sábado, 26 de setembro de 2009

Ocupação na Usp Ribeirão!

Pessoal, segue o manisfesto do pessoal da USP Ribeirão sobre a ocupação da Casa 36, com os motivos que levaram a tal fato e o que eles pretendem com isso.


Manifesto de ocupação da CASA 36


No dia 14 de setembro, seguindo uma deliberação de sua assembléia, os estudantes da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto ocuparam a Casa 36, localizada na Rua Clovis Vieira no Campus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Entendemos que essa medida extrema, infelizmente, foi necessária, dado o esgotamento de outros recursos mais adequados, como o debate e o diálogo. O grande motivo pelo qual tomamos esse espaço é bem simples: os estudantes, assim como vários outros segmentos sociais, têm sido ignorados pelos dirigentes de nossa Universidade.

Sabemos que para uma formação universitária, de fato, os alunos devem ter a oportunidade de se organizarem em entidades estudantis, as quais devem possuir autonomia de planejamento e execução de suas atividades. É evidente que precisamos, para que alcancemos tais objetivos, de um espaço estudantil adequado igualmente autônomo. No entanto, temos tido grandes problemas relacionados a essas questões.

No ano de 2007 fomos desalojados de nosso Centro de Vivência (C.V.) para que se construísse este num lugar, dito pela diretoria, mais apropriado. Não que acreditemos que nossa antiga sede era o lugar mais apropriado, visto que era ao lado do Centro de Psicologia Aplicada (CPA), porém é importante um esclarecimento acerca das condições de uso e de liberação desse novo C.V.

Fomos então alojados na casa 36 até que nosso novo centro de vivência estivesse pronto. Hoje as obras desse novo centro estão concluídas. Um centro de vivência com 2salas para abrigar 4 entidades, outro com 4 salas para abrigar outras 8 entidades. Por entender a alta demanda dos centros estudantis, o diretor reconsiderou sua decisão e projetou a construção de mais 2 salas, que, apesar de ajudar, ainda se mantêm longe de ser um espaço suficientemente apropriado para nosso uso.

A concessão do Centro de Vivência ocorrerá somente mediante a aceitação de um conjunto de normas que regulamentam o uso do mesmo. O problema é que essas normas, segundo entendemos, impedem um uso realmente autônomo do C.V. pelos estudantes.

Um outro fato nos trouxe ainda mais preocupação. Foi aprovada uma Normativa no Conselho Gestor do nosso Campus, a qual proíbe eventos de confraternização entre os alunos, além de ameaçar as entidades estudantis com a suspensão de suas atividades caso elas não fiscalizem os estudantes para o cumprimento dessa norma.

Por não concordar com tais regras, depois de nosso pedido de reunião com o Conselho que as aprovaram ser negado, realizamos uma festa como forma de protesto a tal normativa. Nesse evento centenas de pessoas assinaram uma lista se responsabilizando pelo protesto e se posicionando contrários às novas regras. Todas essas pessoas estão recebendo, uma a uma, repreensões por escrito por terem participado de tal ato.

Por fim, deve-se ter claro que todas as instâncias que dirigem a universidade, as quais são responsáveis pela elaboração e aplicação das normas e regras aqui citadas, não são democráticas. Um pequeno grupo de docentes, que representam menos de 1% da comunidade acadêmica, é responsável por aproximadamente 70% do poder de decisão dessa instituição.

Entendemos como extremamente necessária a garantia da autonomia tanto dos espaços como das entidades estudantis para a formação integral do estudante universitário. Consideramos que as confraternizações são momentos de legítima comunhão de saberes, culturas e experiências, e por isso devem ser sim incentivadas e não criminalizadas.

Definimos entidade estudantil como coletivo responsável pela representação dos estudantes e não por sua fiscalização. Repudiamos a punição de alunos, que por não terem espaços na estrutura institucional, utilizam-se dos únicos recursos por eles disponíveis para defender o projeto de universidade no qual acreditam. E, finalmente, nos envergonha perceber que a maior Universidade do país ainda mantém uma apatia hipócrita diante dos apelos de diálogo e democracia, características essas, ao nosso entender, indispensáveis para qualquer instituição que se compromete em seu estatuto a ser “sempre aberta a todas as correntes de pensamento” e reger-se “pelos princípios de liberdade de expressão, ensino e pesquisa”.

Assim sendo, reivindicamos fóruns legítimos e representativos nos quais possamos discutir as regras de utilização de nossos espaços estudantis, além das normas para realização de eventos no Campus. Exigimos, também, a revogação imediata da Normativa sobre a realização de eventos sociais e festivos no Campus da USP de Ribeirão Preto e, evidentemente, a suspensão das punições aos participantes da manifestação contrária a tal normativa.

Por acreditarmos na gestão democrática e coletiva da universidade, convidamos todos os membros da comunidade uspiana, estudantes, docentes e funcionários técnico-administrativos, a participar do planejamento e execução de nossas atividades durante a ocupação. Consideramos extremamente coerente exigir que a instituição que tanto respeitamos tenha para conosco recíproco respeito.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Grupo de Discusao sobre Enade 2009!



Hoje, na sala 71, a partir das 17:30 será realidado o primeiro GD sobre o Enade 2009.
Contamos com a presença do maior número de alunos possível para fazermos um debate rico em idéias e contribuições. Venha esclarecer suas dúvidas e entender os muitos mitos que rondam essa prova. Ela avalia de verdade? Em nossa opinião, não! Entenda o porque, mas se vc é a favor da prova, venha assim mesmo. Com idéias favoráveis e contrárias é que podemos ter um debate mais profundo e democrático.

Espero vocês logo mais tarde, na sala 71.
Compareçam!!!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Criminalização do Movimento Estudantil também no Maranhão!

Mais um caso de repressão!

Estudantes são agredidos no Terminal da Integração

Policiais utilizaram da força para retirar estudantes do Terminal. Assista ao vídeo. Clique AQUI.

SÃO LUÍS – No início da manhã desta quinta-feira (17), estudantes da Universidade Federal do Maranhão foram agredidos dentro do Terminal da Integração da Praia Grande por policiais. No momento da confusão, os estudantes estavam distribuindo panfletos relembrando a conquista da meia-passagem, que hoje completa 30 anos, e reivindicando melhorias no transporte coletivo.

No entanto, eles foram advertidos pelo diretor do Terminal, que ordenou que a panfletagem terminasse, pois naquele ambiente, não era permitido tal ação. Os jovens questionaram com o diretor o porquê deles não poderem realizar a manifestação dentro do Terminal, uma vez que, na parte interior do local, existem diversos tipos de ambulantes.

Mesmo sem estarem convencidos, os estudantes suspenderam a manifestação e começaram a distribuir panfletos nas filas do Terminal para usuários dos coletivos. Esta ação desagradou, mais uma vez, o diretor do Terminal, que chamou a guarda municipal e a polícia para retirar os estudantes do local.

Segundo os estudantes, os policiais chegaram ao local e utilizaram da força física para retirar os rapazes do Terminal. Os estudantes foram com cacetes e tiveram suas roupas rasgadas.

Aos gritos de “isso é um absurdo, eles são só estudantes”, usuários de transporte coletivo que estavam no Terminal de Integração no momento da ação policial, pediam para os policiais parassem com as agressões. Eles informavam que os rapazes eram apenas estudantes que estavam distribuindo panfletos pacificamente (assista ao vídeo).

Apesar dos gritos dos populares, os policias conduziram os rapazes para o 1º DP onde eles prestaram depoimento. Em seguida, os estudantes se deslocaram para o Instituo Médico Legal para fazerem o exame de corpo e delito.

Os alunos da UFMA que estavam panfletando no Terminal da Integração foram Paulo Gustavo, Wady Fiquene, Anderson Fonseca e Henrique Carneiro, sendo que os dois últimos foram os que sofreram as agressões dos policiais.

A Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte informou que os estudantes foram retirados do local porque não tinham a autorização necessária para distribuir os panfletos no terminal.

Já a Secretaria de Segurança negou que a ação dos policiais militares tenha sido violenta.

Veja o vídeo em: http://imirante.globo.com/noticias/pagina214790.shtml

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Mudanças na Saúde Pública de SP. Ataques ao SUS?

Mudanças na Saúde Pública de SP. Ataques ao SUS?

Algumas nóticias movimentaram os bastidores da sáude pública no estado. A ALESP (Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo) aprovou um projeto de lei que permite que todos os hospitais estaduais sejam terceirizados e, apesar de públicos, atendam a pacientes particulares e de planos de saúde, mediante cobrança.
No entanto, o Ministério Público do Estado afirmou que, assim que a norma entrar em vigor, ajuizará ações contra a sua execução. Na visão do Ministério Público, a futura lei fere os princípios de igualdade e universalidade do SUS (Sistema Único de Saúde), pois criará um tratamento diferenciado para os pagantes.
Para que se torne lei, o texto aprovado pelos deputados precisa ser sancionado pelo governador José Serra (PSDB). A aprovação é dada como certa, já que o projeto original foi apresentado pelo governador.
Para ler a reportagem completa, CLIQUE AQUI.


Outra notícia que chegou foi da negociação de autarquização do HU da Unicamp.

Colocamos abaixo um pedaço da carta de manifesto assinada pelo DCE Unicamp, C.A.'s de Enfermagem, Fonoaudilogia e Medicina da Unicamp.
(para ler na íntegra, com moções de apoio já recebidas, CLIQUE AQUI.



Por isso, somos:
· Contra a Autarquização dos HC da Unicamp (desvinculação com a universidade) ;
· Contra as Organizações Sociais e as Fundações Estatais de Direito Privado;
· Pelo fim da dupla porta nos HUs e por 100% de leitos SUS;
· Pela desvinculação dos recursos dos HUs da receita das universidades;
· Pelo fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU);
· Pela regulamentação da Emenda Constitucional 29 (EC29);
· Por aumento do financiamento público o para a saúde pública e para os HUs.


Para mais reportagens sobre o assunto, leia:
http://www.unicamp.br/unicamp/en/divulgacao/2009/08/06/autarquia-em-debate-na-area-da-saude

http://www.stu.org.br/?q=node/318

http://www.redeclipex.com.br/painel/p_exibenoticia.php?idpainel=1690&idnoticia=000000014856