sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O reitor nos traiu mais uma vez!!!

Boa noite, unespianos.
O que venho relatar a seguir é da mais extrema importância. Aviso desde já que não vou me limitar no simples relato dos fatos, colocarei também a minha impressão diante dos mesmos.

Hoje, dia 30 de outubro, houve uma reunião com o GAC(Grupo Administrativo do Campus) às 14hs na sala de reuniões da Biblioteca. A reunião teve como pauta o esclarecimento da proposta do Banco Real em financiar uma carteirinha de identidade funcional para uso de alunos, funcionários e docentes.
Nessa reunião estavam presentes funcionários do campus, diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Unesp(Sintunesp), representantes do Sindicato dos Docentes(Adunesp)e representantes dos alunos(Dacel, Dafae e Cacoff).

Inicialmente o professor Deganutti falou quais eram os campi da Unesp que já tinham aderido ao sistema de carteirinhas. Todos os campi que aderiram, pelo que eu entendi, foram feitos da mesma maneira, com o financiamento do Banco Real. Fica evidente que essa é uma política da Reitoria e não de cada unidade em particular.
A carteirinha a princípio não teria quase finalidade nenhuma, a não ser identificar os que a tivessem enquanto aluno, funcionário ou professor. A vantagem que essa carteirinha teria para os alunos, segundo os diretores do campus, é que a mesma teria a data de validade, diferentemente do que acontece com a da biblioteca que não é aceita em cinemas, teatros etc.
Questionados sobre que funções mais essa carteirinha poderia VIR A TER futuramente, os diretores do campus disseram que ela pode ser usada para controle de presença em sala de aula, controle de acesso ao campus etc. Os diretores repetiram diversas vezes que sempre que algum tipo de função nova for atribuida à carteirinha, que a comunidade acadêmica seria consultada e decidiria se aprova a vinculação de determinada função ou não. Isso é o que eles dizem...
O gerente do Banco Real foi convidado a participar da reunião e fazer possíveis esclarecimentos. Ele reiterou que a única contrapartida que o Banco pede para realizar essa confecção das carteirinhas, é que não haja intermédio da faculdade. Ou seja, a coisa funcionaria da seguinte maneira: você vai até a agência do Banco Real da faculdade, fornece seu nome, RA e curso, eles batem a foto e a carteirinha fica pronta na hora. Não é a faculdade que vai te entregar a carteirinha, é o pessoal do Banco. O próprio gerente disse que na hora em que isso for feito, que haverá uma equipe para oferecer os serviços do Banco pra você, mas é claro, você não é obrigado a aceitar.

Bom, isso tudo é no mínimo estranho. Me permito já fazer alguns apontamentos:
Primeiro. Como se demonstra ser uma política da reitoria para todas as unidades, ficam obscuras quais são as reais contrapartidas exigidas pelo Banco para realizar esse tipo de serviço. Nenhuma empresa se propõe a gastar com alguma coisa sem que tenha retorno financeiro posterior.
Segundo. O banco pode ter acesso aos meus dados pessoais? Quais as garantias de que isso não será feito? Será que não seremos bombardeados com propagandas depois?Questionados em relação a isso, disseram que não enviarão e-mails, assim como não telefonarão em outras ocasiões para oferecer seus serviços.
Terceiro. Os alunos colocaram um outro motivo pelo qual a carteirinha é inviável. Como alguns Centros Acadêmicos têm usado a confecção de carteirinhas para arrecadação de dinheiro, que é por sua vez empregado na realização de eventos, semanas, congressos, com essa nova carteirinha funcionando para a obtenção de meia-entrada, as que são feitas pelos Centros Acadêmicos ficariam desinteressantes aos alunos, e dessa forma os CAs perderiam uma fonte de renda, inviabilizando a realização de atividades. Quando colocamos essa problemática, os diretores pouca importância deram.

Os funcionários também colocaram que não concordam com o fato dessa carteirinha ter de ser confecionada por uma empresa privada, sendo que estamos dentro de uma universidade pública. Questionaram também os possíveis empregos que a carteirinha possa vir a ter, como por exemplo um controle rígido demais sobre os funcionários.

O que ficou decidido é que cada segmento iria retornar para suas bases e discutir com as mesmas se essa aprova ou não a proposta feita pelo Banco. Temos até o dia 16 de novembro para nos posicionarmos em relação a isso.
Vale lembrar que o diretor da FEB, Jair Manfrinato, colocou em cheque a representatividade que uma assembléia de alunos possa ter. Ele ressaltou que o campus possui cerca de 6000 alunos só na graduação e que uma "meia-duzia" não poderia decidir pela maioria. Chegou a sugerir que se fizesse uma pesquisa por e-mail com os alunos que votariam se querem ou não a carteirinha financiada pelo Banco.
Assim a reunião se deu por encerrada.

O mais grave vem agora...
Terminada a reunião, o professor Deganutti pediu para que os funcionários se retirassem e que os alunos permanecessem.
Ele disse que tinha um assunto delicado, mas que tinha que ser tratado.
Enfim, vamos aos fatos.

Resumindo toda a enrolação, Deganutti disse que a reitoria colocou o seguinte: Ou vai sair o R.U ou a Moradia para o ano que vem. As duas obras não vão ser tocadas juntas.
Deganutti colocou que a moradia, apesar de já estar com a tão sonhada e esperada licença ambiental nas mãos, vai ser mais complicada de "sair do papel". Como a verba para a construção da moradia é mista, metade do MEC e metade da reitoria da Unesp, que a construção da moradia também será feita por metades. Vão dividir a obra ao meio. Metade do dinheiro(reitoria) vai construir um bloco de apartamentos(32 vagas) e a outra metade do dinheiro(MEC) vai construir o outro bloco(32 vagas). Mas não podem ser tocados ao mesmo tempo! Por que exatamente? Não sei. Parece que são dois editais que tem de ser abertos.

Então, de forma muito sugestiva, os diretores disseram que como o projeto do RU já está pronto, que se os alunos concordassem, a prioridade das construções seria (NOVAMENTE) invertida. Ou seja, passariam a construção do R.U. para frente e a Moradia iria para segundo lugar. Argumentaram que a gente pensasse, e já induziu a maneira como gostaria que nós pensassemos, ao dizer que "a moradia iria beneficiar 64 pessoas, o RU por outro lado beneficiaria milhares". O que o professor Deganutti fez questão de deixar claro é que se os alunos tomarem essa decisão de inversão de prioridades da construção, que isso não é certeza que vai ocorrer. Que ele em futura reunião com o Reitor vai propor essa inversão, e que cabe a ele ver se há possibilidade ou não.
Mas cá entre nós: isso já é certo. Eles já devem ter se conversado; e se os alunos decidirem inverter as prioridades, isso acaba acontecendo.

Resumo da ópera: nos deram até dia 11 de novembro para enviarmos uma resposta se aceitamos ou não a inversão de prioridade. Entretanto, temos até a próxima sexta-feira como dias úteis para realizarmos um assembléia com os alunos.

Agora, vamos à realidade.
Se todos que estão lendo não lembram, eu vou retomar alguns acontecimentos históricos do campus de Bauru.
Se não estou muito enganado em relação ao tempo, mas em 2009 se completam 15 anos de luta pela moradia na Unesp Bauru. A demanda da moradia é muito mais antiga que a do Restaurante Universitário.
Em 2003 houve um movimento que se chamava "Quero uma casa no campus", que ficou durante três meses com alunos "morando" no campus como forma de pressionar a construção da moradia.
Acontece que esse ano, após ato no campus em que reivindicávamos moradia, RU, permanência estudantil, entre outras, nos reunimos com o Reitor em São Paulo.
Quando tocamos no assunto "moradia", ele nos disse "isso não é mais assunto meu, já está certo. Só falta a licença ambiental. Vamos falar do RU". Ou seja, só faltava a licença ambiental para se iniciar o processo. Agora a licença ambiental saiu!!! E estamos mais uma vez sendo enganados!!!!

Voltando para a reunião com o reitor em São Paulo. Ele se comprometeu a colocar o RU de Bauru no Orçamento de 2010 se os diretores da FAAC, FEB e FC comprassem um projeto de Restaurante Universitário até o fechamento do orçamento de 2010. Isso aconteceu! O projeto foi comprado pelos diretores das faculdades de Bauru. Mas agora o que o Reitor nos fala? Escolham. Ou sai R.U. ou sai Moradia.
O compromisso assumido no primeiro semestre com os alunos foi quebrado. Temos gravado em vídeo o Reitor falando disso tudo!
E agora? o que nos resta fazer? Aceitar essa quebra de compromisso? Fazer o que eles querem? Que aceitemos uma coisa ou outra quando as duas eram praticamente dadas como certas? Mais uma vez vamos ser passados pra trás? Ou devemos reivindicar que o compromisso firmado seja cumprido?

Adendos:
1 - Se decidirmos por fazer essa escolha, seja ela moradia ou RU, temos um agravante. A construção que não sair o ano que vem, só sairá em 2014. E se sair...
2 - Os diretores mais uma vez colocaram a nossa representatividade em Assembléia em cheque. Sugeriram uma consulta por internet com os alunos para saber qual a "preferência" deles.
Universidade pública e políticas de permanência estudantil não podem ser encaradas como IBOPE. Ficar respondendo perguntinha pela internet sem refletir é o que a burocracia acadêmica quer mesmo.
Chegaram a sugerir também que ficássemos de plantão na cantina da faculdade perguntando a opinião dos alunos a respeito disso. Cheguei a ouvir isso: "Põe uma placa lá escrito Diretório Acadêmico e fica recebendo o voto dos alunos". Francamente...
De qualquer maneira, nós representantes dos diretórios presentes, decidimos realizar assembléia estudantil por faculdade durante essa semana. Uma data proposta foi a quinta-feira, já que poderíamos fazer divulgação na terça e quarta.

Acredito e quero muito que o marasmo que o Movimento Estudantil vinha sofrendo nesse segundo semestre tenha chegado ao fim.
Estudantes, precisamos refletir e nos posicionar diante dos fatos atuais.

domingo, 18 de outubro de 2009

Carta do CACOFF aos estudantes de Comunicação da UNESP/Bauru

Reproduzindo postagem do Blog do Cacoff Unesp Bauru!

O Centro Acadêmico de Comunicação Florestan Fernandes (CACOFF) como representante dos alunos de Jornalismo, Rádio e TV e de Relações Públicas da UNESP/Bauru repudia o ato da diretoria da FAAC de PROIBIR um debate democratico sobre o Exame Nacional de Desenvolvimento de Estudantes, o ENADE.
Está agendado para o dia 22/10 uma palestra para os alunos com o propósito de convencernos da importância do ENADE. No entanto, sendo o ENADE uma prova muito contestada, o CACOFF propôs um debate com um professor a favor do ENADE (no caso o próprio que irá ministrar a palestra) e um professor contrário à realização do exame.
O CACOFF entende que para uma explanação democrática deve ser realizado um debate que estimule a reflexão de cada individuo, garantindo um diálogo justo dentro da universidade ao invés de uma palestra unilateral e nitidamente parcial à realização da prova.
Nossa proposta foi NEGADA, com uma explicação é muito simples: o reitor acha que temos sim que fazer a prova e ponto.
Vale lembrar em mais esse momento que a democracia na universidade é contestada e boicotada, começando pela forma de escolha dos reitores, por exemplo. Enquanto os professores têm no total de seus votos o peso de 70%, os alunos possuem apenas 15%, afastando-nos das decisões do futuro da universidade e facilitando que os professores mandem e desmandem cada vez mais.
No caso do ENADE, uma assinatura unilateral de um reitor da UNESP, nos obriga a realizar a prova sob pena de não retirarmos o diploma se não comparecermos no dia de sua realização.
O CACOFF entende que esta não é uma avaliação válida, e buscamos o diálogo com os estudantes para juntos pensarmos e decidirmos qual postura tomar frente a esse modelo de julgamento de nossos cursos. Queremos sempre o diálogo democrático no qual ambas as partes (favoráveis e contrários) tenham poder de argumentação, como foi o grupo de discussão “GD ENADE”, realizado no dia 23/09.
Uma palestra onde um fala e outros ouvem, nesse caso específico, soa como uma espécie de lavagem cerebral e isso nos parece um tanto quanto pouco democrático. A proibição do debate agrava ainda mais essa situação, demonstrando que o pensamento dos estudantes pouco importa para os que estão governando a universidade.
Reintero que propomos um DEBATE, e ele foi NEGADO.
O CACOFF está articulando uma mesa-redonda com o ponto de vista contrário ao da palestra para que aí sim, os alunos em assembléia possam decidir com clareza e coletivamente que postura tomar diante a prova.
Para finalizar 3 perguntas:
O que é universidade? Quem é a universidade? E que universidade queremos?

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Delfim e Haddad, iguais não só em gestos!

Delfim e Haddad, iguais não só em gestos!

Os jovens não se lembram mais de Delfim Neto. Ele foi um homem poderoso no período do regime militar. Chegou a ser uma espécie de super-ministro. Apesar de nunca ter estado no ministério da Educação, ocupou várias outras pastas e chegou a influenciar diretamente a política educacional. Em especial, deu rumo para a política de expansão do ensino superior do regime militar.

Quando um jovem quer compreender quem foi Delfim Neto na educação, o melhor modo é mostrar para ele a atuação de Fernando Haddad, o atual ministro da Educação. Não se trata de igualdade, claro, mas a semelhança é espantosa. Delfim e Haddad compartilham do mesmo pensamento: o ensino superior dos ricos deve ser feito na universidade pública, gratuita, estatal, voltada para a pesquisa, enquanto que o ensino superior “de massa” deve ocupar outro lugar. Este outro lugar, para Delfim, eram as universidades particulares, que ele facilitou ao máximo o crescimento, coisa que Haddad também vem fazendo. Aliás, Fernando copia até mesmo a estratégia de Delfim: grita na imprensa contra elas, enquanto, na prática, gera projetos de facilitação do não pagamento de impostos desses conglomerados pouco voltados verdadeiramente à educação.

Delfim entendia que cursos de pedagogia, administração, ciências contábeis e algumas licenciaturas eram “cursos pobres para pobres”, isto é, cursos que, na visão dele (e, atualmente, na visão do governista Renato Janine Ribeiro), poderiam ser abertos sem qualquer custo. Para estes cursos, em faculdades particulares de péssima condição, iria a massa de trabalhadores. Ganhariam um diploma de ensino superior. Com isso, as estatísticas do país melhorariam e, então, ele próprio, Delfim, poderia continuar vendendo lá fora o “milagre brasileiro”. De bandeja, dava o populismo ao presidente, que poderia dizer coisas como “no meu governo os pobres conseguiram estudar em faculdades”.

Caso Haddad vivesse no tempo de Delfim, faria a mesma coisa. Todavia, Haddad tem mais instrumentos que Delfim. Ele tem algo que é uma completa falcatrua, chamada Universidade Aberta do Brasil (UAB). Não contente com esse fantasma de EAD, ele incentiva toda e qualquer faculdade a implantar o Ensino a Distância – exatamente para os “cursos de pobres”. Delfim Neto deve pensar, hoje em dia: “puxa, que sorte tem esse menino, o Fernando Haddad, que pode chamar esses cursos de Ensino a Distância, um nome bonito, e eu que fiquei com a desgraça de ter usado o nome feio, “ensino de lousa, giz e cuspe”. É a mesma coisa.

A idéia básica de Delfim e Haddad é a mesma de sempre, a que nunca saiu da cabeça de nossa elite carcomida: ainda que se venha a dar algo ao trabalhador e ao pobre, e ainda que este algo venha de um bom lugar, e seja próprio do rico, para o pobre ele será oferecido de modo pobre. Sim, salvo o Mackenzie e algumas PUCs, que universidade particular pode se igualar às federais e a uma USP? Nenhuma. O estado tem um ensino superior melhor que o particular. Então, a idéia de democratizar o ensino estatal, tornando-o acessível ao pobre e ao trabalhador, é exatamente esta: que se faça na forma de EAD. Ora, então o EAD é ensino ruim? Não necessariamente, enquanto apoio `a educação. Só que, o que é o EAD brasileiro? O EAD brasileiro e governamental é a versão Haddad do “lousa, giz e cuspe” de Delfim.

Não estou dizendo – insisto nisso – que o EAD é ruim em si. O que estou dizendo é que o modo como o Brasil trata o EAD, é para que esta fórmula seja dirigida aos pobres e trabalhadores. Ele é dirigido ao pobre de modo pobre, pois é preenchido por “cursos de pobres”.

Já definido pelo mercado, pela sociedade e, enfim, pelo governo, como uma forma de supletivo do ensino superior, o EAD nasce sem chances de ser outra coisa senão isso mesmo. Uma maneira de dar o título ao professor que, sem parar de trabalhar, vai fingir que estuda e, então, receber um diploma que lhe falta. Assim, uma vez posto como algo para a clientela que deve consumir o “curso de pobre”, todas as instituições brasileiras passam a vê-lo assim e, é claro, o próprio MEC.

O cuidado com o sistema de EAD, por si mesmo, já se torna algo carente. Há a contratação de monitores, não de professores titulados, para fazer a maquinaria andar. Além disso, imagina-se que é possível, sem a convivência social, gerar um profissional de nível universitário. Mas, no fundo, o que se pensa é o seguinte: “ora, não estamos mesmo fornecendo medicina em EAD, é só pedagogia mesmo”. É isso que eles pensam. Ou seja, o professor é alguém que, por definição, vai ter um curso que não vale muita coisa.

Na prática, Haddad é o netinho de Delfim, que faz com que cada um de nós nunca se esqueça do regime militar, e assim proporciona a cada jovem um conhecimento do que se fez em termos de política educacional naquela época. Bom, se descuidar, Haddad ainda vai dizer que ele, por causa disso, proporcionou um aprendizado aos pedagogos jovens, deu uma lição de história da educação. Sim, se descuidar ele diz isso, pois ele diz qualquer coisa.

© Paulo Ghiraldelli Jr. , filósofo

São Paulo, 8 de setembro de 2009
Fonte: http://ghiraldelli.pro.br/2009/09/mec/

Ministério da educação mostra mais uma vez sua incompetência!

MEC poderia comprar mais de 6 milhões de livros didáticos com prejuízo do Enem 2009
Bárbara Paludeti

Com o prejuízo provocado pelo vazamento da prova do Enem 2009, o MEC (Ministério da Educação) poderia adquirir mais de 6 milhões de livros didáticos pelo Programa Nacional do Livro Didático. Os custos de impressão dos mais de 4 milhões de jogos de provas - que serão descartados depois que a fraude foi descoberta - foram estimados em R$ 30 milhões pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta quinta-feira (1º).

R$ 30 MILHÕES: QUANTO ISSO REPRESENTA NA EDUCAÇÃO
6 milhões de livros didáticos
um ano de estudo para 19 mil alunos
205 ônibus escolares
7 milhões de entradas para cinema
A prova, que seria aplicada no próximo final de semana para mais de 4,1 milhões de candidatos, foi suspensa na madrugada desta quinta, após o MEC ter tomado conhecimento da quebra de sigilo do exame.

De acordo com Haddad, a pasta ainda não sabe se o prejuízo será arcado pelo governo ou pelo consórcio que opera a aplicação. "Nós estamos neste momento cuidando de duas questões: da realização do Enem e da apuração da responsabilidade. A partir da tarde, vamos nos debruçar sobre questões jurídicas", afirmou.

O UOL fez um levantamento para tentar dimensionar o tamanho do prejuízo dos cofres públicos. Veja em que itens da educação essa verba poderia ser investida:

6 milhões de livros didáticos
Com os R$ 30 milhões referentes aos custos de impressão do Enem, seria possível comprar mais de 6 milhões de livros didáticos.

O custo médio por exemplar é de R$ 4,87 no Programa Nacional do Livro Didático do MEC. Esse foi o valor negociado pelo programa para os títulos do ensino fundamental de 2010. A União vai pagar R$ 504.994.676,54 por 103.581.176 livros adquiridos.

Manutenção de 19 mil alunos do ensino médio por um ano
Os custos de R$ 30 milhões referentes à impressão da prova do Enem 2009 seriam suficientes para manter 19.083 alunos do ensino médio por aproximadamente um ano.

Segundo os dados mais recentes do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira), de 2007, o custo anual estimado por um aluno do ensino médio é de R$ 1.572. Esta estimativa refere-se aos gastos consolidados do Governo Federal, dos Estados e do Distrito Federal e dos municípios.

Se o cálculo for feito baseado em um estudante da educação terciária - graduação e pós-graduação - cujo custo é de R$ 12.322, seria possível manter 2.434 alunos por um ano com os tais R$ 30 milhões.

205 ônibus de transporte escolar
Esse montante também seria possível adquirir 205 veículos para levar e trazer estudantes. A estimativa foi feita com base nos valores do programa Ônibus Escolar, lançado pelo governo do Estado de São Paulo na terça-feira (29).

Foram gastos mais de R$ 94 milhões na aquisição de 645 ônibus (custo unitário de aproximadamente R$ 145.736) que serão cedidos em regime de comodato para auxílio no transporte de alunos das redes estadual e municipal de ensino.

7 milhões de meias-entradas de cinema
Segundo a Ancine (Agência Nacional de Cinema), o preço médio do ingresso de cinema no primeiro semestre de 2009 ficou em R$ 8,56, consequentemente, a meia-entrada para estudantes ficou em torno de R$ 4,28.

Com R$ 30 milhões seria possível comprar mais de 7 milhões de meias-entradas para o cinema a estudantes brasileiros.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Já está virando rotina: mais um caso de espancamento de estudantes!

Hoje, dia 29 de setembro de 2009, 05 estudantes, lutando contra o corte do fornecimento de água no prédio que ocupam desde de maio de 2009 - em virtude de terem sido excluídos no processo de seleção para a nova moradia instalada no Campus -foram presos e espancados pela polícia estadual do Paraná, um deles necessitando, inclusive, ser hospitalizado. A ordem de corte da água veio do Reitor da UEL que vem progressivamente criminalizando o movimento estudantil e levando a Universidade, continuamente, às páginas policiais locais e nacionais.

Cerca de 30 estudantes que não têm condições de arcar com os altíssimos custos dos aluguéis em Londrina, permanecem ocupando o hotel alugado pela Universidade a fim de atender, emergencialmente, aos estudantes, enquanto era construída a moradia estudantil no Campus. O processo e seleção, entretanto, não garantiu vaga para todos aqueles que habitavam a antiga moradia. Em luta por condições de permanência no ensino superior, os estudantes recusaram-se a sair do hotel, enfrentando, desde então, o autoritarismo e a truculência do Reitor Vilmar Marçal que recusa-se a reconhecer o DCE eleito, e os representantes eleitos pelos estudantes para o CA e o CU.

Veja abaixo a violência impetrada contra estudantes universitários que lutavam para que a água da casa não fose cortada. Destaca-se que existem mães com crianças entre os estudantes.
Amanhã será realizado o corte de luz.

http://portal. rpc.com.br/ jl/online/ conteudo. phtml?tl= 1&id=928983&tit=Confusao- durante-corte- de-agua-na- Casa-do-Estudant e-da-UEL- termina-com- 4-estudantes- detidos