou ele daria a reunião por encerrada.
O que eles conversariam ali que não podíamos ouvir? Fica a pergunta...

A BATALHA NÃO ESTÁ GANHA!
Nem perto disso. Para que o RU comece a ser construído no ano que vem, este projeto precisa estar pronto até meados de agosto, não muito depois disso. Estando pronto, há toda uma burocracia legal a ser cumprida, como aberttura de Edital para as empresas interessadas se apresentem e etc. E aí sim, o projeto será incluído na peça orçamentária de 2010, e então o Reitor Herman colocará (como já firmado compromisso em reunião com os alunos da Unesp Bauru) o projeto como prioridade de construção.
Ou seja, se o projeto ficar pronto, ele "solta a grana".
Ah, só pra constar. O valor da construção está estimado em cerca de 2 milhões de reais, mais 1 milhão de reais para a aquisição dos equipamentos.

O que os estudantes devem fazer agora?
Cobrar para que este projeto saia logo!!!! Não vamos mais uma vez acreditar na burocracia, como aconteceu com a moradia no ano passado quando achávamos que a batalha estava ganha. Precisamos estar vigilantes, e acompanhar todo o processo a partir de agora. Queremos os prazos! Queremos discutir junto com a direção o que de fato será a convivência do RU. Temos que opinar e colocar aquilo que nos interessa, afinal, não somos nós os maiores interessados e beneficiados com o Restaurante Universitário???
Se alguém lembrar de algo, comenta aí que eu completo.

Pretendemos conseguir uma cópia do projeto apresentado para que possamos levá-lo aos alunos e interá-los do mesmo.
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Comentário sobre a Proposta de Projeto Arquitetônico do RU Bauru

A proposta de instalação do RU apresentada pela arquiteta Alexandra Alcântara, apesar de contestações, traduz-se em grande ganho para a comunidade acadêmica, pois além de atender o programa de necessidades, exprime valor estético. O Projeto Arquitetônico estabelece a implantação do restaurante em uma região central do campus, atrás do Guilhermão, visando eqüidistância das existentes e futuras instalações. O prédio busca a diversidade de materiais construtivos, o que caracteriza riqueza projetual; aberturas para ventilação e insolação almejando a sustentabilidade; e espaços generosos permitindo a sua boa funcionalidade. Com esses detalhes, o edifício deve destacar-se dos demais já existentes, desenhando-se inovador e reflexo positivo do investimento público. Por outro lado, a proposta sofreu contestações, pois havia acessos mal dimensionados; espaços não condizentes com a realidade atual dos alunos, como o anfiteatro e salas comerciais. Mas como eram estudos preliminares, a arquiteta comprometeu-se a considerar as observações feitas e rever os pontos questionados. O grande ganho está no fato da Universidade abrir espaço para um profissional especializado, permitindo certa liberdade projetual que tenta traduzir os anseios das diversas categorias da UNESP Bauru. A grande preocupação é o cumprimento do prazo para que a obra possa entrar no orçamento de 2010, podendo acarretar perda na qualidade projetual e assim afetar diretamente o cotidiano de nós universitários.

Wilson Christensen - Dercy – 3º ano Arquitetura

Até breve!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Paralisação do dia 22/06

Ontem as três categorias da UNESP-Bauru, estudantes, funcionários e professores estavam paralisados contra a repressão na Universidade Pública do estado de São Paulo. Esta data foi decidida em Assembléias realizadas semana passada, por cada categoria, nas quais o foco era justamente a repressão e a retomada das negociações da pauta unificada do fórum dos sindicatos dos trabalhadores, das associações docentes e das entidades estudantis das três universidades estaduais paulista, o Fórum das Seis. Essas negociações ocorrem com o Conselho de Reitores das Universidades do Estado de São Paulo, o Cruesp, e não estão avançando devido a politicagem do Cruesp e a sua truculência ao permitir a invasão da polícia na USP (como mostram os vídeos postados aqui noo blog).

Devido a esses fatos ontem houve uma paralisação parcial das atividades com aderência em massa dos funcionários do campus e parcelas dos alunos e professores. O intuito era de avançar na discussão sobre repressão e as demais questões que afligem a UNESP e a Universidade Pública. Houve panfletagem desde as 9h da manhã por parte do movimento estudantil daqui para chamar os estudantes para a paralisação. Houve também duas reuniões durante a tarde para discutir os problemas citados. As reuniões estavam esvaziadas, mas fomentaram mais uma vez a discussão no campus.

Dessas reuniões se decidiu por realizar uma Assembléia Geral dos Estudantes na quinta-feira, dia 25/06, as 17:30, na sala 54. Será feito um balanço da paralização e da retomada das negociações da pauta unificada, será discutida a mobilização em geral, tanto do campus quanto do estado e também será discutido o Restaurante Universitário e a reunião do dia 26/06 que será sobre o projeto do R.U.. A reunião ocorrerá as 14:30, na sala da Concgregação da FC e da FAAC que é no prédio das graduações e diretorias das duas faculdades.

Sendo fim de semestre é complicado se juntar para lutar pelos nossos direitos, afinal, o cotidiano vai contra a nossa mobilização, mas nãon podemos deixar de lado os problemas que afligem a Universidade.

Vamos todos para a Assembléia de quinta-feira fazer um balanço sobre as nossas mobiilizações!

Vamos para essa reunião sexta-feira decidir como será o Restaruante do campus de Bauru!


Não vamos deixar que as nosso cotidiano nos deixe inertes, nós podemos conquistar as nossas reivindicações na luta!


Em breve mais informes do movimento estadual e de Bauru...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

PM na USP

Vídeo feito pelos funcionários, estudantes e professores em greve. Mais vídeos seram públicados durante as mobilizações de Bauru.

domingo, 21 de junho de 2009

PM na USP

Assembléia Segunda e Paralização

Saudações.

Na assembléia de quarta-feira, dia 17/06 exibimos um video feito por estudantes que estiveram no ato da USP que foi reprimido barbaramente pela polícia militar.

Para repudiar tal atitude e solidarizar com os estudantes, professores e funcionários das três universidades paulistas decidimos por:

- Compor ao ato do dia 18/06 na Paulista com as bandeiras principais de não à repressão, Fora Suely Vilela e Fora P.M. da USP

- Auxiliar na paralização de docentes tirada na assembléia de mesmo dia para segunda-feira dia 22/06 a partir de uma comissão que passe em salas pedindo a adesão expontânea à paralização.

- Assembléia Segunda-Feira às 18:00 na sala 54 para avaliação

concentração:
Manhã: 8:00 em frente à biblioteca
Tarde: 13:00 em mesmo local

Todos ao ato de Segunda-Feira!
Construir a paralização
única alternativa para mostrar que os estudantes de Bauru não estão parados, que não concordamos com a aberta falta de liberdade nas universidades !

quarta-feira, 17 de junho de 2009

ASSEMBLÉIA GERAL DOS ESTUDANTES

DIA 17/06 - QUARTA FEIRA - Sala 54
(perto do LDC e da pracinha)

HORÁRIO 17:30

PAUTA:

-REPRESSÃO
-INFORMES DA MOBILIZAÇÃO ESTADUAL
-VÍDEOS DA INVASÃO NA USP PELA P.M.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Assembléia de professores - 17/06

Amanhã, as 9h da manhã, na sala 01, será realizada uma Assembléia dos Docentes de Bauru.

A Assembléia foi chamada pela Associação dos Docentes da UNESP (ADUNESP) e a entidade está convocando todos os professores do campus. A pauta abrangerá os seguintes pontos:

1) INFORMES
A) DOCENTES
B) SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS
C) DISCIENTES
2) CAMPANHA SALARIAL
3) PLANO DE CARREIRA
4) GRADE DE DESEMPENHO
5) CRIMINALIZAÇÃO DO MOVIMENTO SINDICAL
A) POLÍCIA NA UNIVERSIDADE
B) DEMISSÕES
6) OUTROS

Devem ser discutido apoio dos professores do campus às reivindicações da Greve da USP.

As decisões que forem tomadas nessa Assembléia seram postados aqui e também outros informes.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Justiça exige readmissão imediata do Sindicalista Brandão

Liminar obriga USP a readmitir funcionário sindicalista

Uma liminar concedida pela 26ª Vara da Justiça do Trabalho na semana passada e entregue nesta segunda-feira à Reitoria da Universidade de São Paulo (USP) determina a readmissão do sindicalista Claudionor Brandão ao quadro de funcionários da universidade. Essa era uma das reivindicações de greve do Sindicato dos Funcionários da USP (Sintusp). A Reitoria ainda não se manifestou sobre a decisão judicial.

Ele havia sido demitido em novembro de 2008 após ser condenado em processos administrativos por dano ao patrimônio, desacato e desobediência em diferentes momentos. Na semana passada, ele chegou a ser detido e levado à delegacia quando manifestantes grevistas entraram em confronto com a Polícia Militar.

"Foi uma vitória dos trabalhadores, foi uma vitória do movimento", afirmou ao G1 Brandão, 52 anos. "Isso prova que a USP não agiu de acordo com a lei. Patrão nenhum pode demitir dirigente sindical sem abrir um inquérito na Justiça do Trabalho." Ele é técnico em manutenção de refrigeração e ar condicionado e trabalha há quase 22 anos na instituição.

Segundo ele, um dos processos abertos data de 2002 e é o acusa de jogar um produto químico em um dos laboratórios da universidade. Brandão diz que nem estava no local. Em outro processo, ainda de acordo com ele, a universidade afirma que ele participou em 2005 de uma invasão da biblioteca da FAU para apoiar funcionários em greve. Ele nega a invasão e diz que o objetivo era pressionar para que houvesse aumento das verbas para as universidades paulistas.

No ano seguinte, ele afirma que participou de uma manifestação em frente à Reitoria para apoiar funcionários terceirizados da universidade. "O sindicato desses trabalhadores veio até o campus e começou a nos bater. Eu tentei entrar na Reitoria para telefonar. Bati no vidro e o vidro cedeu. Fui condenado acusado de danos ao patrimônio", afirma.

Houve até uma acusação de assédio sexual feita pela mulher de um outro sindicalista oponente. "Isso aconteceu para me desmoralizar por faltavam dois meses para inscrição para as chapas na eleição do sindicato", diz.

A assessoria de imprensa da Reitoria da USP confirmou que a universidade recebeu o oficial de Justiça, mas que, por enquanto, não iria se manifestar. É possível que seja divulgada uma nota até o final da tarde.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL1194827-5604,00.html

domingo, 14 de junho de 2009

Reunião Aberta de Comunicação - amanhã 15/06

Amanhã ocorrerá a segunda reunião aberta do Comando de Comunicação de Bauru, as 17h, na sala 54.

Esse chamado Comando de Comunicação foi proposto na última Assembléia ocorrida, no dia 04/06, na sala 54. O intuito é de se concretizar meios de comunicação diretos entre os estudantes do campus de Bauru sobre assuntos políticos que envolvem a todos nós enquanto categoria estudantil.

Esses meios são um site, organizado e mantido por qualquer estudante da UNESP-Bauru e auxiliado pelos Diretórios e Centros Acadêmicos, e também um boletim impresso organizado e mantido da mesma forma que o site.

Para levar a frente esta proposta se está formando uma Comissão, ou Comando, ou seja como for se chamar essa organização estruturada para a manutenção permanente desses meios.

Quanto mais pessoas opinando e participando melhor!
Amanhã, dia 15/06, as 17h, na sala 54, compareçam.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Comando de Comunicação!

Informes da última reunião e encaminhamentos para adiante!
Compareçam!


Saudações

A reunião começões em torno das 18:30 e contou com : Alice, Alisson, Cainã, Enio, Marcão, Mayara, Nati (cacoff), Strada (andré) e mais quatro pessoas que eu não sei o nome [se alguém puder complementar o informe...]

Começamos com a torrente de informes sobre a atitude repressiva que ocorreu na USP através de diversas fontes por telefone, estudantes da Unicamp, da USP e a esposa do clodoaldo, todos bastante feridos pelo que disseram. Posteriormente encaminho para as listas alguns dos relatos de pessoas que estavam lá.

Suscintamente, a truculência foi alta, repressão das 16:00 até 20:00 ininterrupta com a força tatica atirando indiscriminadamente ! Três funcionários da USP da direção do sindicato foram presos, inclusive o Brandão, e muitos dos que participaram da mobilização avistaram outros sendo detidos. "Foi literalmente um rio de sangue". Depois houve um ato em frente a delegacia, como advogados envolvidos, e as pessoas foram soltas.

Segudo o Sintusp a ultima vez que a polícia havia entrado no campus foi em 1979 com 15 pms desarmados. Ontem entraram muito mais de 100, ainda não se tem o número ao certo, incluindo a força tática (um nivel de repressão acima da tropa de choque).

Algumas fotos: http://educacao. uol.com.br/ album/20090609- usp-protesto_ album.jhtm? abrefoto= 16#fotoNav= 6

no site http://blogdoces. wordpress. com/ há um video feito por um manifestante.


Bom, após o informe o inportante foi como difundir em Bauru, como agregar mais gente, como preparar o segundo semestre.

Preparamos a pauta:

- Site
- Boletim
- Cartas à comunidade



Site

Achamos melhor fazer um site em contraposição ao modelo de blog, pois conquista um caráter mais firme, menos disperso e permite o aprofundamento de pontos que são sempre pertinentes

Tiramos de procurar um dominio. Tentaremos um .org, mas para tal precisamos de CNPJ, procuraremos o DAFAE (strada ficou responsável). De imediato iremos procurar um dominio mais simples.


Sobre a estrutura do site pensamos em fazer de imediato um site mais simples, pagina central e menu lateral com itens partindo dos pontos levantados da ultima assembléia e posteriormente irmos compelxificando- o

Por enquanto os blogs do DACeL e do CACOFF 'quebram o galho'


Boletim

Apesar de sua fundamental importância deixamos para um próxima reunião mais ampliada, visto que agora, no final do semestre, vai ser praticamente impossivel redigir, organizar, imprimir e distribuir.


Cartas à Comunidade

Precisamos redigir cartas aberta à comunidade para divulgar nos jornais nos espaços para os leitores, para combater a criminalização dos movimentos que ocorrrem nas Universidades, principalmente agora na USP.



Próxima Reunião

Segunda-Feira às 17:00 na sala 54

É de fundamental importância massificar a comissão de comunicação aberta para superar o famoso problema de divulgação, o famoso problema de ficar muita coisa para poucos, o movimento não é constituído por poucas pessoas, mas por qualquer estudante em movimento!

Uma hora do dia não é muito comparado ao ataque da PM num campus ou a extinção crescente da dita universidade

Fora PM e Fora Suely!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Pelotão de choque na USP: juventude se levanta contra retorno à ditadura

Na semana passada a reitora da USP, Suely Vilela, mandou a tropa de choque reprimir os piquetes dos funcionários da universidade, em greve há mais de 30 dias. A ação ostensiva da Força Tática da Polícia Militar, que sitiou a USP com mais de 150 homens durante toda a semana, foi o estopim para a explosão da revolta estudantil que vinha sendo bloqueada e para a deflagração da greve entre estudantes de todo o estado.

USP de volta à ditadura

Na segunda-feira, 1/6, a Universidade de São Paulo amanheceu sitiada por batalhões da tropa de choque que guardavam a entrada de unidades estratégicas para impedir o piquete dos funcionários em greve. A disposição da Reitoria para levar a repressão até as últimas conseqüências ficou clara: em frente à administração central, junto com a polícia havia um carro do corpo de bombeiros e um do resgate!

Essa ação da polícia na USP para reprimir um movimento grevista não tem nenhum precedente senão durante os anos sombrios da ditadura militar. Segundo o Sintusp (Sindicato dos trabalhadores da USP), a última vez em que a polícia entrou na USP para impedir piquetes dos funcionários foi durante a ditadura, em 1979, com cerca de 15 homens desarmados. Depois de 30 anos, os “democráticos” José Serra e Suely Vilela agem com mais de 100 homens armados!

A ação vergonhosa da Reitoria foi justificada em comunicado oficial pela necessidade de manter o “pleno funcionamento da universidade”. Mas a que ponto chegou a Universidade de São Paulo se ela só pode “funcionar” com um enorme aparato policial repressivo ameaçando fisicamente os seus próprios funcionários e estudantes? Que Reitoria é essa que para continuar “funcionando” precisa se cercar de portas e vidros blindados, câmeras 360º com visão noturna, capangas à paisana e agora, além de tudo isso que já é “normal”, mais 150 militares armados, intimidando a própria comunidade universitária com escudos, cacetetes, bombas de gás, balas de borracha e até armas de fogo?

Em nome do “funcionamento da universidade”, a Reitoria usa a repressão policial para estrangular o direito de manifestação dos funcionários e estudantes, para calar as vozes divergentes, para cercear o livre pensamento e a livre manifestação. Em nome do “funcionamento da universidade”, os espaços estudantis livres estão sendo fechados, as manifestações, festas e atividades culturais estão sendo proibidas, estudantes estão sendo processados e punidos, diretores do sindicato estão sendo demitidos. Em nome do “bom funcionamento da universidade” a Reitoria está destruindo a universidade e promovendo o retorno à ditadura na USP.

Ainda mais vergonhoso é o fato de toda essa ação ser comandada pelo governador do estado José Serra, ex-presidente da UNE e ex-exilado político da ditadura militar. Serra, assim como Lula, governa abertamente contra as liberdades democráticas, contra a juventude e contra a classe trabalhadora. Serra e Lula aprofundam cada vez mais o caráter repressor do Estado para conter a revolta contra a crise política e econômica, e preparam assim um retorno à ditadura.

O fantasma de maio assombra novamente o governo Serra

O resultado imediato da ação da polícia na USP foi o levante dos estudantes, levante que vinha sendo contido há mais de um mês pelas direções pelegas do movimento estudantil e que agora explodiu numa assembléia com mais de mil presentes decidindo a greve imediata por quase unanimidade.

Até os professores, categoria cada vez mais passiva e conivente por estar em grande parte integrada à burocracia, decidiram numa assembléia com 120 presentes aderir à greve.

Durante a semana, em resposta à ação da tropa de choque, as assembléias de curso e de unidade na USP foram decidindo, uma a uma, entrar em greve: História, Geografia, Ciências Sociais, Filosofia, Letras, Escola de Comunicação e Artes, Audiovisual, Artes Cênicas, Artes Plásticas. A elas se soma ainda a Faculdade de Educação, que já estava parada desde a semana passada.

Nas demais universidades estaduais, a ação da PM na USP teve a mesma repercussão: o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp se somou à Educação e parou, e na Unesp também cresce a mobilização, com o campus de Marília inteiro parado e as salas de aula ocupadas.

Atos e paralisações estão sendo programados em todo o estado, e o fantasma de maio volta a assombrar a burocracia universitária e o governo Serra.

Acirramento da crise no Brasil

Como em 2007 com a ocupação da Reitoria da USP, inicia-se um levante estudantil apesar das direções tradicionais do movimento estudantil e mesmo contra essas direções, que tentam bloquear o ascenso. A revolta dos estudantes é, como em 2007, mais um anúncio do acirramento da crise da dominação burguesa no Brasil.

Há um descontentamento generalizado represado na garganta da juventude e da classe trabalhadora brasileiras. Desde 2005 se assistiu à corrupção total do governo vir a público e passar em branco, mostrando a cumplicidade absoluta de todos os partidos burgueses existentes e a passividade total da chamada “esquerda”. Agora a crise econômica avança com demissões, desemprego e rebaixamento de salários. Nas escolas e universidades as condições de ensino são há anos destruídas pelo capital, e recentemente a repressão aos estudantes aumenta e aumenta.

Para conter a revolta, o grande capital e seus aliados corruptos —políticos e burocratas de todo tipo— recorrem cada vez mais a medidas abertamente autoritárias e repressivas como o pelotão de choque.

Como podem responder os trabalhadores e a juventude? Somente com a luta, somente com os piquetes, somente com ocupações, somente com barricadas, somente tomando as ruas!

RELATO DE UM DOCENTE - USP 09/06

Segue abaixo o relato de um professor da USP sobre a repressão policial ao ato do dia 09/06/2009 postato no blog do cacoff, Centro Acadêmico de Comunicação Florestan Fernandes

link: CACOFF

Caras e Caros,


Envio este e-mail dada a grave situação em qual a USP se encontra.
Encaminho links para fotos e vídeos do que ocorreu hoje, e um relato de um dos professores da minha unidade sobre o ocorrido.

O calendário da greve deliberou hoje a noite em assembléia:
- Realizar um ato amanhã(10/06 - quarta) às 12 horas em frente à reitoria para seguir em protesto até a paulista;
- Realizar uma assembléia geral de estudantes na segunda-feira, 18h, em frente à reitoria.

É de fundamental importância a presença de todos amanhã em frente a reitoria. Utilizo-me da chamada de um amiga:
"Quem estava na USP hoje sabe que o que aconteceu foi dramática, lamentável e completamente inaceitável. Precisamos estar presentes amanhã e discutir como responder a essa situação absurda."

Até amanhã,
Beijos,
Raquel.

Fotos:
http://www.midiaind ependente. org/pt/blue/ 2009/06/448641. shtml
http://www.midiaind ependente. org/pt/blue/ 2009/06/448626. shtml
http://www.midiaind ependente. org/pt/blue/ 2009/06/448656. shtml

Vídeos:
http://www.youtube. com/watch? v=xwL-b6LUOb4
http://www.youtube. com/watch? v=sIVLuuag9G0
http://www.youtube. com/watch? v=YNAzxgGtGpA
http://www.youtube. com/watch? v=deUf8An9Q1o

Matérias:
http://www1. folha.uol. com.br/folha/ educacao/ ult305u579010. shtml
http://www1. folha.uol. com.br/folha/ educacao/ ult305u578886. shtml
http://www1. folha.uol. com.br/folha/ educacao/ ult305u578870. shtml

Relato Professor:

Caros,
Abaixo segue o relato que escrevi para a lista dos doutores para a qual
envio relatos do Co.
Pablo

Prezados colegas,

Eu nunca utilizei essa lista para outro propósito que não informes sobre o que acontece no Co (transmitindo as pautas antes da reunião e depois enviando relatos). Essa lista esteve desativada desde a última reunião do Co porque o servidor na qual ela estava instalada teve problemas e,
com a greve, não podia ser reparado. Dada a urgência dos atuais acontecimentos, consegui resgatar os emails e criar uma lista emergencial em outro servidor. O que os senhores lerão abaixo é um relato em primeira pessoa de um docente que vivenciou os atos de violência que aconteram poucas horas atrás na cidade universitária (e que seguem, no momento em que lhes escrevo – acabo de escutar a explosão de uma bomba). Peço perdão pelo uso desta lista para esse propósito, mas tenho certeza que os senhores perceberão a gravidade do caso.

Hoje, as associações de funcionários, estudantes e professores haviam deliberado por uma manifestação em frente à reitoria. A manifestação, que eu presenciei, foi completamente pacífica. Depois, as organizações de funcionários e estudantes saíram em passeata para o portão 1 para repudiar a presença da polícia do campus. Embora a Adusp não tivesse aderido a essa manifestação, eu, individualmente, a acompanhei para presenciar os fatos que, a essa altura, já se anunciavam. Os estudantes e funcionários chegaram ao portão 1 e ficaram cara a cara com os
policiais militares, na altura da avenida Alvarenga. Houve as palavras de ordem usuais dos sindicatos contra a presença da polícia e xingamentos mais ou menos espontâneos por parte dos manifestantes. Estimo cerca de 1200 pessoas nesta manifestação.

Nesta altura, saí da manifestação, porque se iniciava assembléia dos docentes da USP que seria realizada no prédio da História/ Geografia. No decorrer da assembléia, chegaram relatos que a tropa de choque havia agredido os estudantes e funcionários e que se iniciava um tumulto de
grandes proporções. A assembléia foi suspensa e saímos para o estacionamento e descemos as escadas que dão para a avenida Luciano Gualberto para ver o que estava acontecendo. Quando chegamos na altura do gramado, havia uma multidão de centenas de pessoas, a maioria estudantes correndo e a tropa de choque avançando e lançando bombas de concusão (falsamente chamadas de “efeito moral” porque soltam estilhaços e machucam bastante) e de gás lacrimogêneo. A multidão subiu correndo até o prédio da História/ Geografia, onde a assembléia havia sido interrompida e começou a chover bombas no estacionamento e entrada do prédio (mais ou menos em frente à lanchonete e entrada das rampas).

Sentimos um cheiro forte de gás lacrimogêneo e dezenas de nossos colegas começaram a passar mal devido aos efeitos do gás – lembro da professora Graziela, do professor Thomás, do professor Alessandro Soares, do professor Cogiolla, do professor Jorge Machado e da professora Lizete todos com os olhos inchados e vermelhos e tontos pelo efeito do gás. A multidão de cerca de 400 ou 500 pessoas ficou acuada neste edifício cercada pela polícia e 4 helicópteros. O clima era de pânico. Durante cerca de uma hora, pelo menos, se ouviu a explosão de bombas e o cheiro
de gás invadia o prédio. Depois de uma tensão que parecia infinita, recebemos notícia que um pequeno grupo havia conseguido conversar com o chefe da tropa e persuadido de recuar. Neste momento, também, os estudantes no meio de um grande tumulto haviam conseguido fazer uma
pequena assembléia de umas 200 pessoas (todas as outras dispersas e em pânico) e deliberado descer até o gramado (para fazer uma assembléia mais organizada). Neste momento, recebi notícia que meu colega Thomás Haddad havia descido até a reitoria para pedir bom senso ao chefe da tropa e foi recebido com gás de pimenta e passava muito mal. Ele estava na sede da Adusp se recuperando. Durante a espera infinita no pátio da História, os relatos de agressões
se multiplicavam. Escutei que a diretoria do Sintusp foi presa de maneira completamente arbitrária e vi vários estudantes que haviam sido espancados ou se machucado com as bombas de concusão (inclusive meu colega, professor Jorge Machado). Escutei relato de pelo menos três
professores que tentaram mediar o conflito e foram agredidos. Na sede da Adusp, soube, por meio do relato de uma professora da TO que chegou cedo ao hospital que pelo menos dois estudantes e um funcionário haviam sido feridos. Dois colegas subiram lá agora há pouco (por volta das 7 e meia) e tiveram a entrada barrada – os seguranças não deixavam ninguém entrar
e nenhum funcionário podia dar qualquer informação. Uma outra delegação de professores foi ao 93o DP para ver quantas pessoas haviam sido presas. A informação incompleta que recebo até agora é que dois funcionários do Sintusp foram presos – mas escutei relatos de primeira pessoa
de que haveria mais presos.

A situação, agora, é de aparente tranquilidade. Há uma assembléia de professores que se reuniu novamente na História e estou indo para lá. A situação é gravíssima. Hoje me envergonho da nossa universidade ser dirigida por uma reitora que, alertada dos riscos (eu mesmo a alertei em
reunião na última sexta-feira) , autorizou que essa barbárie acontecesse num campus universitário. Estou cercado de colegas que estão chocados com a omissão da reitora. Na minha opinião, se a comunidade acadêmica não se mobilizar diante desses fatos gravíssimos, que atentam contra o diálogo, o bom senso e a liberdade de pensamento e ação, não sei mais.
Por favor, se acharem necessário, reenviem esse relato a quem julgarem que é conveniente.

Cordialmente,

Prof. Dr. Pablo Ortellado
Escola de Artes, Ciências e Humanidades
Universidade de São Paulo

Fora PM da USP! Não a criminalização dos movimentos sociais!

Polícia Militar entra em conflito com manifestantes ontem na USP, Butantã.
Ao menos um estudante foi ferido por bomba de efeito moral e outros três sindicalistas foram detidos.

Maiores detalhes em http://dceocupado.blogspot.com

domingo, 7 de junho de 2009

Assuntos da última Assembléia: Repressão em todas as suas formas - Parte I

Nesse momento de mobilizações o enfoque primordial é a repressão. Este ano as lutas dos funcionários da USP, da UNESP e da UNICAMP - as três universidades estaduais paulistas - não estão focados na pauta salarial, estão focados na readmissão de Brandão e nas diversas sindicâncias contra os funcionários e estudantes em geral que estão acontecendo principalmente na USP e UNESP. Essas sindicâncias têm origem em questões políticas elas vêm da mobilização de 2007, contra os decretos do governo estadual, e vêm com o intuito de atacar os "responsáveis" pelas greves e ocupações que houve naquele ano, ou seja, essas sindicâncias são iniciativas para minar o Movimento das estaduais paulistas através do exemplo: "pega-se a cabeça" de um, se expõem essa "cabeça" em praça pública e se constrói a política do medo.

Mas não é só através de sindicâncias que se constrói a política do medo. Nos "espaços de decisão (deliberação)" da Universidade também a uma política de restringir o poder de voz e de voto dos estudantes e dos funcionários através da proporcionalidade de 70% de peso para os votos dos professores e 15% de peso para os votos tanto de estudantes, quanto de funcionários. O que isso significa?
Significa que na eleição para Reitor, Diretor, Chefe de Departamento, Coordenador de Curso e outros postos a quantidade de votos dos professores (minoria) é multiplicada por 0,7, enquanto os votos dos estudantes e dos funcionários são multiplicados por 0,15. É isso que muitos professores, se não quase todos, dizem que é Democracia na Universidade Pública. Essa proporcionalidade também faz com que o número de representantes de cada categoria seja restrito dentro dos órgãos de decisão das universidades (os órgãos colegiados). Por exemplo na Congregação da Faculdade de Ciências que possuí 28 membros, mas desses 28, 22 são professores e apenas 6 são estudantes e funcionários (3 representantes para cada categoria). Essas são as formas de repressão administrativa, que também são uma forma de repressão.

Será que é isso que nós estudantes queremos, que o nosso poder de voz, de voto e de se manifestar seja restrito como se fomos pessoas inferiores? E os servidores também devem ser tratados assim, como pessoas inferiores? Certamente que não, porque nenhuma pessoa tem mais valor que outra por causa de um cargo!
Vamos nos manifestar contra a repressão, ampliar as lutas não só é uma idéia, como uma necessidade!!!

sábado, 6 de junho de 2009

Assuntos da última Assembléia: Formatos de Assembléia

A última Assembléia Geral dos Estudantes foi realizada na sala 54.
Primeiro tentou-se reservar um anfiteatro, mas estavam todos ocupados na quinta a noite. Precisaria-se duma sala de aula para realizar a Assembléia, mas na Assembléia de terça foi muito discutida a sala 54 que é um espaço dos estudantes, reivindicado anteriormente para exposição de trabalhos artísticos dos estudantes da FAAC, mas é também um espaço livre que possuí um estatuto próprio e uma organização própria dos estudantes.
Por conta disso decidiu-se fazer a nova Assembléia lá.

Começada a reunião o primeiro ponto a se tocar foi o da sala e da organização da reunião. Como o espaço era pequeno e não era um auditório as pessoas presentes no início fizeram uma roda de discussão. Não havia mesa nem plenária, apenas a roda de discussão onde todos podiam se colocar e falar em igualdade.

Não havia ordem de falas, ñ havia um relator único, apenas a discussão pura e simples, o que torneu essa Assembléia, na opnião de muitos que estavam lá talvez todos, uma das melhores já realizadas este ano, graças a sua horizontalidade, graças a riqueza da discussão que ocorreu e graças aos encaminhamentos tomados. Encaminhamentos no sentido de ampliar a comunicação entre os estudantes e ampliar as mobilizações e as discussões políticas no campus como um todo.

Agora o movimento estudantil de Bauru vai retomar o uso de um dos seus princípais espaços, a sala 54, na qual ocorrerá terça-feira agora, dia 09/06, as 18h a primeira reunião para encaminhamento do site e do boletim do movimento. Todos podem comparecer, opinar e participar desta reunião e da construção desses mecânismos de comunicação e de luta!

Vamos ocupar os espaços dos estudantes, ampliar as lutas não só é uma idéia, como uma necessidade!!!

Usp sitiada! Greve de funcionários, professores e estudantes!

Notícias da greve nas estaduais paulistas:

http://www.dceocupado.blogspot.com/

http://www.uspemgreve2009.blogspot.com/

Reunião dos professores da Unesp Bauru nessa próxima semana que se inicia.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Assembléia na 54

Ontem dia 04/06 houve mais uma assembléia estudantil do campus de Bauru, só que desta desta vez ela foi realizada na sala 54, um espaço livre que pertence aos estudantes.

Nessa Assembléia compareceram em torno de 40 estudantes, que discutiram sobre:

-formatos de assembléia;

-repressão em todas as suas formas seja sindicância, seja falta de permanência estudantil, seja na sala de aula, ou na ameaça de extinguir a Bateria do campus, havendo um enfoque na repressão nas salas de aula, a repressão cotidiana, institucional;

-construção ou reconstrução dos Centros Acadêmicos e Diretórios Acadêmicos de Bauru;

-ampliação da comunicação e divulgação das informações e atividades do movimento estudantil;

-Criação de um website e um boletim quinzenal, ou semanal, que seja livre e feito por todos os estudantes do campus de Bauru. Terça-feira, dia 09/06, as 18h na sala 54, será realizada uma reunião aberta para se discutir sobre a elaboração do site e do boletim e a formação de uma comissão/núcleo aberta(o) de comunicação, no qual qualquer estudante pode opinar, participar, construir um movimento estudantil realmente forte e amplo.

Compareça na sala 54, dia 09/06, às 18H para discutir e pensar, junto com outros estudantes, o boletim e o site, ferramentas de informação, divulgação e denúncia de todos os estudantes do campus de Bauru!!!

Vamos construir a comissão de comunicação, ampliar as lutas não só é uma idéia, como necessário!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Greve dos Funcionários

Alguns informes sobre as atividades da Greve dos Funcionśrios:

Sexta-feira - Assembléia as 9h no prédio das graduações da FC e FAAC;
- venda de espetinhos na hora do almoço no bosque;
Terça-feira - Ato unificado na reitoria da USP.

Na Assembléia Geral dos Estudantes de Bauru de 02/06 (ontem) foi decidido que os estudantes de Bauru apoiam a greve dos funcionários da UNESP e vão encaminhar uma moção de apoio a eles.

Sobre a greve da USP e a entrada da PM na cidade universitária o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) emitiu a seguinte resposta:

Comunicado dos Funcionários da USP

Nós, funcionários da Universidade de São Paulo, reunidos em Assembleia em frente à Reitoria (1/6), invadida pela Tropa de Choque, deliberamos pela elaboração desse documento de esclarecimento à comunidade uspiana e à sociedade, exercendo nosso direito de resposta conferido pela Constituição Federal (art. 5, inc. V da Constituição Federal).

Inicialmente, esclarecemos que os prédios da Reitoria, Antiga Reitoria, Coordenadoria do Campus, Coordenadoria de Assistência Social, Centro de Práticas Esportivas, Museu de Arte Contemporânea, Museu de Arqueologia e Etnologia e Creche Oeste, tinham, em seus acessos faixas com os dizeres “Estamos em Greve”, afixadas por funcionários dessas unidades, conforme deliberação de reuniões. Em algumas unidades havia também Comissões de Orientação e Esclarecimentos, compostas por funcionários dessa universidade. Em momento algum, nessa greve, ocorreu qualquer ação isolada de “grupo de servidores”, sendo todas as decisões legitimadas em reuniões de unidades e assembleias gerais da categoria.

Até a presente data, houve apenas uma reunião entre o Cruesp e Fórum das Seis, sendo que a proposta do Cruesp foi rejeitada por todas as categorias, que compõem o Fórum, por não atender minimamente às reivindicações do conjunto dos funcionários, professores e estudantes da USP, Unesp, Unicamp e Centro Paula Souza. A segunda rodada de negociação, marcada para 25/05, foi frustrada pela intransigência da Presidente do Cruesp, Reitora Suely Vilela, ao impedir mais uma vez a entrada do dirigente sindical Claudionor Brandão e das entidades nacionais Andes (Sindicato Nacional dos Docentes) e Fasubra (Federação dos Sindicatos das Universidades Brasileiras) e limitar a participação da representação estudantil a apenas um membro, quando, na realidade, teriam direito a dois representantes por entidade estudantil, numa ação de deslegitimar as organizações sindicais e estudantis, legalmente constituídas.

A iniciativa de reuniões com a reitoria para discussão de temas referentes às reivindicações específicas de funcionários sempre partiu do Sintusp. Em relação ao processo de implementação do benefício Auxílio Educação Especial, essa iniciativa também partiu dos funcionários, não se tratando de mera concessão da universidade de excelência.

Quanto à afirmação da reitoria de que “não pode se omitir diante de ações violentas” entendemos que violência é a invasão da Tropa de Choque ao espaço público universitário, portando armas de grosso calibre, escudos, cassetetes e bombas de efeito moral, estando todos os policiais sem a devida identificação.

Diante desse quadro, a reitoria demonstra a sua irresponsabilidade na ausência de diálogo com os diversos segmentos da universidade, que se colocam na defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade.

A assembleia dos funcionários da USP aprovou a continuidade da greve e a realização de um Ato Unificado (funcionários, estudantes e professores), amanhã (2/6), em frente à reitoria, às 11 horas reivindicando:

• Retirada da Força Policial do campus universitário;
• Reabertura imediata de negociação entre Fórum das Seis e o Cruesp;
• Defesa da Liberdade de Organização Sindical;
• Pela reintegração de Brandão e retirada dos processos;
• Pelo atendimento da reivindicação salarial e demais pontos da Pauta;
• Fora reitora Suely Vilela e Eleição direta para reitor.

Assembleia Geral dos Funcionários da USP, em 1º de junho de 2009

Essa insistente repressão contra os trabalhadores da USP é uma afronta aos princípios de mocráticos básicos, assim como a medida de se fechar portas de Assembléia. Aqui no blog já foi assumido publicamente o erro cometido pela mesa da assembléia do dia 26/05 (terça-feira passada). Este é um fato que jamais se repetirá por parte do Comitê de Mobilização ou do DACEL.
Os estudantes de Bauru devem se mobilizar contra qualquer ato antidemocrático e a invasão da PM na USP é um desses atos!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

PM na USP!!!

A mando do governador José Serra e da Reitoria da Usp, a Polícia Militar ocupa espaços da Universidade de São Paulo.
Tentam enfraquecer a greve dos funcionários, sendo que a greve é um direito garantido por lei! Polícia é pra ladrão, não para trabalhadores que reivindicam seus direitos!
Não à criminalizaçao dos movimentos sociais!

Fotos da Usp, hoje pela manhã, com a PM ocupando a entrada da Reitoria:
http://dceocupado.blogspot.com/2009/06/choque-na-usp-impede-piquete-de.html?showComment=1243866898468#c9063644775503126974

http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL1177869-5604,00-FORCA+TATICA+DA+PM+VAI+A+CAMPUS+DA+USP.html