terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Restaurante e Moradia podem sair em 2010!

Pessoal, é o seguinte:
nas últimas semanas algumas entidades estudantis de nosso campus vêm se reunindo com o GAC(Grupo Administrativo do Campus) para tratar de alguns temas, em particular a questão da moradia e do R.U.
O Kpta, estudante do último ano de Psicologia, fez um resumo das últimas reuniões e eu postarei aqui para que todos possam tomar conhecimento.

Segue relato abaixo

Reunião dia 27-11-2009.


Pra início de conversa, vou relatar aqui uma reunião que aconteceu no dia 27/11/2009 com os diretores da Faac, Fc e Feb e alguns alunos e representantes do Dacel e Capsi.

Essa reunião foi convocada pelos estudantes, por meio deste documento, e teve com pauta a construção do R.U., Moradia e Carteirinhas do Banco Real.

A reunião foi conduzida pelo professor Deganuti que foi apresentando uma conversa na semana anterior em que os três diretores tiveram com o reitor, nessa reunião os GAC levou a proposta de obras de todo o campus, abaixo as listo e já com a resposta do reitor:

1 . Ampliação da Rede Elétrica. Para continuar a expansão física do campus é necessário uma ampliação da rede, que já está sobrecarregada. Disseram que o reitor com uma verba MEC/SESU irá fazer essa adequação já em Janeiro.

2. Asfalto. São 3 etapas que totalizam R$600.000,00, uma já foi feita, faltam duas. A reitoria e APLO (Planejamento e Obras) irão analisar.

3. Moradia. Já aprovada, mas tem trâmites específicos, são dois blocos, um de verba da reitoria e outro de verba MEC/SESU, portanto são dois editais e duas obras, a papelada do MEC em Brasília já foi resolvida e está pronta para ser licitada, a parte da reitoria ainda precisa ser analisada.

O GAC conversou com o prefeito Rodrigo para ceder um espaço para a moradia, atualmente o local destinado é em frente à ASSUNEB e Praça de Esportes, lá depois das rotatórias, mas o GAC pediu o espaço entre o campus e o SAMU para construção da moradia, o prefeito pareceu interessado, pois dessa forma seria preservado a área de cerrado que seria desmatada, e a moradia ficaria num local muito mais acessível, mas precisa passar pela aprovação da Câmara dos vereadores.

4. Restaurante Universitário. O planta baixa do restaurante estava aberta sobre a mesa, é um prédio grande, com uma área de refeitório de 430m2, com capacidade pra 408 pessoas sentadas, com a capacidade de 2 mil refeições por dia.

O funcionamento do restaurante (terceirizado, público ou outros, é de autonomia do campus e vai ser discutido quando a obra já estiver ocorrendo), mas a previsão da refeição é em torno de R$2,75.

A realidade da construção ainda não sabemos.

5. Guilhermão. Existe um projeto para reforma do Guilhermão, o projeto está OK e enviado à APLO.

6. Central de Salas de Aula. Como já denunciado pelo Capsi em novembro de 2009 (WWW.fc.unesp.br/capsi/chuva/) , a Central de Salas tem problemas com as calhas, e esse ano sofreu novamente com as chuvas tendo grandes infiltrações nas salas e anfiteatro, foi feito o pedido de uma verba emergencial para reforma de todo o conjunto.


Os diretores disseram que tudo isso fora apresentado para o reitor e ele daria uma resposta à tudo em reunião no dia 02 de dezembro de 2009.

Contaram outros detalhes da reunião, como por exemplo, que todos os pedidos de obras das 33 unidades da Unesp para os próximos 03 anos somam 330 milhões de reais, já o reitor disse que não há a possibilidade de cumprir tudo isso, liberando 120 milhões, em torno de 40 mi por ano.

De maneira resumida isso foi o que nos apresentaram no dia 27/11 e que as palavras finais seriam tomadas no dia 02 com o reitor e posteriormente referendadas no C.O. (Conselho Universitário – órgão máximo de decisões da Unesp) no dia 10/12.

Sobre as carteirinhas do Banco Real, o prof Deganutti disse que a congregação da FAAC as rejeitou e que as da FC e FEB não votaram por não existir uma proposta formal do banco, portanto nos preparemos porque, uma nova proposta ainda virá.


Reunião dia 07/12/2009


Presentes: Prof Deganutti, estudantes de psico, representantes do DACEL, CAPSI e CACOFF.

Essa reunião foi convocada pelo prof Deganutti para apresentar os resultados da reunião no dia 02 com o reitor.

Nos apresentou oficialmente o compromisso da Reitoria e APLO com obras para o GAC Bauru para os anos de 2010 a 2012, depois comentou informalmente as obras para cada unidade.

Nesse documento temos como compromissos para 2010:

Moradia Estudantil Bloco 1 – MECSESU (programa da verba)

Moradia Estudantil Bloco 2 – Permanência Estudantil

Restaurante Universitário – Permanência Estudantil

Readequação da rede elétrica – MECSESU

Quadra poliesportiva – Infraestrutura

Asfalto etapas 2 e 3. - Infraestrutura

Para 2011:

Construção da Central de Salas de Aula Bloco III – Novas edificações

Portanto as obras do RU e Moradia podem se tornar realidade já em 2010!

Mas, vamos por partes…

A moradia bloco 1 e readequação elétrica terão editais abertos pela reitoria e já podem ser realizados, os outros todos são compromissos para o GAC Bauru, portanto é de responsabilidade do campus administrar todo o processo licitário dessas obras. Tais compromissos serão recebidos pelo campus em 2010 e serão administrados pela seção de Compras do GAC.

O que isso significa, que uma batalha foi vencida, existe todo o chão pronto para as obras, agora a luta estudantil deve se pautar para a agilidade e transparência desses processos, não podemos deixar os papéis ficarem sobre as mesas precisamos lutar!

Sobre o que ainda não saiu, ainda não há resposta para o pedido de verba para reparo emergencial das calhas da Central de Salas I e II, o projeto da biblioteca também foi negado, o projeto enviado era de um prédio de 3 andares que custaria cerca de 8 milhões de reais, o reitor disse que não há a possibilidade disso e que deveria refazer o projeto e baixar o custo, agora está sendo analisada a possibilidade de 2 centrais de bibliotecas térreas.

domingo, 15 de novembro de 2009

Situação atual!!!

Pessoal, depois dos últimos acontecimentos na Unesp Bauru, elaboramos uma carta que enviamos ao GAC para pedirmos mais uma reunião sobre CARTEIRINHAS E R.U. E MORADIA. A carta enviada segue abaixo para conhecimento de todos.
A mesma deixa explicita tudo o que foi feito nas últimas três semanas. Alunos, tomem ciência dos acontecimentos e posicionem-se.!!!
Segue a carta:


Estudantes organizados em luta pela defesa da permanência estudantil solicitam
uma reunião aberta no dia 12 de novembro de 2009, às 09h00, na sede do DACEL com
os professores eleitos para a direção de suas unidades e conseqüentemente do campus
de Bauru: Professor Roberto Deganutti, diretor da FAAC e presidente do GAC,
Professor Jair Wagner de Souza Manfrinato, diretor da FEB e vice-presidente do GAC e
Professor Olavo Speranza de Arruda, diretor da FC. Na impossibilidade da prsença
destes, temos certeza que seus respectivos suplentes poderão representá-los de maneira satisfatória.

Convidamos também todos outros docentes, servidores e discentes para
participarem da reunião cuja pauta e justificativa apresentarem abaixo:
PAUTA:
1. Proposta de carteirinhas do Banco Real
2. Construção da Moradia Universitária
3. Construção do Restaurante Universitário

No dia 30 de outubro de 2009, representantes do Sintunesp, Adunesp, Dacel,
Dafae e Dadica (representados pelo Cacoff) foram convocados pelos diretores para uma
reunião na qual apresentaram uma proposta do Banco Real para confecção de
carteirinhas de identificação:

Inicialmente o professor Deganutti falou quais eram os campi da Unesp
que já tinham aderido ao sistema de carteirinhas. Todos os campi que aderiram,
pelo que eu entendi, foram feitos da mesma maneira, com o financiamento do
Banco Real. Fica evidente que essa é uma política da Reitoria e não de cada
unidade em particular.
A carteirinha a princípio não teria quase finalidade nenhuma, a não ser
identificar os que a tivessem enquanto aluno, funcionário ou professor. A
vantagem que essa carteirinha teria para os alunos, segundo os diretores do
campus, é que a mesma teria a data de validade, diferentemente do que acontece
com a da biblioteca que não é aceita em cinemas, teatros etc.
Questionados sobre que funções mais essa carteirinha poderia VIR A TER
futuramente, os diretores do campus disseram que ela pode ser usada para
controle de presença em sala de aula, controle de acesso ao campus etc. Os
diretores repetiram diversas vezes que sempre que algum tipo de função nova for
atribuida à carteirinha, que a comunidade acadêmica seria consultada e decidiria
se aprova a vinculação de determinada função ou não. Isso é o que eles dizem...
O gerente do Banco Real foi convidado a participar da reunião e fazer possíveis
esclarecimentos. Ele reiterou que a única contrapartida que o Banco pede para
realizar essa confecção das carteirinhas, é que não haja intermédio da faculdade.
Ou seja, a coisa funcionaria da seguinte maneira: você vai até a agência do
Banco Real da faculdade, fornece seu nome, RA e curso, eles batem a foto e a
carteirinha fica pronta na hora. Não é a faculdade que vai te entregar a
carteirinha, é o pessoal do Banco. O próprio gerente disse que na hora em que
isso for feito, que haverá uma equipe para oferecer os serviços do Banco pra
você, mas é claro, você não é obrigado a aceitar.
Blog Pedra no Sapato – DACEL.
http://chapapedranosapato.blogspot.com/2009/10/o-reitor-nos-traiu-mais-umavez.
html

No dia 05 de novembro, houve uma nova reunião desta vez os diretores das 3
unidades se reuniram alunos de diversos cursos e entidades (Dacel, Dafae, Cacoff,
Capsi, Arquitetura entre outros) na qual se rediscutiu o assunto das carteirinhas. Nessa reunião os alunos apresentaram a tese de que propostas semelhantes já foram negadas por congregações anteriormente, os professores alegaram que sim, mas há muito tempo em uma proposta do Banespa, mas a Congregação da FC negou uma proposta do Banco Real para confecção de carteirinhas em reunião realizada em 19 de junho de 2008.
O Senhor Presidente (...) encaminhou para votação a revogação da decisão
anterior para confecção das carteirinhas pelo Banco Real, obtendo 19 (dezenove)
votos favoráveis e 02 (duas) abstenções. Na seqüência, encaminhou para votação
a confecção das carteirinhas dos alunos dos Cursos de Graduação, Pós-
Graduação, bem como dos alunos ingressantes anualmente, com validade para o
total de anos de duração do curso do aluno, no modelo 1 (formulário em papel e
plastificação), com recursos da Unidade, sendo aprovado por unanimidade de
votos.

Linhas, 32-39, página 14 da Ata da 145ª Reunião Ordinária da Douta
Congregação da Faculdade de Ciências, realizada em 19/06/2008.

Pedimos, para os diretores que respeitem as decisões já tomadas, pois a
reapresentação de tais propostas em tão pouco tempo (16 meses) parece um desejo
muito grande de aprová-las rapidamente.
Nessa mesma reunião os diretores reafirmaram a autonomia das categorias em
decidirem se aceitam ou não o uso da carteirinha e a autonomia em decidirem qual serão seus usos, nesse momento (assim como vários outros) pedimos que os diretores
assinassem tal compromisso e os mesmos se negaram, disseram que não precisa disso,
mas reafirmamos aqui o pedido de assinatura do compromisso. Alunos vêm e vão,
assim como os presentes nos cargos de direção, portanto esses compromissos não
devem ficar restritos aos presentes em pequenas reuniões, mas devem ser expandidos
para toda a comunidade acadêmica, portanto:
· Exigimos a apresentação da proposta feita pelo Banco Real. Não votaremos em
apresentações orais de projetos como esses, preferimos pensar que o mesmo não
existe até termos em mãos a proposta oficial.
· No caso de existir alguma proibição legal para isso, ou um pedido expresso do
Banco em não expor a proposta, exigimos dos diretores que apresentem uma
proposta escrita onde constarão todos os detalhes da confecção e usos das
carteirinhas.
· Exigimos o compromisso firmado de que cada categoria terá a autonomia de
decidir se vai aderir ao uso da carteirinha.
· Exigimos o compromisso firmado de que na existência das carteirinhas, seus
usos serão decididos em conjunto com as categorias e que as mesmas terão
autonomia para barrar usos que considerem inadequados.
Retornando o para a reunião do dia 30 de outubro após a apresentação da proposta
de carteirinha, o professor Deganutti pediu para que os alunos continuassem
presentes, pois tinha que tratar sobre o Restaurante e Moradia Universitária.
Deganutti disse que a reitoria colocou o seguinte: Ou vai sair o R.U ou a
Moradia para o ano que vem. As duas obras não vão ser tocadas juntas.
Deganutti colocou que a moradia, apesar de já estar com a tão sonhada e
esperada licença ambiental nas mãos, vai ser mais complicada de "sair do papel".
Como a verba para a construção da moradia é mista, metade do MEC e metade
da reitoria da Unesp, que a construção da moradia também será feita por
metades. Vão dividir a obra ao meio. Metade do dinheiro(reitoria) vai construir
um bloco de apartamentos(32 vagas) e a outra metade do dinheiro(MEC) vai
construir o outro bloco(32 vagas). Mas não podem ser tocados ao mesmo tempo!
Por que exatamente? Não sei. Parece que são dois editais que tem de ser abertos.
Blog Pedra no Sapato – DACEL.
http://chapapedranosapato.blogspot.com/2009/10/o-reitor-nos-traiu-mais-umavez.
html

No dia 22 de abril de 2009, alunos do campus de Bauru, estiveram na reitoria em
reunião com o reitor, vice-reitor, assessor jurídico da reitoria, além das presenças do Professor Henrique Monteiro (então diretor da FC e presidente do GAC) e do servidor José Munhoz, diretor técnico administrativo do GAC. Nessa reunião o reitor se comprometeu (inclusive com compromisso firmado), de que incluiria o R.U. como
primeiro ponto de construção da reitoria em 2010, desde que o campus de Bauru
entregasse um projeto à tempo de ser colocado no orçamento da Unesp. Entendemos
que colocar no orçamento é uma prerrogativa dele, mas que isso deva ser aprovado pelo
Conselho Universitário, mas em 05 de agosto em visita ao campus de Bauru, o reitor
declarou na Congregação da FAAC, que a obra vai sair. Pressupomos, então, que a obra
já foi aceita pelo C.O. e está apenas esperando meados de 2010 para ser iniciada.
Já em relação ao Restaurante Universitário (RU), o reitor afirmou que a
construção do RU no câmpus de Bauru é um compromisso dele com os alunos.
“É uma obra grande que deverá durar 12 meses e, provavelmente, os estudantes
e servidores poderão utilizar o RU em meados de 2011”, observou Herman.
Reitor anuncia RU e novos departamentos. Disponível em:
http://www.faac.unesp.br/noticias/79

Nessa mesma reunião em São Paulo no dia 22 de abril, o reitor disse que nem
iria discutir sobre a Moradia Estudantil, pois já estava tudo certo, licitado e pronto, só faltava a licença ambiental, e que assim que a licença saísse, o edital seria aberto.
Pois bem, compromisso do R.U. firmado, licença ambiental em mãos, os
estudantes se viram em uma situação inédita, fruto de 20 anos de luta estudantil, o
caminho para a construção de nossas reivindicações estava aberto e pavimentado! Tudo
parecia estar muito bom para ser verdade, e na realidade estava mesmo...
Segundo informe do Diretor do DTAd da AG, José Munhoz, o DEPRN, liberou
a derrubada das árvores na região que vai ser construída a tão lutada MORADIA
ESTUDANTIL. Ainda de acordo com José Munhoz agora os documentos foram
enviados para Brasília, no MEC, para poder, então, iniciar as obras. A passagem
do recurso para Brasília é necessária pois a obra será de financiamento misto, a
reitoria ficará responsável por 50% e o MEC com a outra metade. Mas não
devemos ainda comemorar, muitos são os motivos (veja fotos abaixo) para
lutarmos ainda mais!!
Mensagem do Blog do Capsi no dia 24 de outubro.
http://capsibauru.blogspot.com/2009/10/moradia-liberada-pelo-deprn-sera-que.html

Infelizmente tal suspeita se realizou quando os diretores colocam como
impossível a construção de ambas as obras, pedindo que escolhamos uma para iniciar
primeiro.
Mas nós, alunos do campus de Bauru da Unesp, não aceitaremos barganhar mais
uma vez nossas conquistas, exigimos o cumprimento dos compromissos feitos pelo
Reitor dessa Universidade.
Os diretores também alegaram a dificuldade da construção da moradia, pois por
existirem 2 fontes de recursos será necessário a abertura de 2 editais e contratação de 2 empresas, e que os processos não poderiam ocorrer concomitantemente.
Frente a todas essas situações:
· Exigimos o cumprimento dos compromissos feitos pelo Reitor
dessa Universidade, ou seja, a construção imediata e concomitante das obras.
Esse é o atual compromisso e com base nele continuaremos lutando.
· Encaramos isso como uma forma de empurrar para os estudantes
a decisão de construir apenas 1 prédio, para que em anos
seguintes alegarem que nós que decidimos assim e que a direção
da universidade apenas sugeriu a construção por etapas,
transformando outros anos de ausência de permanência estudantil como escolha dos alunos.
· Exigimos a apresentação dos projetos do Restaurante Universitário e da Moradia Universitária.
· Exigimos a apresentação legal que proíba a construção dos 2 prédios da moradia concomitantemente, pois no momento em Presidente Prudente está sendo realizada um obra com recursos da Reitoria e do Banco Nossa Caixa. Por que nessa situação pode?
Lamentamos o fato de termos que constantemente pedir um compromisso firmado, em reunião os diretores parecem ofendidos quando pedimos que assinem o que falam, mas não. Não confiamos em suas palavras, pois há 20 anos somos enganados pelos representantes dos cargos. Gostaríamos de acreditar em palavras, como gostaríamos que acreditassem nas nossas. Mas para cada documento que solicitamos nas seções, precisamos assinar, para cada reunião que participamos em conselhos, temos que assinar, para subirmos nos andares da reitoria temos de dar os nomes e documentos, talvez a pratica de não exigir assinaturas possa começar com vocês, assim talvez também possamos deixar esse hábito de lado. Mas por enquanto, prosseguimos necessitando das mesmas. Além disso, todos os compromissos aqui firmados não são compromissos pessoais entre os envolvidos, mas compromissos institucionais, de cargos, associações e categorias, portanto amanha não seremos nós aqui, e os próximos alunos têm o direito desses compromissos garantidos".

CEEUB – Conselho de Entidades Estudantis da Unesp Bauru

ps: a reunião não foi marcada ainda, por indisponibilidade dos diretores do campus. Esperamo que nessa semana que se inicia consigamos agendar a reunião.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O reitor nos traiu mais uma vez!!!

Boa noite, unespianos.
O que venho relatar a seguir é da mais extrema importância. Aviso desde já que não vou me limitar no simples relato dos fatos, colocarei também a minha impressão diante dos mesmos.

Hoje, dia 30 de outubro, houve uma reunião com o GAC(Grupo Administrativo do Campus) às 14hs na sala de reuniões da Biblioteca. A reunião teve como pauta o esclarecimento da proposta do Banco Real em financiar uma carteirinha de identidade funcional para uso de alunos, funcionários e docentes.
Nessa reunião estavam presentes funcionários do campus, diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Unesp(Sintunesp), representantes do Sindicato dos Docentes(Adunesp)e representantes dos alunos(Dacel, Dafae e Cacoff).

Inicialmente o professor Deganutti falou quais eram os campi da Unesp que já tinham aderido ao sistema de carteirinhas. Todos os campi que aderiram, pelo que eu entendi, foram feitos da mesma maneira, com o financiamento do Banco Real. Fica evidente que essa é uma política da Reitoria e não de cada unidade em particular.
A carteirinha a princípio não teria quase finalidade nenhuma, a não ser identificar os que a tivessem enquanto aluno, funcionário ou professor. A vantagem que essa carteirinha teria para os alunos, segundo os diretores do campus, é que a mesma teria a data de validade, diferentemente do que acontece com a da biblioteca que não é aceita em cinemas, teatros etc.
Questionados sobre que funções mais essa carteirinha poderia VIR A TER futuramente, os diretores do campus disseram que ela pode ser usada para controle de presença em sala de aula, controle de acesso ao campus etc. Os diretores repetiram diversas vezes que sempre que algum tipo de função nova for atribuida à carteirinha, que a comunidade acadêmica seria consultada e decidiria se aprova a vinculação de determinada função ou não. Isso é o que eles dizem...
O gerente do Banco Real foi convidado a participar da reunião e fazer possíveis esclarecimentos. Ele reiterou que a única contrapartida que o Banco pede para realizar essa confecção das carteirinhas, é que não haja intermédio da faculdade. Ou seja, a coisa funcionaria da seguinte maneira: você vai até a agência do Banco Real da faculdade, fornece seu nome, RA e curso, eles batem a foto e a carteirinha fica pronta na hora. Não é a faculdade que vai te entregar a carteirinha, é o pessoal do Banco. O próprio gerente disse que na hora em que isso for feito, que haverá uma equipe para oferecer os serviços do Banco pra você, mas é claro, você não é obrigado a aceitar.

Bom, isso tudo é no mínimo estranho. Me permito já fazer alguns apontamentos:
Primeiro. Como se demonstra ser uma política da reitoria para todas as unidades, ficam obscuras quais são as reais contrapartidas exigidas pelo Banco para realizar esse tipo de serviço. Nenhuma empresa se propõe a gastar com alguma coisa sem que tenha retorno financeiro posterior.
Segundo. O banco pode ter acesso aos meus dados pessoais? Quais as garantias de que isso não será feito? Será que não seremos bombardeados com propagandas depois?Questionados em relação a isso, disseram que não enviarão e-mails, assim como não telefonarão em outras ocasiões para oferecer seus serviços.
Terceiro. Os alunos colocaram um outro motivo pelo qual a carteirinha é inviável. Como alguns Centros Acadêmicos têm usado a confecção de carteirinhas para arrecadação de dinheiro, que é por sua vez empregado na realização de eventos, semanas, congressos, com essa nova carteirinha funcionando para a obtenção de meia-entrada, as que são feitas pelos Centros Acadêmicos ficariam desinteressantes aos alunos, e dessa forma os CAs perderiam uma fonte de renda, inviabilizando a realização de atividades. Quando colocamos essa problemática, os diretores pouca importância deram.

Os funcionários também colocaram que não concordam com o fato dessa carteirinha ter de ser confecionada por uma empresa privada, sendo que estamos dentro de uma universidade pública. Questionaram também os possíveis empregos que a carteirinha possa vir a ter, como por exemplo um controle rígido demais sobre os funcionários.

O que ficou decidido é que cada segmento iria retornar para suas bases e discutir com as mesmas se essa aprova ou não a proposta feita pelo Banco. Temos até o dia 16 de novembro para nos posicionarmos em relação a isso.
Vale lembrar que o diretor da FEB, Jair Manfrinato, colocou em cheque a representatividade que uma assembléia de alunos possa ter. Ele ressaltou que o campus possui cerca de 6000 alunos só na graduação e que uma "meia-duzia" não poderia decidir pela maioria. Chegou a sugerir que se fizesse uma pesquisa por e-mail com os alunos que votariam se querem ou não a carteirinha financiada pelo Banco.
Assim a reunião se deu por encerrada.

O mais grave vem agora...
Terminada a reunião, o professor Deganutti pediu para que os funcionários se retirassem e que os alunos permanecessem.
Ele disse que tinha um assunto delicado, mas que tinha que ser tratado.
Enfim, vamos aos fatos.

Resumindo toda a enrolação, Deganutti disse que a reitoria colocou o seguinte: Ou vai sair o R.U ou a Moradia para o ano que vem. As duas obras não vão ser tocadas juntas.
Deganutti colocou que a moradia, apesar de já estar com a tão sonhada e esperada licença ambiental nas mãos, vai ser mais complicada de "sair do papel". Como a verba para a construção da moradia é mista, metade do MEC e metade da reitoria da Unesp, que a construção da moradia também será feita por metades. Vão dividir a obra ao meio. Metade do dinheiro(reitoria) vai construir um bloco de apartamentos(32 vagas) e a outra metade do dinheiro(MEC) vai construir o outro bloco(32 vagas). Mas não podem ser tocados ao mesmo tempo! Por que exatamente? Não sei. Parece que são dois editais que tem de ser abertos.

Então, de forma muito sugestiva, os diretores disseram que como o projeto do RU já está pronto, que se os alunos concordassem, a prioridade das construções seria (NOVAMENTE) invertida. Ou seja, passariam a construção do R.U. para frente e a Moradia iria para segundo lugar. Argumentaram que a gente pensasse, e já induziu a maneira como gostaria que nós pensassemos, ao dizer que "a moradia iria beneficiar 64 pessoas, o RU por outro lado beneficiaria milhares". O que o professor Deganutti fez questão de deixar claro é que se os alunos tomarem essa decisão de inversão de prioridades da construção, que isso não é certeza que vai ocorrer. Que ele em futura reunião com o Reitor vai propor essa inversão, e que cabe a ele ver se há possibilidade ou não.
Mas cá entre nós: isso já é certo. Eles já devem ter se conversado; e se os alunos decidirem inverter as prioridades, isso acaba acontecendo.

Resumo da ópera: nos deram até dia 11 de novembro para enviarmos uma resposta se aceitamos ou não a inversão de prioridade. Entretanto, temos até a próxima sexta-feira como dias úteis para realizarmos um assembléia com os alunos.

Agora, vamos à realidade.
Se todos que estão lendo não lembram, eu vou retomar alguns acontecimentos históricos do campus de Bauru.
Se não estou muito enganado em relação ao tempo, mas em 2009 se completam 15 anos de luta pela moradia na Unesp Bauru. A demanda da moradia é muito mais antiga que a do Restaurante Universitário.
Em 2003 houve um movimento que se chamava "Quero uma casa no campus", que ficou durante três meses com alunos "morando" no campus como forma de pressionar a construção da moradia.
Acontece que esse ano, após ato no campus em que reivindicávamos moradia, RU, permanência estudantil, entre outras, nos reunimos com o Reitor em São Paulo.
Quando tocamos no assunto "moradia", ele nos disse "isso não é mais assunto meu, já está certo. Só falta a licença ambiental. Vamos falar do RU". Ou seja, só faltava a licença ambiental para se iniciar o processo. Agora a licença ambiental saiu!!! E estamos mais uma vez sendo enganados!!!!

Voltando para a reunião com o reitor em São Paulo. Ele se comprometeu a colocar o RU de Bauru no Orçamento de 2010 se os diretores da FAAC, FEB e FC comprassem um projeto de Restaurante Universitário até o fechamento do orçamento de 2010. Isso aconteceu! O projeto foi comprado pelos diretores das faculdades de Bauru. Mas agora o que o Reitor nos fala? Escolham. Ou sai R.U. ou sai Moradia.
O compromisso assumido no primeiro semestre com os alunos foi quebrado. Temos gravado em vídeo o Reitor falando disso tudo!
E agora? o que nos resta fazer? Aceitar essa quebra de compromisso? Fazer o que eles querem? Que aceitemos uma coisa ou outra quando as duas eram praticamente dadas como certas? Mais uma vez vamos ser passados pra trás? Ou devemos reivindicar que o compromisso firmado seja cumprido?

Adendos:
1 - Se decidirmos por fazer essa escolha, seja ela moradia ou RU, temos um agravante. A construção que não sair o ano que vem, só sairá em 2014. E se sair...
2 - Os diretores mais uma vez colocaram a nossa representatividade em Assembléia em cheque. Sugeriram uma consulta por internet com os alunos para saber qual a "preferência" deles.
Universidade pública e políticas de permanência estudantil não podem ser encaradas como IBOPE. Ficar respondendo perguntinha pela internet sem refletir é o que a burocracia acadêmica quer mesmo.
Chegaram a sugerir também que ficássemos de plantão na cantina da faculdade perguntando a opinião dos alunos a respeito disso. Cheguei a ouvir isso: "Põe uma placa lá escrito Diretório Acadêmico e fica recebendo o voto dos alunos". Francamente...
De qualquer maneira, nós representantes dos diretórios presentes, decidimos realizar assembléia estudantil por faculdade durante essa semana. Uma data proposta foi a quinta-feira, já que poderíamos fazer divulgação na terça e quarta.

Acredito e quero muito que o marasmo que o Movimento Estudantil vinha sofrendo nesse segundo semestre tenha chegado ao fim.
Estudantes, precisamos refletir e nos posicionar diante dos fatos atuais.

domingo, 18 de outubro de 2009

Carta do CACOFF aos estudantes de Comunicação da UNESP/Bauru

Reproduzindo postagem do Blog do Cacoff Unesp Bauru!

O Centro Acadêmico de Comunicação Florestan Fernandes (CACOFF) como representante dos alunos de Jornalismo, Rádio e TV e de Relações Públicas da UNESP/Bauru repudia o ato da diretoria da FAAC de PROIBIR um debate democratico sobre o Exame Nacional de Desenvolvimento de Estudantes, o ENADE.
Está agendado para o dia 22/10 uma palestra para os alunos com o propósito de convencernos da importância do ENADE. No entanto, sendo o ENADE uma prova muito contestada, o CACOFF propôs um debate com um professor a favor do ENADE (no caso o próprio que irá ministrar a palestra) e um professor contrário à realização do exame.
O CACOFF entende que para uma explanação democrática deve ser realizado um debate que estimule a reflexão de cada individuo, garantindo um diálogo justo dentro da universidade ao invés de uma palestra unilateral e nitidamente parcial à realização da prova.
Nossa proposta foi NEGADA, com uma explicação é muito simples: o reitor acha que temos sim que fazer a prova e ponto.
Vale lembrar em mais esse momento que a democracia na universidade é contestada e boicotada, começando pela forma de escolha dos reitores, por exemplo. Enquanto os professores têm no total de seus votos o peso de 70%, os alunos possuem apenas 15%, afastando-nos das decisões do futuro da universidade e facilitando que os professores mandem e desmandem cada vez mais.
No caso do ENADE, uma assinatura unilateral de um reitor da UNESP, nos obriga a realizar a prova sob pena de não retirarmos o diploma se não comparecermos no dia de sua realização.
O CACOFF entende que esta não é uma avaliação válida, e buscamos o diálogo com os estudantes para juntos pensarmos e decidirmos qual postura tomar frente a esse modelo de julgamento de nossos cursos. Queremos sempre o diálogo democrático no qual ambas as partes (favoráveis e contrários) tenham poder de argumentação, como foi o grupo de discussão “GD ENADE”, realizado no dia 23/09.
Uma palestra onde um fala e outros ouvem, nesse caso específico, soa como uma espécie de lavagem cerebral e isso nos parece um tanto quanto pouco democrático. A proibição do debate agrava ainda mais essa situação, demonstrando que o pensamento dos estudantes pouco importa para os que estão governando a universidade.
Reintero que propomos um DEBATE, e ele foi NEGADO.
O CACOFF está articulando uma mesa-redonda com o ponto de vista contrário ao da palestra para que aí sim, os alunos em assembléia possam decidir com clareza e coletivamente que postura tomar diante a prova.
Para finalizar 3 perguntas:
O que é universidade? Quem é a universidade? E que universidade queremos?

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Delfim e Haddad, iguais não só em gestos!

Delfim e Haddad, iguais não só em gestos!

Os jovens não se lembram mais de Delfim Neto. Ele foi um homem poderoso no período do regime militar. Chegou a ser uma espécie de super-ministro. Apesar de nunca ter estado no ministério da Educação, ocupou várias outras pastas e chegou a influenciar diretamente a política educacional. Em especial, deu rumo para a política de expansão do ensino superior do regime militar.

Quando um jovem quer compreender quem foi Delfim Neto na educação, o melhor modo é mostrar para ele a atuação de Fernando Haddad, o atual ministro da Educação. Não se trata de igualdade, claro, mas a semelhança é espantosa. Delfim e Haddad compartilham do mesmo pensamento: o ensino superior dos ricos deve ser feito na universidade pública, gratuita, estatal, voltada para a pesquisa, enquanto que o ensino superior “de massa” deve ocupar outro lugar. Este outro lugar, para Delfim, eram as universidades particulares, que ele facilitou ao máximo o crescimento, coisa que Haddad também vem fazendo. Aliás, Fernando copia até mesmo a estratégia de Delfim: grita na imprensa contra elas, enquanto, na prática, gera projetos de facilitação do não pagamento de impostos desses conglomerados pouco voltados verdadeiramente à educação.

Delfim entendia que cursos de pedagogia, administração, ciências contábeis e algumas licenciaturas eram “cursos pobres para pobres”, isto é, cursos que, na visão dele (e, atualmente, na visão do governista Renato Janine Ribeiro), poderiam ser abertos sem qualquer custo. Para estes cursos, em faculdades particulares de péssima condição, iria a massa de trabalhadores. Ganhariam um diploma de ensino superior. Com isso, as estatísticas do país melhorariam e, então, ele próprio, Delfim, poderia continuar vendendo lá fora o “milagre brasileiro”. De bandeja, dava o populismo ao presidente, que poderia dizer coisas como “no meu governo os pobres conseguiram estudar em faculdades”.

Caso Haddad vivesse no tempo de Delfim, faria a mesma coisa. Todavia, Haddad tem mais instrumentos que Delfim. Ele tem algo que é uma completa falcatrua, chamada Universidade Aberta do Brasil (UAB). Não contente com esse fantasma de EAD, ele incentiva toda e qualquer faculdade a implantar o Ensino a Distância – exatamente para os “cursos de pobres”. Delfim Neto deve pensar, hoje em dia: “puxa, que sorte tem esse menino, o Fernando Haddad, que pode chamar esses cursos de Ensino a Distância, um nome bonito, e eu que fiquei com a desgraça de ter usado o nome feio, “ensino de lousa, giz e cuspe”. É a mesma coisa.

A idéia básica de Delfim e Haddad é a mesma de sempre, a que nunca saiu da cabeça de nossa elite carcomida: ainda que se venha a dar algo ao trabalhador e ao pobre, e ainda que este algo venha de um bom lugar, e seja próprio do rico, para o pobre ele será oferecido de modo pobre. Sim, salvo o Mackenzie e algumas PUCs, que universidade particular pode se igualar às federais e a uma USP? Nenhuma. O estado tem um ensino superior melhor que o particular. Então, a idéia de democratizar o ensino estatal, tornando-o acessível ao pobre e ao trabalhador, é exatamente esta: que se faça na forma de EAD. Ora, então o EAD é ensino ruim? Não necessariamente, enquanto apoio `a educação. Só que, o que é o EAD brasileiro? O EAD brasileiro e governamental é a versão Haddad do “lousa, giz e cuspe” de Delfim.

Não estou dizendo – insisto nisso – que o EAD é ruim em si. O que estou dizendo é que o modo como o Brasil trata o EAD, é para que esta fórmula seja dirigida aos pobres e trabalhadores. Ele é dirigido ao pobre de modo pobre, pois é preenchido por “cursos de pobres”.

Já definido pelo mercado, pela sociedade e, enfim, pelo governo, como uma forma de supletivo do ensino superior, o EAD nasce sem chances de ser outra coisa senão isso mesmo. Uma maneira de dar o título ao professor que, sem parar de trabalhar, vai fingir que estuda e, então, receber um diploma que lhe falta. Assim, uma vez posto como algo para a clientela que deve consumir o “curso de pobre”, todas as instituições brasileiras passam a vê-lo assim e, é claro, o próprio MEC.

O cuidado com o sistema de EAD, por si mesmo, já se torna algo carente. Há a contratação de monitores, não de professores titulados, para fazer a maquinaria andar. Além disso, imagina-se que é possível, sem a convivência social, gerar um profissional de nível universitário. Mas, no fundo, o que se pensa é o seguinte: “ora, não estamos mesmo fornecendo medicina em EAD, é só pedagogia mesmo”. É isso que eles pensam. Ou seja, o professor é alguém que, por definição, vai ter um curso que não vale muita coisa.

Na prática, Haddad é o netinho de Delfim, que faz com que cada um de nós nunca se esqueça do regime militar, e assim proporciona a cada jovem um conhecimento do que se fez em termos de política educacional naquela época. Bom, se descuidar, Haddad ainda vai dizer que ele, por causa disso, proporcionou um aprendizado aos pedagogos jovens, deu uma lição de história da educação. Sim, se descuidar ele diz isso, pois ele diz qualquer coisa.

© Paulo Ghiraldelli Jr. , filósofo

São Paulo, 8 de setembro de 2009
Fonte: http://ghiraldelli.pro.br/2009/09/mec/

Ministério da educação mostra mais uma vez sua incompetência!

MEC poderia comprar mais de 6 milhões de livros didáticos com prejuízo do Enem 2009
Bárbara Paludeti

Com o prejuízo provocado pelo vazamento da prova do Enem 2009, o MEC (Ministério da Educação) poderia adquirir mais de 6 milhões de livros didáticos pelo Programa Nacional do Livro Didático. Os custos de impressão dos mais de 4 milhões de jogos de provas - que serão descartados depois que a fraude foi descoberta - foram estimados em R$ 30 milhões pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta quinta-feira (1º).

R$ 30 MILHÕES: QUANTO ISSO REPRESENTA NA EDUCAÇÃO
6 milhões de livros didáticos
um ano de estudo para 19 mil alunos
205 ônibus escolares
7 milhões de entradas para cinema
A prova, que seria aplicada no próximo final de semana para mais de 4,1 milhões de candidatos, foi suspensa na madrugada desta quinta, após o MEC ter tomado conhecimento da quebra de sigilo do exame.

De acordo com Haddad, a pasta ainda não sabe se o prejuízo será arcado pelo governo ou pelo consórcio que opera a aplicação. "Nós estamos neste momento cuidando de duas questões: da realização do Enem e da apuração da responsabilidade. A partir da tarde, vamos nos debruçar sobre questões jurídicas", afirmou.

O UOL fez um levantamento para tentar dimensionar o tamanho do prejuízo dos cofres públicos. Veja em que itens da educação essa verba poderia ser investida:

6 milhões de livros didáticos
Com os R$ 30 milhões referentes aos custos de impressão do Enem, seria possível comprar mais de 6 milhões de livros didáticos.

O custo médio por exemplar é de R$ 4,87 no Programa Nacional do Livro Didático do MEC. Esse foi o valor negociado pelo programa para os títulos do ensino fundamental de 2010. A União vai pagar R$ 504.994.676,54 por 103.581.176 livros adquiridos.

Manutenção de 19 mil alunos do ensino médio por um ano
Os custos de R$ 30 milhões referentes à impressão da prova do Enem 2009 seriam suficientes para manter 19.083 alunos do ensino médio por aproximadamente um ano.

Segundo os dados mais recentes do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira), de 2007, o custo anual estimado por um aluno do ensino médio é de R$ 1.572. Esta estimativa refere-se aos gastos consolidados do Governo Federal, dos Estados e do Distrito Federal e dos municípios.

Se o cálculo for feito baseado em um estudante da educação terciária - graduação e pós-graduação - cujo custo é de R$ 12.322, seria possível manter 2.434 alunos por um ano com os tais R$ 30 milhões.

205 ônibus de transporte escolar
Esse montante também seria possível adquirir 205 veículos para levar e trazer estudantes. A estimativa foi feita com base nos valores do programa Ônibus Escolar, lançado pelo governo do Estado de São Paulo na terça-feira (29).

Foram gastos mais de R$ 94 milhões na aquisição de 645 ônibus (custo unitário de aproximadamente R$ 145.736) que serão cedidos em regime de comodato para auxílio no transporte de alunos das redes estadual e municipal de ensino.

7 milhões de meias-entradas de cinema
Segundo a Ancine (Agência Nacional de Cinema), o preço médio do ingresso de cinema no primeiro semestre de 2009 ficou em R$ 8,56, consequentemente, a meia-entrada para estudantes ficou em torno de R$ 4,28.

Com R$ 30 milhões seria possível comprar mais de 7 milhões de meias-entradas para o cinema a estudantes brasileiros.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Já está virando rotina: mais um caso de espancamento de estudantes!

Hoje, dia 29 de setembro de 2009, 05 estudantes, lutando contra o corte do fornecimento de água no prédio que ocupam desde de maio de 2009 - em virtude de terem sido excluídos no processo de seleção para a nova moradia instalada no Campus -foram presos e espancados pela polícia estadual do Paraná, um deles necessitando, inclusive, ser hospitalizado. A ordem de corte da água veio do Reitor da UEL que vem progressivamente criminalizando o movimento estudantil e levando a Universidade, continuamente, às páginas policiais locais e nacionais.

Cerca de 30 estudantes que não têm condições de arcar com os altíssimos custos dos aluguéis em Londrina, permanecem ocupando o hotel alugado pela Universidade a fim de atender, emergencialmente, aos estudantes, enquanto era construída a moradia estudantil no Campus. O processo e seleção, entretanto, não garantiu vaga para todos aqueles que habitavam a antiga moradia. Em luta por condições de permanência no ensino superior, os estudantes recusaram-se a sair do hotel, enfrentando, desde então, o autoritarismo e a truculência do Reitor Vilmar Marçal que recusa-se a reconhecer o DCE eleito, e os representantes eleitos pelos estudantes para o CA e o CU.

Veja abaixo a violência impetrada contra estudantes universitários que lutavam para que a água da casa não fose cortada. Destaca-se que existem mães com crianças entre os estudantes.
Amanhã será realizado o corte de luz.

http://portal. rpc.com.br/ jl/online/ conteudo. phtml?tl= 1&id=928983&tit=Confusao- durante-corte- de-agua-na- Casa-do-Estudant e-da-UEL- termina-com- 4-estudantes- detidos

sábado, 26 de setembro de 2009

Ocupação na Usp Ribeirão!

Pessoal, segue o manisfesto do pessoal da USP Ribeirão sobre a ocupação da Casa 36, com os motivos que levaram a tal fato e o que eles pretendem com isso.


Manifesto de ocupação da CASA 36


No dia 14 de setembro, seguindo uma deliberação de sua assembléia, os estudantes da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto ocuparam a Casa 36, localizada na Rua Clovis Vieira no Campus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Entendemos que essa medida extrema, infelizmente, foi necessária, dado o esgotamento de outros recursos mais adequados, como o debate e o diálogo. O grande motivo pelo qual tomamos esse espaço é bem simples: os estudantes, assim como vários outros segmentos sociais, têm sido ignorados pelos dirigentes de nossa Universidade.

Sabemos que para uma formação universitária, de fato, os alunos devem ter a oportunidade de se organizarem em entidades estudantis, as quais devem possuir autonomia de planejamento e execução de suas atividades. É evidente que precisamos, para que alcancemos tais objetivos, de um espaço estudantil adequado igualmente autônomo. No entanto, temos tido grandes problemas relacionados a essas questões.

No ano de 2007 fomos desalojados de nosso Centro de Vivência (C.V.) para que se construísse este num lugar, dito pela diretoria, mais apropriado. Não que acreditemos que nossa antiga sede era o lugar mais apropriado, visto que era ao lado do Centro de Psicologia Aplicada (CPA), porém é importante um esclarecimento acerca das condições de uso e de liberação desse novo C.V.

Fomos então alojados na casa 36 até que nosso novo centro de vivência estivesse pronto. Hoje as obras desse novo centro estão concluídas. Um centro de vivência com 2salas para abrigar 4 entidades, outro com 4 salas para abrigar outras 8 entidades. Por entender a alta demanda dos centros estudantis, o diretor reconsiderou sua decisão e projetou a construção de mais 2 salas, que, apesar de ajudar, ainda se mantêm longe de ser um espaço suficientemente apropriado para nosso uso.

A concessão do Centro de Vivência ocorrerá somente mediante a aceitação de um conjunto de normas que regulamentam o uso do mesmo. O problema é que essas normas, segundo entendemos, impedem um uso realmente autônomo do C.V. pelos estudantes.

Um outro fato nos trouxe ainda mais preocupação. Foi aprovada uma Normativa no Conselho Gestor do nosso Campus, a qual proíbe eventos de confraternização entre os alunos, além de ameaçar as entidades estudantis com a suspensão de suas atividades caso elas não fiscalizem os estudantes para o cumprimento dessa norma.

Por não concordar com tais regras, depois de nosso pedido de reunião com o Conselho que as aprovaram ser negado, realizamos uma festa como forma de protesto a tal normativa. Nesse evento centenas de pessoas assinaram uma lista se responsabilizando pelo protesto e se posicionando contrários às novas regras. Todas essas pessoas estão recebendo, uma a uma, repreensões por escrito por terem participado de tal ato.

Por fim, deve-se ter claro que todas as instâncias que dirigem a universidade, as quais são responsáveis pela elaboração e aplicação das normas e regras aqui citadas, não são democráticas. Um pequeno grupo de docentes, que representam menos de 1% da comunidade acadêmica, é responsável por aproximadamente 70% do poder de decisão dessa instituição.

Entendemos como extremamente necessária a garantia da autonomia tanto dos espaços como das entidades estudantis para a formação integral do estudante universitário. Consideramos que as confraternizações são momentos de legítima comunhão de saberes, culturas e experiências, e por isso devem ser sim incentivadas e não criminalizadas.

Definimos entidade estudantil como coletivo responsável pela representação dos estudantes e não por sua fiscalização. Repudiamos a punição de alunos, que por não terem espaços na estrutura institucional, utilizam-se dos únicos recursos por eles disponíveis para defender o projeto de universidade no qual acreditam. E, finalmente, nos envergonha perceber que a maior Universidade do país ainda mantém uma apatia hipócrita diante dos apelos de diálogo e democracia, características essas, ao nosso entender, indispensáveis para qualquer instituição que se compromete em seu estatuto a ser “sempre aberta a todas as correntes de pensamento” e reger-se “pelos princípios de liberdade de expressão, ensino e pesquisa”.

Assim sendo, reivindicamos fóruns legítimos e representativos nos quais possamos discutir as regras de utilização de nossos espaços estudantis, além das normas para realização de eventos no Campus. Exigimos, também, a revogação imediata da Normativa sobre a realização de eventos sociais e festivos no Campus da USP de Ribeirão Preto e, evidentemente, a suspensão das punições aos participantes da manifestação contrária a tal normativa.

Por acreditarmos na gestão democrática e coletiva da universidade, convidamos todos os membros da comunidade uspiana, estudantes, docentes e funcionários técnico-administrativos, a participar do planejamento e execução de nossas atividades durante a ocupação. Consideramos extremamente coerente exigir que a instituição que tanto respeitamos tenha para conosco recíproco respeito.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Grupo de Discusao sobre Enade 2009!



Hoje, na sala 71, a partir das 17:30 será realidado o primeiro GD sobre o Enade 2009.
Contamos com a presença do maior número de alunos possível para fazermos um debate rico em idéias e contribuições. Venha esclarecer suas dúvidas e entender os muitos mitos que rondam essa prova. Ela avalia de verdade? Em nossa opinião, não! Entenda o porque, mas se vc é a favor da prova, venha assim mesmo. Com idéias favoráveis e contrárias é que podemos ter um debate mais profundo e democrático.

Espero vocês logo mais tarde, na sala 71.
Compareçam!!!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Criminalização do Movimento Estudantil também no Maranhão!

Mais um caso de repressão!

Estudantes são agredidos no Terminal da Integração

Policiais utilizaram da força para retirar estudantes do Terminal. Assista ao vídeo. Clique AQUI.

SÃO LUÍS – No início da manhã desta quinta-feira (17), estudantes da Universidade Federal do Maranhão foram agredidos dentro do Terminal da Integração da Praia Grande por policiais. No momento da confusão, os estudantes estavam distribuindo panfletos relembrando a conquista da meia-passagem, que hoje completa 30 anos, e reivindicando melhorias no transporte coletivo.

No entanto, eles foram advertidos pelo diretor do Terminal, que ordenou que a panfletagem terminasse, pois naquele ambiente, não era permitido tal ação. Os jovens questionaram com o diretor o porquê deles não poderem realizar a manifestação dentro do Terminal, uma vez que, na parte interior do local, existem diversos tipos de ambulantes.

Mesmo sem estarem convencidos, os estudantes suspenderam a manifestação e começaram a distribuir panfletos nas filas do Terminal para usuários dos coletivos. Esta ação desagradou, mais uma vez, o diretor do Terminal, que chamou a guarda municipal e a polícia para retirar os estudantes do local.

Segundo os estudantes, os policiais chegaram ao local e utilizaram da força física para retirar os rapazes do Terminal. Os estudantes foram com cacetes e tiveram suas roupas rasgadas.

Aos gritos de “isso é um absurdo, eles são só estudantes”, usuários de transporte coletivo que estavam no Terminal de Integração no momento da ação policial, pediam para os policiais parassem com as agressões. Eles informavam que os rapazes eram apenas estudantes que estavam distribuindo panfletos pacificamente (assista ao vídeo).

Apesar dos gritos dos populares, os policias conduziram os rapazes para o 1º DP onde eles prestaram depoimento. Em seguida, os estudantes se deslocaram para o Instituo Médico Legal para fazerem o exame de corpo e delito.

Os alunos da UFMA que estavam panfletando no Terminal da Integração foram Paulo Gustavo, Wady Fiquene, Anderson Fonseca e Henrique Carneiro, sendo que os dois últimos foram os que sofreram as agressões dos policiais.

A Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte informou que os estudantes foram retirados do local porque não tinham a autorização necessária para distribuir os panfletos no terminal.

Já a Secretaria de Segurança negou que a ação dos policiais militares tenha sido violenta.

Veja o vídeo em: http://imirante.globo.com/noticias/pagina214790.shtml

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Mudanças na Saúde Pública de SP. Ataques ao SUS?

Mudanças na Saúde Pública de SP. Ataques ao SUS?

Algumas nóticias movimentaram os bastidores da sáude pública no estado. A ALESP (Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo) aprovou um projeto de lei que permite que todos os hospitais estaduais sejam terceirizados e, apesar de públicos, atendam a pacientes particulares e de planos de saúde, mediante cobrança.
No entanto, o Ministério Público do Estado afirmou que, assim que a norma entrar em vigor, ajuizará ações contra a sua execução. Na visão do Ministério Público, a futura lei fere os princípios de igualdade e universalidade do SUS (Sistema Único de Saúde), pois criará um tratamento diferenciado para os pagantes.
Para que se torne lei, o texto aprovado pelos deputados precisa ser sancionado pelo governador José Serra (PSDB). A aprovação é dada como certa, já que o projeto original foi apresentado pelo governador.
Para ler a reportagem completa, CLIQUE AQUI.


Outra notícia que chegou foi da negociação de autarquização do HU da Unicamp.

Colocamos abaixo um pedaço da carta de manifesto assinada pelo DCE Unicamp, C.A.'s de Enfermagem, Fonoaudilogia e Medicina da Unicamp.
(para ler na íntegra, com moções de apoio já recebidas, CLIQUE AQUI.



Por isso, somos:
· Contra a Autarquização dos HC da Unicamp (desvinculação com a universidade) ;
· Contra as Organizações Sociais e as Fundações Estatais de Direito Privado;
· Pelo fim da dupla porta nos HUs e por 100% de leitos SUS;
· Pela desvinculação dos recursos dos HUs da receita das universidades;
· Pelo fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU);
· Pela regulamentação da Emenda Constitucional 29 (EC29);
· Por aumento do financiamento público o para a saúde pública e para os HUs.


Para mais reportagens sobre o assunto, leia:
http://www.unicamp.br/unicamp/en/divulgacao/2009/08/06/autarquia-em-debate-na-area-da-saude

http://www.stu.org.br/?q=node/318

http://www.redeclipex.com.br/painel/p_exibenoticia.php?idpainel=1690&idnoticia=000000014856

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Os Grupos de Discussão(GDs) de quarta estão de volta!

Olá, unespianos!

Estamos retomando os Grupos de Discussão de quarta-feira!
Como proposto no semestre passado, vamos realizar os GDs de forma temática.
Para essa quarta-feira(02.09.09), o tema será: "Financiamento da Universidade Pública - Se é pública então é de graça?"

Discutiremos sobre como se dá o financiamento da Universidade, principalmente a nossa, a Universidade Estadual Paulista - Unesp.

Para a semana seguinte, propomos que os participantes desse primeiro GD escolham a temática que lhes for pertinente, que tenham dúvidas etc.
Contamos com a presença de todos!

O Grupo de Discussão acontece sempre às 17:30, quarta-feira, em frente à biblioteca.
Até lá!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Notícias de Araraquara: Mais um ataque aos estudantes!

Olá, unespianos bauruenses.

Encaminho um e-mail enviado pelo pessoal da Unesp Araraquara sobre o que anda acontecendo por lá, novos ataques aos estudantes. Segue abaixo:

Nós, estudantes da UNESP Araraquara, mais uma vez somos vítimas do autoritarismo da direção do campus

No último dia 17 o RU amanheceu com o seguinte aviso: "Foram suspensas a partir de 17/08/09 as bolsas alimentação autorizadas pela direção. Os bolsistas que sentirem necessidade poderão solicitar o benefício via NAE"
O processo seletivo para todas as bolsas de permanência estudantil é aberto logo que inicia o ano letivo e, teoricamente, deve ser concluído até – no máximo – o mês de abril. A cada ano que passa, entretanto, ele é mais lento.
Nesse ano o processo da bolsa alimentação – que pra muitos estudantes é a única forma de assegurar suas refeições diárias – não havia sido concluído até a volta das férias do meio do ano.
Esse é só mais um exemplo do descaso da direção com os alunos que necessitam da permanência estudantil.

O que é permanência estudantil?

A permanência estudantil é a garantia que os filhos da classe trabalhadora e do povo pobre têm de manutenção de suas necessidades básicas durante a graduação. Todos os que entram na universidade pública passaram por um filtro social chamado vestibular, filtro esse que é a maneira de manter a classe menos abastada fora do espaço universitário. Ainda assim, mesmo depois de se submeterem a tal seleção, continuam a serem privados dos seus direitos mais mínimos, numa rotina de constantes privações.

Alguns dos ataques arbitrários de uma diretoria autoritária contra os estudantes:

• 2006 – votado em Congregação o fim da Moradia Estudantil;
• 2007 – votado em Congregação a invasão da tropa de choque no campus para prisão dos estudantes em ocupação e greve;
• 2008 – corte de metade do número de auxílios alimentação e suspensão de três estudantes por perseguição política;
• 2009:
o Janeiro – descaso com os estudantes da Moradia no período de reforma dos blocos (que inclusive continua), onde os mesmos tiveram que se acomodar sendo cerca de 100 estudantes em duas casas, nas quais caberiam não mais que 64;
o Março – tentativa de expulsão e depois de suspensão de estudantes que perderam o prazo da rematrícula;
o Agosto – suspensão das bolsas alimentação.

Uma universidade de qualidade – e que dá aos estudantes o direito à permanência plena para que possam estudar – só será alcançada com a mobilização estudantil.
Por isso nós, do grupo de mulheres Pão e Rosas, nos colocamos na luta. E convidamos todos os estudantes a se unirem e reivindicarem uma universidade verdadeiramente democrática, pública e aberta aos trabalhadores e seus filhos!

Ane, Aline, Elenir e Laís, estudantes da UNESP Araraquara e
militantes do Pão e Rosas.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Quinta no Bosque!


Quinta no Bosque, org. CACOFF

Quinta-feira no Bosque! Atividade organizada pelo CACOFF, Centro Acadêmico de Comunicação Florestan Fernandes, o C.A. responsável pelo curso de Comunicação Social e sua diversas habilitações (Jornal, RTV e RP), para mais informações acesse o blog deles: http://cacoffunesp.blogspot.com/2009/08/blog-post.html

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Volta às aulas, finalmente!

Olá, unespianos.
Vou copiar aqui o post feito pelo Kpta no blog do Capsi sobre a Congregação realizada no campus de Bauru, na qual ocorreram uma série de inaugurações de obras.

Segue o post.

Congregação ou festa?

Terça-feira, dia 4 de agosto.
Seria o segundo dia de aula do semestre, mas não era. O Estado, Reitoria e Diretoria nos recomendaram ficar em casa, é mais seguro, tem uma doença fatal por aí...
Ok, vamos ao ponto... as reuniões (ordinárias) de Congregação tem por regimento enviar a pauta da reunião até 48h antes, mas no dia 30 de julho (quinta-feira) recebo por e-mail a convocação para uma reunião extraordinária da Congregação, que havia sido solicitada por nosso magnifíco reitor... ok, se a reunião seria na terça teria que receber a pauta na sexta, mas não imaginei que isso fosse acontecer, solicitei então por e-mail o recebimento da pauta, mas como resposta da Secretaria tive que ler a que a pauta não tinha pauta, pois a mesma tinha sido solicitado pelo reitor.

Ahh então, o reitor pode convocar um corpo de quase 40 colegiados sem alegar motivo?

A congregação da FC tem uma lista de e-mails internos, enviei, então, um e-mail solicitando os motivos e pauta da reunião, deixando claro o fato de ser conveniente convocar uma reunião sem pauta em um período que a toda a burocracia havia mandado os alunos pra casa e que somos desconfiados com essa categoria (por motivos óbvios, tipo 20 anos ouvindo que o R.U. e Moradia vão sair...) e gostaríamos de ser esclarecidos do motivo da reunião, encaminhei e pedi que, também a direção, enviassem o questionamento para o Reitor e seu gabinete...

As respostas foram exatamente aquilo que pensam, vazias e tirando o corpo fora...

Pois bem, vamos à reunião.

Uma bela manhã ensolarada de terça, e o cheiro de naftalina no ar, afinal, nunca tinha visto tantos colegiados de terno, é... Era dia de festa, e de reitor, tem que sair bonito na foto...
A reunião estava marcada pras 9h e as inaugurações para as 10h30, então a reunião teria que ser ágil, e foi, principalmente pq o diretor e o reitor apareceram na frente da sala 1 às 9h30, para começar exatamente às 9 horas e 35 minutos.

II Reunião Extraordinária de 2009 da Douta Congregação da Faculdade de Ciências. Com esse título pomposo o diretor deu início a reunião, agradeceu a presença de todos, do reitor e passou-lhe a palavra.

Bom, sua palavra durou uns 40 minutos, tempo suficiente para não permitir muita discussão depois. Somente o Milton, representante da Andes conseguiu fazer umas provocações rapidamente respondidas pelo reitor que passou a palavra novamente para o Henrique encerrar a reunião. Nosso diretor disse que era muito ruim não ter mais chance para discussão, mas o tempo não era mais hábil e que fariam um intervalo de 15 minutos para iniciar as cerimônias...

Quanto ao cerimonial, é tudo aquilo que você pode esperar, Blablablás e Obrigados. Justos, mas cadê nossas obras? Ah é, não temos obras.
Para encerrar a cerimônia, o Prof Henrique entregou uma placa agradecendo os esforços da reitoria, a placa era endereçada ao Prof Macari, reitor da gestão anterior, cujo vice é o atual, Hermann. Ele recebeu a placa e declarações quase românticas "Hermann a primeira vez que te vi, foi lá na praça de esportes... não tinha nada lá, você era da Aplo e disse que aquilo não podia ficar assim... é sempre tive uma boa imagem de você"

Então ao fim do cerimonial teve início uma procissão que inagurou diversos prédios, laboratórios, departamentos e etc, onde os responsáveis junto com o diretores e reitor sorriam para fotos...
Aqui se faz necessário parabenizar a administração. As construções são todas de alto nível e estão muito boas, espero algum dia ver isso na moradia e no r.u.

Situações cômicas aqui, gafes aqui, mas nada demais. Os alunos do m.e. ficavam cutucando o reitor perguntando da moradia e r.u. que rapidamente respondia que não conversava sobre isso, pois já está tudo certo!

é, foi um longo dia, das 9h30 até 14h30... no período da tarde, o reitor se reuniu com coordenadores de curso para ouvir as demandas da unidade, tal reunião foi até umas 21h.

Bom, agora relatarei a fala do reitor durante a congregação. Farei por tópicos, de acordo com minhas anotações... vamos lá:

* Iniciou se "desculpando" pela falta de avisar a pauta, dizendo que firmou o compromisso de passar em todos os campi no primeiro semestre para ouvir os problemas e necessidades, por conta do calendário grevista e reuniões Cruesp e F6 atrasou um pouco e retornou a agenda;
* Tais encontros são para análise do que já aconteceu e repensar a continuidade da gestão;
* Reafirma o caráter de racionalismo empresarial para a universidade. mostrando que o mais importante é o equilibrio orçamentario financeiro. Orçamentário=Recurso Legal, lei que libera $, Financeiro=Tesouro, ter $. Não adianta ter $ sem lei que libere e não adianta a lei liberar e nao ter $ pra gastar. (por lei leia-se LDO-Lei de Diretrizes Orçamentarias votada todo fim de ano na Alesp-Assembleia Legislativa do Estado de Sao Paulo).
* Afirmou que autonomia universitária é ter gestão financeira, que a unesp atualmente tem reserva. Tanto que teve que usá-la em Jan, Mar e Abr pela crise, pois foi gasto mais que arrecadado (icms), tinha espaço pela LDO pra gastar, mas não tinha $, então usou reserva.
* Estado pediu pra 3 pública fazer nova proposta orçamentária de acordo com o "arrocho crise"
* Afirmou que apesar de possíveis cortes, não freará a contratação de docentes em RDIDP que é sua prioridade. unesp atualmente tem quase 1600 substitutos, quase 1 terço do quadro. e quer acabar com isso, esse ano 2009 serão ao total 400 contratações.
* pela sua fala ficou clara que a contratação passa pelo crivo do governador, algo mais ou menos assim. Departamento->CEPE->Reitoria->Secretaria de Ensino Superior->Diversas secretarias do estado (fazenda, educacao, blablabla)->Procuradoria Geral do Estado convence governador da necessidade, dai Governador aprova ou não. Aprovando vai para a ALESP que tem que por o assunto na ordem do dia e votar o "Cargos, Funções e Quadros da Unesp" em tempo de entrar no orçamento da LDO da Educação. Pq se não faz isso e abre edital, o mesmo pode ser impugnado. Ufa...
* 2009 - 77% do orçamento em folha de pagamento
* 2010 - previsão de 85% do orçamento em folha
* diz ter em reserva 5 folhas.
* para 2010 novos 150 professores titulares, atualmente a unesp tem 272. acha que tem que ter em torno de 15% de titulares, o que seria uns 400.
* Discussão sobre plano de carreira docente, diz que nao vai discutir dos servidores pq já está sendo feita no cepe.
* diz que o efetivo da unesp está se aposentando e que em 10 anos será todo novo, com quase 1.000 contratacoes (trocando 1 terço de todos docentes)
* no fim da reuniao entregou 723 mil reais para construcao do Casca IV.

Bom, deu pra perceber que sua administração é burocratica, tecnocrata e de racionalidade empresarial, nao discute, conversa. Simplesmente apresenta. nao cita alunos e servidores ao longo da fala.

Então o Prof Milton é o unico a conseguir perguntar e fala sobre 3 topicos: plano de carreira, pedindo q seja aberta a discussao e nao em colegiados, contratacoes e orcamento.
Herman responde, mas eram assuntos muito tecnicos que nao tenho condições de relatar aqui.

Bom acho que é isso, abraço pessoal e até a volta!

sábado, 15 de agosto de 2009

Congregação ou festa?

Para mais detalhes sobre a tal Congregação, leiam o post abaixo!
http://capsibauru.blogspot.com/2009/08/congregacao-ou-festa.html

Aproveitem o embalo e assinem ou guardem em seus favoritos! é o novo Blog do CAPSI!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Enquanto isso, quando você fica em casa por conta da gripe suína, na Unesp Bauru... inauguração de prédios!

Olá, unespianos.
Como todos ainda estamos em férias, por conta do adiamento do reinicio das aulas dada a "gripe suína", alguns acontecimentos se dão em Bauru.
Amanhã, 04/08, o Magnífico reitor Herman estará no campus.
Foi convocada uma Congregação extraordinária para a data de amanhã. Os membros discentes da Congregação da FC estranharam tal reunião, tendo em vista que está sendo realizada durante as "férias prolongadas".
Pedimos então para que disponibilizassem a pauta da reunião, e recebemos como resposta que não há pauta, a Congregação foi simplesmente convocada pelo Reitor.

Com alguns esclarecimentos não tão claros assim, ficamos sabendo que haverá Congregação na parte da manhã, a partir das 9hs e que após as solenidades (leia-se: um bando de gente rasgando seda e puxando saco) haverá a inauguração de prédios pelo campus.

Muito oportuna a data escolhida pelos nossos magníficos reitor e diretor do campus. Não há alunos! Ou seja, qualquer manifestação é inviável.
Ainda mais quando nos deixam em casa para que não permaneçamos em aglomerações, chamam uma reunião para fazer plataforma política. A burocracia acadêmica está mais uma vez de parabéns!

Chamamos os poucos alunos que se encontram em bauru para que apareçam amanhã(04/08) na reunião, na sala 1, a partir das 9hs.
Vale lembrar, que o RU prometido pelo Herman em reunião com os alunos no primeiro semestre, tem até meados de outubro para ser concluido seu projeto de construção. Se isso não ocorrer, o reitor não incluirá no orçamento a obra para o ano de 2010. E ficaremos mais uma vez a "ver navios".

Pela permanência estudantil!
Contra a política do "pires na mão"!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Porque a UNE não nos representa!

Pessoal, depois de o presidente Lula discursar no 51º Congresso da UNE, na semana passada, a UNE que estava escondida e só dava as caras pra defender o governo do presidente, agora está na mira inclusive da mídia burguesa. Acusações que o movimento estudantil nacional (desvinculado da UNE há anos) vinha fazendo, agora são apresentadas no jornal O Estado de São Paulo.

Segue abaixo o artigo:

Lula e a UNE
Suely Caldas, O Estado de S. Paulo, 19/07/09

Nos últimos dias o presidente Lula declarou seu apoio incondicional e elogiou o presidente do Senado, José Sarney, chamando-o de “pessoa especial”. Na quarta-feira, em Alagoas, abraçou Fernando Collor e agradeceu a ele e ao senador Renan Calheiros o apoio ao seu governo.

Nenhuma manifestação da outrora aguerrida, combativa e irreverente União Nacional dos Estudantes (UNE), que há 17 anos comandou os caras-pintadas pelas ruas do País, protestando contra a corrupção no governo e pedindo o impeachment de Collor. No governo Lula a UNE calou diante do mensalão e de tantos outros atos de corrupção, chegou a defender Calheiros no episódio da pensão paga por uma empreiteira a sua ex-namorada, paralisou diante dos inúmeros escândalos envolvendo Sarney e família e silenciou ante a imagem do efusivo abraço entre Lula e Collor.

Afinal, o que aconteceu com a UNE e os estudantes?

Na quinta-feira a direção da UNE recebeu Lula como principal orador da abertura de seu 51º Congresso Nacional. O presidente lembrou de seus idos de sindicalista radical e disse ter passado o tempo em que “encostar-se no governo significava cooptação”. A UNE não encostou, grudou no governo Lula. Tem recebido generosidades e retribuído com aplausos, adesão e apoio político, mesmo quando Lula perdoa corruptos e diz que assina um cheque em branco para o ex-deputado cassado Roberto Jefferson. Não é cooptação? Vamos aos fatos. Em 2004 o governo repassou R$ 199 mil de verbas federais para a UNE e, a partir de 2005, mais R$ 10 milhões - dos quais R$ 7 milhões entre janeiro de 2008 e fevereiro de 2009. Além disso, a Petrobrás, com R$ 100 mil, e a Caixa Econômica Federal, com R$ 30 mil, patrocinaram a Bienal da Cultura da UNE, em Salvador, que ainda levou R$ 2,5 milhões dos cofres públicos.

“Nos anos de Fernando Henrique tínhamos muitas dificuldades de diálogo”, explicou a presidente da UNE, Lúcia Stumpf, em entrevista publicada no Estadão em 5 de março, ao comparar a relação da entidade com os dois governos.

Além dos R$ 10 milhões, Lula e as estatais doaram para esse 51º Congresso mais R$ 920 mil, dos quais a Petrobrás - com sua esquisita e sem critérios política de patrocínios - participou com R$ 100 mil. Agradecida, a direção da UNE tratou de retribuir: saiu em defesa da estatal e condenou a investigação, pela CPI, de suspeita de desvios de dinheiro na Petrobrás. Condenar a apuração de fraudes com dinheiro público é algo inédito na história da UNE (como diria Lula, nunca antes neste país) que contribui para afastar cada vez mais os estudantes que deveria representar.

Com a popularidade pessoal em alta, Lula extrapola ao sair por aí vinculando sua imagem ao que há de mais atrasado no País, elogiando as oligarquias que ele tanto combateu e denunciou, abraçando Collor e ignorando o movimento que se espalhou pelo País pedindo seu impeachment, humilhando os senadores do PT ao obrigá-los a defender Sarney e assumirem o papel de coniventes com os escândalos de que o senador é acusado. Para Lula tudo vale para atrair o que há de pior no PMDB e garantir seu projeto de eleger Dilma Rousseff e continuar no poder. Os senadores petistas até pararam de justificar a defesa de Sarney com o argumento da governabilidade. Diante da enxurrada de denúncias indefensáveis o argumento se esvai. Afinal, complacência com o desvio de dinheiro público não pode servir de apoio a nenhuma governabilidade.

Lula arrisca perder popularidade política, mas se acontecer ele recua rapidinho. A UNE é que corre riscos mais graves. Sua imagem, hoje, entre os estudantes é de uma entidade pelega, financiada e dependente do governo Lula, que ignora as carências estudantis e, quando se envolve na luta política do País, escolhe o lado errado, da corrupção, dos oligarcas que exploram o Estado há décadas. No auge da pressão popular para tirar Renan Calheiros da presidência do Senado os universitários do Rio de Janeiro organizaram uma passeata. Não tiveram o apoio e ainda foram reprovados pela UNE, que saiu em defesa de Calheiros.

Sem lideranças respeitadas e reconhecidas, os estudantes tendem a não se interessar e fugir da luta política numa fase da vida em que a contestação é útil para a formação e a inserção do jovem na sociedade no futuro. Mas esse é o jeito Lula de governar. Ele, que tanto combateu o peleguismo no passado, hoje usa o dinheiro público para comprar o apoio de parlamentares (o mensalão, as emendas), de sindicalistas (as centrais sindicais acabam de ser contempladas) e da UNE.

Suely Caldas, jornalista, é professora de Comunicação da PUC-Rio (sucaldas@terra.com.br)

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Formação

Formação

Não ignoro que a principal incumbência assinada ao ensino em geral, e
em especial ao universitário, é a formação. A universidade prepara o
aluno para a vida, transmite-lhe os saberes adequados ao exercício
cabal de uma profissão escolhida no conjunto de necessidades
manifestada pela sociedade, escolha essa que se alguma vez foi guiada
pelos imperativos da vocação, é com mais frequência resultante dos
progressos científicos e tecnológicos, e também de interessadas
demandas empresariais. Em qualquer caso, a universidade terá sempre
motivos para pensar que cumpriu o seu papel ao entregar à sociedade
jovens preparados para receberem e integrarem no seu acervo de
conhecimentos as lições que ainda lhe faltam, isto é, as da
experiência, madre de todas as coisas humanas. Ora, se a universidade,
como era seu dever, formou, e se a chamada formação contínua fará o
resto, a pergunta é inevitável: ?Onde está o problema?? O problema
está em que me limitei a falar da formação necessária ao desempenho de
uma profissão, deixando de lado outra formação, a do indivíduo, da
pessoa, do cidadão, essa trindade terrestre, três em um corpo só. É
tempo de tocar o delicado assunto. Qualquer acção formativa pressupõe,
naturalmente, um objecto e um objectivo. O objecto é a pessoa a quem
se pretende formar, o objectivo está na natureza e na finalidade da
formação. Uma formação literária, por exemplo, não apresentará mais
dúvidas que as que resultarem dos métodos de ensino e da maior ou
menor capacidade de recepção do educando. A questão, porém, mudará
radicalmente de figura sempre que se trate de formar pessoas, sempre
que se pretenda incutir no que designei por ?objecto?, não apenas as
matérias disciplinares que constituem o curso, mas um complexo de
valores éticos e relacionais teóricos e práticos indispensáveis à
actividade profissional. No entanto, formar pessoas não é, por si só,
um aval tranquilizador. Uma educação que propugnasse ideias de
superioridade racial ou biológica estaria a perverter a própria noção
de valor, pondo o negativo no lugar do positivo, substituindo os
ideais solidários do respeito humano pela intolerância e pela
xenofobia. Não faltam exemplos na história antiga e recente da
humanidade.
Aonde pretendo chegar com este arrazoado? À universidade. E também à
democracia. À universidade porque ela deverá ser tanto uma instituição
dispensadora de conhecimentos como o lugar por excelência de formação
do cidadão, da pessoa educada nos valores da solidariedade humana e do
respeito pela paz, educada para a liberdade e para a crítica, para o
debate responsável das ideias. Argumentar-se-á que uma parte
importante dessa tarefa pertence à família como célula básica da
sociedade, porém, como sabemos, a instituição familiar atravessa uma
crise de identidade que a tornou impotente perante as transformações
de todo o tipo que caracterizam a nossa época. A família, salvo
excepções, tende a adormecer a consciência, ao passo que a
universidade, sendo lugar de pluralidades e encontros, reúne todas as
condições para suscitar uma aprendizagem prática e efectiva dos mais
amplos valores democráticos, principiando pelo que me parece
fundamental: o questionamento da própria democracia. Há que procurar o
modo de reinventá-la, de arrancá-la ao imobilismo da rotina e da
descrença, bem ajudadas, uma e outra, pelos poderes económico e
político a quem convém manter a decorativa fachada do edifício
democrático, mas que nos têm impedido de verificar se por trás dela
algo subsiste ainda. Em minha opinião, o que resta é, quase sempre,
usado muito mais para armar de eficácia as mentiras que para defender
as verdades. O que chamamos democracia começa a assemelhar-se
tristemente ao pano solene que cobre a urna onde já está apodrecendo o
cadáver. Reinventemos, pois, a democracia antes que seja demasiado
tarde. E que a universidade nos ajude. Quererá ela? Poderá ela?

José Saramago

sábado, 27 de junho de 2009

Reunião Projeto do RU


Boa noite, unespianos.

Vou tentar fazer um resumo do que aconteceu hoje na reunião.
Por volta das 14:30, na Sala dos Órgãos Colegiados, eu Diego(Dacel), Kpta(Capsi), Cainã(Dacel), Pastor(Cacoff), Capô(Dafae) e Derci(Arquitetura), entramos na sala onde se deu a reunião. O Diretor do Campus, Prof. Luiz Henrique Monteiro, havia convocado apenas um representante por Diretório Acadêmico. Em teoria, deveriam haver apenas 2 representantes discentes, já que o DADICA(Diretório da FAAC) está sem gestão.
Entramos na sala e quando a reunião foi iniciada, dissemos que os alunos presentes eram de entidades estudantis, e que pela quantidade de pessoas presentes na sala e dada a importância da presença de discentes, deveríamos ficar.

O diretor Henrique, juntamente com o diretor da FAAC - Roberto Deganutti - disseram que visitaram alguns RUs das Unesps, o da UFSCAR e também o da USP de São Carlos, pra conhecer os projetos e como funcionam as dinâmicas de funcionamento dos mesmos, para dar um parâmetro do que seria necessário ao campus de Bauru e atendesse a nossa demanda.

Sem muitos problemas, assim se deu. A arquiteta que apresentou os projetos é uma ex-aluna de Arquitetura do nosso próprio campus, e ressaltou desde o início que conhecia a antiga demanda do Restaurante Universitário aqui e que se sentia honrada em estar apresentando o projeto.
O local da construção do RU será atrás do Guilhermão, entre este e os prédios dos laboratórios da FAAC.
Foram apresentados 3 projetos. O primeiro foi o que mais agradou a grande maioria dos presentes. Será um prédio de dimensões grandes, com um salão amplo onde serão servidas as refeições.
O RU terá a capacidade de servir cerca de 4000 refeições/dia, sendo que 2500 no almoço e 1500 na janta. O restaurante não terá subsídio. O preço que se pretende cobrar pela refeição é de R$3,00.
O projeto contará com um prédio anexo, onde deverão ser construídos locais para convivência estudantil, além de agências bancárias, sala para exposição de trabalhos, lan-house, livraria e até uma academia.

Bom, não preciso ressaltar que esses últimos itens foram os que deram mais polêmica. Reinteramos que deve haver um local para convivência dos estudantes, para apresentações culturais, onde os alunos, funcionários e estudantes possam conviver, permanecer no local, e não como foi apresentado, um local para se gastar depois do almoço.
Enfim, não se precipitem. Esse projeto não é conclusivo. Algumas sugestões foram apresentadas e ele deve sofrer alterações. Os próprios "burocratas" não concordaram em plenitude com esse prédio anexo, da forma como foi apresentado. Essas questões podem ser discutidas pela comunidade acadêmica. Convenhamos: como todas as faculdades do campus possuem laboratórios didáticos de computação, não precisamos de lan-house. Academia? Isso aqui não é novelinha das 5 da Rede Globo! O espaço é público e não deve ser destinado para fins mercantilistas.

Ficamos presentes na reunião até por volta das 16:45, quando fomos gentilmente convidados a nos retirar. O prof. Henrique disse que precisava conversar detalhes técnicos entre os membros do GAC, e como ele estava sendo democrático até aquele momento, pediu para que saissemos. Insistimos em permanecer mas ele reiterou que não poderíamos permanecer ali, ou ele daria a reunião por encerrada.
O que eles conversariam ali que não podíamos ouvir? Fica a pergunta...

A BATALHA NÃO ESTÁ GANHA!
Nem perto disso. Para que o RU comece a ser construído no ano que vem, este projeto precisa estar pronto até meados de agosto, não muito depois disso. Estando pronto, há toda uma burocracia legal a ser cumprida, como aberttura de Edital para as empresas interessadas se apresentem e etc. E aí sim, o projeto será incluído na peça orçamentária de 2010, e então o Reitor Herman colocará (como já firmado compromisso em reunião com os alunos da Unesp Bauru) o projeto como prioridade de construção.
Ou seja, se o projeto ficar pronto, ele "solta a grana".
Ah, só pra constar. O valor da construção está estimado em cerca de 2 milhões de reais, mais 1 milhão de reais para a aquisição dos equipamentos.

O que os estudantes devem fazer agora?
Cobrar para que este projeto saia logo!!!! Não vamos mais uma vez acreditar na burocracia, como aconteceu com a moradia no ano passado quando achávamos que a batalha estava ganha. Precisamos estar vigilantes, e acompanhar todo o processo a partir de agora. Queremos os prazos! Queremos discutir junto com a direção o que de fato será a convivência do RU. Temos que opinar e colocar aquilo que nos interessa, afinal, não somos nós os maiores interessados e beneficiados com o Restaurante Universitário???
Se alguém lembrar de algo, comenta aí que eu completo.

Pretendemos conseguir uma cópia do projeto apresentado para que possamos levá-lo aos alunos e interá-los do mesmo.
...
..
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Comentário sobre a Proposta de Projeto Arquitetônico do RU Bauru

A proposta de instalação do RU apresentada pela arquiteta Alexandra Alcântara, apesar de contestações, traduz-se em grande ganho para a comunidade acadêmica, pois além de atender o programa de necessidades, exprime valor estético. O Projeto Arquitetônico estabelece a implantação do restaurante em uma região central do campus, atrás do Guilhermão, visando eqüidistância das existentes e futuras instalações. O prédio busca a diversidade de materiais construtivos, o que caracteriza riqueza projetual; aberturas para ventilação e insolação almejando a sustentabilidade; e espaços generosos permitindo a sua boa funcionalidade. Com esses detalhes, o edifício deve destacar-se dos demais já existentes, desenhando-se inovador e reflexo positivo do investimento público. Por outro lado, a proposta sofreu contestações, pois havia acessos mal dimensionados; espaços não condizentes com a realidade atual dos alunos, como o anfiteatro e salas comerciais. Mas como eram estudos preliminares, a arquiteta comprometeu-se a considerar as observações feitas e rever os pontos questionados. O grande ganho está no fato da Universidade abrir espaço para um profissional especializado, permitindo certa liberdade projetual que tenta traduzir os anseios das diversas categorias da UNESP Bauru. A grande preocupação é o cumprimento do prazo para que a obra possa entrar no orçamento de 2010, podendo acarretar perda na qualidade projetual e assim afetar diretamente o cotidiano de nós universitários.

Wilson Christensen - Dercy – 3º ano Arquitetura

Até breve!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Paralisação do dia 22/06

Ontem as três categorias da UNESP-Bauru, estudantes, funcionários e professores estavam paralisados contra a repressão na Universidade Pública do estado de São Paulo. Esta data foi decidida em Assembléias realizadas semana passada, por cada categoria, nas quais o foco era justamente a repressão e a retomada das negociações da pauta unificada do fórum dos sindicatos dos trabalhadores, das associações docentes e das entidades estudantis das três universidades estaduais paulista, o Fórum das Seis. Essas negociações ocorrem com o Conselho de Reitores das Universidades do Estado de São Paulo, o Cruesp, e não estão avançando devido a politicagem do Cruesp e a sua truculência ao permitir a invasão da polícia na USP (como mostram os vídeos postados aqui noo blog).

Devido a esses fatos ontem houve uma paralisação parcial das atividades com aderência em massa dos funcionários do campus e parcelas dos alunos e professores. O intuito era de avançar na discussão sobre repressão e as demais questões que afligem a UNESP e a Universidade Pública. Houve panfletagem desde as 9h da manhã por parte do movimento estudantil daqui para chamar os estudantes para a paralisação. Houve também duas reuniões durante a tarde para discutir os problemas citados. As reuniões estavam esvaziadas, mas fomentaram mais uma vez a discussão no campus.

Dessas reuniões se decidiu por realizar uma Assembléia Geral dos Estudantes na quinta-feira, dia 25/06, as 17:30, na sala 54. Será feito um balanço da paralização e da retomada das negociações da pauta unificada, será discutida a mobilização em geral, tanto do campus quanto do estado e também será discutido o Restaurante Universitário e a reunião do dia 26/06 que será sobre o projeto do R.U.. A reunião ocorrerá as 14:30, na sala da Concgregação da FC e da FAAC que é no prédio das graduações e diretorias das duas faculdades.

Sendo fim de semestre é complicado se juntar para lutar pelos nossos direitos, afinal, o cotidiano vai contra a nossa mobilização, mas nãon podemos deixar de lado os problemas que afligem a Universidade.

Vamos todos para a Assembléia de quinta-feira fazer um balanço sobre as nossas mobiilizações!

Vamos para essa reunião sexta-feira decidir como será o Restaruante do campus de Bauru!


Não vamos deixar que as nosso cotidiano nos deixe inertes, nós podemos conquistar as nossas reivindicações na luta!


Em breve mais informes do movimento estadual e de Bauru...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

PM na USP

Vídeo feito pelos funcionários, estudantes e professores em greve. Mais vídeos seram públicados durante as mobilizações de Bauru.

domingo, 21 de junho de 2009

PM na USP

Assembléia Segunda e Paralização

Saudações.

Na assembléia de quarta-feira, dia 17/06 exibimos um video feito por estudantes que estiveram no ato da USP que foi reprimido barbaramente pela polícia militar.

Para repudiar tal atitude e solidarizar com os estudantes, professores e funcionários das três universidades paulistas decidimos por:

- Compor ao ato do dia 18/06 na Paulista com as bandeiras principais de não à repressão, Fora Suely Vilela e Fora P.M. da USP

- Auxiliar na paralização de docentes tirada na assembléia de mesmo dia para segunda-feira dia 22/06 a partir de uma comissão que passe em salas pedindo a adesão expontânea à paralização.

- Assembléia Segunda-Feira às 18:00 na sala 54 para avaliação

concentração:
Manhã: 8:00 em frente à biblioteca
Tarde: 13:00 em mesmo local

Todos ao ato de Segunda-Feira!
Construir a paralização
única alternativa para mostrar que os estudantes de Bauru não estão parados, que não concordamos com a aberta falta de liberdade nas universidades !

quarta-feira, 17 de junho de 2009

ASSEMBLÉIA GERAL DOS ESTUDANTES

DIA 17/06 - QUARTA FEIRA - Sala 54
(perto do LDC e da pracinha)

HORÁRIO 17:30

PAUTA:

-REPRESSÃO
-INFORMES DA MOBILIZAÇÃO ESTADUAL
-VÍDEOS DA INVASÃO NA USP PELA P.M.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Assembléia de professores - 17/06

Amanhã, as 9h da manhã, na sala 01, será realizada uma Assembléia dos Docentes de Bauru.

A Assembléia foi chamada pela Associação dos Docentes da UNESP (ADUNESP) e a entidade está convocando todos os professores do campus. A pauta abrangerá os seguintes pontos:

1) INFORMES
A) DOCENTES
B) SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS
C) DISCIENTES
2) CAMPANHA SALARIAL
3) PLANO DE CARREIRA
4) GRADE DE DESEMPENHO
5) CRIMINALIZAÇÃO DO MOVIMENTO SINDICAL
A) POLÍCIA NA UNIVERSIDADE
B) DEMISSÕES
6) OUTROS

Devem ser discutido apoio dos professores do campus às reivindicações da Greve da USP.

As decisões que forem tomadas nessa Assembléia seram postados aqui e também outros informes.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Justiça exige readmissão imediata do Sindicalista Brandão

Liminar obriga USP a readmitir funcionário sindicalista

Uma liminar concedida pela 26ª Vara da Justiça do Trabalho na semana passada e entregue nesta segunda-feira à Reitoria da Universidade de São Paulo (USP) determina a readmissão do sindicalista Claudionor Brandão ao quadro de funcionários da universidade. Essa era uma das reivindicações de greve do Sindicato dos Funcionários da USP (Sintusp). A Reitoria ainda não se manifestou sobre a decisão judicial.

Ele havia sido demitido em novembro de 2008 após ser condenado em processos administrativos por dano ao patrimônio, desacato e desobediência em diferentes momentos. Na semana passada, ele chegou a ser detido e levado à delegacia quando manifestantes grevistas entraram em confronto com a Polícia Militar.

"Foi uma vitória dos trabalhadores, foi uma vitória do movimento", afirmou ao G1 Brandão, 52 anos. "Isso prova que a USP não agiu de acordo com a lei. Patrão nenhum pode demitir dirigente sindical sem abrir um inquérito na Justiça do Trabalho." Ele é técnico em manutenção de refrigeração e ar condicionado e trabalha há quase 22 anos na instituição.

Segundo ele, um dos processos abertos data de 2002 e é o acusa de jogar um produto químico em um dos laboratórios da universidade. Brandão diz que nem estava no local. Em outro processo, ainda de acordo com ele, a universidade afirma que ele participou em 2005 de uma invasão da biblioteca da FAU para apoiar funcionários em greve. Ele nega a invasão e diz que o objetivo era pressionar para que houvesse aumento das verbas para as universidades paulistas.

No ano seguinte, ele afirma que participou de uma manifestação em frente à Reitoria para apoiar funcionários terceirizados da universidade. "O sindicato desses trabalhadores veio até o campus e começou a nos bater. Eu tentei entrar na Reitoria para telefonar. Bati no vidro e o vidro cedeu. Fui condenado acusado de danos ao patrimônio", afirma.

Houve até uma acusação de assédio sexual feita pela mulher de um outro sindicalista oponente. "Isso aconteceu para me desmoralizar por faltavam dois meses para inscrição para as chapas na eleição do sindicato", diz.

A assessoria de imprensa da Reitoria da USP confirmou que a universidade recebeu o oficial de Justiça, mas que, por enquanto, não iria se manifestar. É possível que seja divulgada uma nota até o final da tarde.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL1194827-5604,00.html

domingo, 14 de junho de 2009

Reunião Aberta de Comunicação - amanhã 15/06

Amanhã ocorrerá a segunda reunião aberta do Comando de Comunicação de Bauru, as 17h, na sala 54.

Esse chamado Comando de Comunicação foi proposto na última Assembléia ocorrida, no dia 04/06, na sala 54. O intuito é de se concretizar meios de comunicação diretos entre os estudantes do campus de Bauru sobre assuntos políticos que envolvem a todos nós enquanto categoria estudantil.

Esses meios são um site, organizado e mantido por qualquer estudante da UNESP-Bauru e auxiliado pelos Diretórios e Centros Acadêmicos, e também um boletim impresso organizado e mantido da mesma forma que o site.

Para levar a frente esta proposta se está formando uma Comissão, ou Comando, ou seja como for se chamar essa organização estruturada para a manutenção permanente desses meios.

Quanto mais pessoas opinando e participando melhor!
Amanhã, dia 15/06, as 17h, na sala 54, compareçam.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Comando de Comunicação!

Informes da última reunião e encaminhamentos para adiante!
Compareçam!


Saudações

A reunião começões em torno das 18:30 e contou com : Alice, Alisson, Cainã, Enio, Marcão, Mayara, Nati (cacoff), Strada (andré) e mais quatro pessoas que eu não sei o nome [se alguém puder complementar o informe...]

Começamos com a torrente de informes sobre a atitude repressiva que ocorreu na USP através de diversas fontes por telefone, estudantes da Unicamp, da USP e a esposa do clodoaldo, todos bastante feridos pelo que disseram. Posteriormente encaminho para as listas alguns dos relatos de pessoas que estavam lá.

Suscintamente, a truculência foi alta, repressão das 16:00 até 20:00 ininterrupta com a força tatica atirando indiscriminadamente ! Três funcionários da USP da direção do sindicato foram presos, inclusive o Brandão, e muitos dos que participaram da mobilização avistaram outros sendo detidos. "Foi literalmente um rio de sangue". Depois houve um ato em frente a delegacia, como advogados envolvidos, e as pessoas foram soltas.

Segudo o Sintusp a ultima vez que a polícia havia entrado no campus foi em 1979 com 15 pms desarmados. Ontem entraram muito mais de 100, ainda não se tem o número ao certo, incluindo a força tática (um nivel de repressão acima da tropa de choque).

Algumas fotos: http://educacao. uol.com.br/ album/20090609- usp-protesto_ album.jhtm? abrefoto= 16#fotoNav= 6

no site http://blogdoces. wordpress. com/ há um video feito por um manifestante.


Bom, após o informe o inportante foi como difundir em Bauru, como agregar mais gente, como preparar o segundo semestre.

Preparamos a pauta:

- Site
- Boletim
- Cartas à comunidade



Site

Achamos melhor fazer um site em contraposição ao modelo de blog, pois conquista um caráter mais firme, menos disperso e permite o aprofundamento de pontos que são sempre pertinentes

Tiramos de procurar um dominio. Tentaremos um .org, mas para tal precisamos de CNPJ, procuraremos o DAFAE (strada ficou responsável). De imediato iremos procurar um dominio mais simples.


Sobre a estrutura do site pensamos em fazer de imediato um site mais simples, pagina central e menu lateral com itens partindo dos pontos levantados da ultima assembléia e posteriormente irmos compelxificando- o

Por enquanto os blogs do DACeL e do CACOFF 'quebram o galho'


Boletim

Apesar de sua fundamental importância deixamos para um próxima reunião mais ampliada, visto que agora, no final do semestre, vai ser praticamente impossivel redigir, organizar, imprimir e distribuir.


Cartas à Comunidade

Precisamos redigir cartas aberta à comunidade para divulgar nos jornais nos espaços para os leitores, para combater a criminalização dos movimentos que ocorrrem nas Universidades, principalmente agora na USP.



Próxima Reunião

Segunda-Feira às 17:00 na sala 54

É de fundamental importância massificar a comissão de comunicação aberta para superar o famoso problema de divulgação, o famoso problema de ficar muita coisa para poucos, o movimento não é constituído por poucas pessoas, mas por qualquer estudante em movimento!

Uma hora do dia não é muito comparado ao ataque da PM num campus ou a extinção crescente da dita universidade

Fora PM e Fora Suely!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Pelotão de choque na USP: juventude se levanta contra retorno à ditadura

Na semana passada a reitora da USP, Suely Vilela, mandou a tropa de choque reprimir os piquetes dos funcionários da universidade, em greve há mais de 30 dias. A ação ostensiva da Força Tática da Polícia Militar, que sitiou a USP com mais de 150 homens durante toda a semana, foi o estopim para a explosão da revolta estudantil que vinha sendo bloqueada e para a deflagração da greve entre estudantes de todo o estado.

USP de volta à ditadura

Na segunda-feira, 1/6, a Universidade de São Paulo amanheceu sitiada por batalhões da tropa de choque que guardavam a entrada de unidades estratégicas para impedir o piquete dos funcionários em greve. A disposição da Reitoria para levar a repressão até as últimas conseqüências ficou clara: em frente à administração central, junto com a polícia havia um carro do corpo de bombeiros e um do resgate!

Essa ação da polícia na USP para reprimir um movimento grevista não tem nenhum precedente senão durante os anos sombrios da ditadura militar. Segundo o Sintusp (Sindicato dos trabalhadores da USP), a última vez em que a polícia entrou na USP para impedir piquetes dos funcionários foi durante a ditadura, em 1979, com cerca de 15 homens desarmados. Depois de 30 anos, os “democráticos” José Serra e Suely Vilela agem com mais de 100 homens armados!

A ação vergonhosa da Reitoria foi justificada em comunicado oficial pela necessidade de manter o “pleno funcionamento da universidade”. Mas a que ponto chegou a Universidade de São Paulo se ela só pode “funcionar” com um enorme aparato policial repressivo ameaçando fisicamente os seus próprios funcionários e estudantes? Que Reitoria é essa que para continuar “funcionando” precisa se cercar de portas e vidros blindados, câmeras 360º com visão noturna, capangas à paisana e agora, além de tudo isso que já é “normal”, mais 150 militares armados, intimidando a própria comunidade universitária com escudos, cacetetes, bombas de gás, balas de borracha e até armas de fogo?

Em nome do “funcionamento da universidade”, a Reitoria usa a repressão policial para estrangular o direito de manifestação dos funcionários e estudantes, para calar as vozes divergentes, para cercear o livre pensamento e a livre manifestação. Em nome do “funcionamento da universidade”, os espaços estudantis livres estão sendo fechados, as manifestações, festas e atividades culturais estão sendo proibidas, estudantes estão sendo processados e punidos, diretores do sindicato estão sendo demitidos. Em nome do “bom funcionamento da universidade” a Reitoria está destruindo a universidade e promovendo o retorno à ditadura na USP.

Ainda mais vergonhoso é o fato de toda essa ação ser comandada pelo governador do estado José Serra, ex-presidente da UNE e ex-exilado político da ditadura militar. Serra, assim como Lula, governa abertamente contra as liberdades democráticas, contra a juventude e contra a classe trabalhadora. Serra e Lula aprofundam cada vez mais o caráter repressor do Estado para conter a revolta contra a crise política e econômica, e preparam assim um retorno à ditadura.

O fantasma de maio assombra novamente o governo Serra

O resultado imediato da ação da polícia na USP foi o levante dos estudantes, levante que vinha sendo contido há mais de um mês pelas direções pelegas do movimento estudantil e que agora explodiu numa assembléia com mais de mil presentes decidindo a greve imediata por quase unanimidade.

Até os professores, categoria cada vez mais passiva e conivente por estar em grande parte integrada à burocracia, decidiram numa assembléia com 120 presentes aderir à greve.

Durante a semana, em resposta à ação da tropa de choque, as assembléias de curso e de unidade na USP foram decidindo, uma a uma, entrar em greve: História, Geografia, Ciências Sociais, Filosofia, Letras, Escola de Comunicação e Artes, Audiovisual, Artes Cênicas, Artes Plásticas. A elas se soma ainda a Faculdade de Educação, que já estava parada desde a semana passada.

Nas demais universidades estaduais, a ação da PM na USP teve a mesma repercussão: o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp se somou à Educação e parou, e na Unesp também cresce a mobilização, com o campus de Marília inteiro parado e as salas de aula ocupadas.

Atos e paralisações estão sendo programados em todo o estado, e o fantasma de maio volta a assombrar a burocracia universitária e o governo Serra.

Acirramento da crise no Brasil

Como em 2007 com a ocupação da Reitoria da USP, inicia-se um levante estudantil apesar das direções tradicionais do movimento estudantil e mesmo contra essas direções, que tentam bloquear o ascenso. A revolta dos estudantes é, como em 2007, mais um anúncio do acirramento da crise da dominação burguesa no Brasil.

Há um descontentamento generalizado represado na garganta da juventude e da classe trabalhadora brasileiras. Desde 2005 se assistiu à corrupção total do governo vir a público e passar em branco, mostrando a cumplicidade absoluta de todos os partidos burgueses existentes e a passividade total da chamada “esquerda”. Agora a crise econômica avança com demissões, desemprego e rebaixamento de salários. Nas escolas e universidades as condições de ensino são há anos destruídas pelo capital, e recentemente a repressão aos estudantes aumenta e aumenta.

Para conter a revolta, o grande capital e seus aliados corruptos —políticos e burocratas de todo tipo— recorrem cada vez mais a medidas abertamente autoritárias e repressivas como o pelotão de choque.

Como podem responder os trabalhadores e a juventude? Somente com a luta, somente com os piquetes, somente com ocupações, somente com barricadas, somente tomando as ruas!