terça-feira, 21 de setembro de 2010

TODOS CONTRA A HIPOCRISIA

Difícil mesmo esse nosso tempo. Quando uma sociedade mergulhada na tragédia da violência urbana – que tem vitimado cerca de 50 mil brasileiros por ano, na sua maioria jovens negros da periferia das grandes cidades – aplaude certos candidatos que se orgulham em esbravejar, em sua auto-condição de heróis da pátria, a redução da idade penal para 14 anos como solução mágica para a questão, é um dos sinais de que de fato vivemos em tempos tenebrosos.

Estamos em uma era da superficialidade instrumental, na qual não queremos, ou não podemos, nos aprofundar em tema algum. Vivemos da e na aparência das questões. Tomar consciência da realidade tem se tornado um exercício perigoso na sociedade brasileira e, por isso, vivemos alienados de tudo o que nos circunda. Presos ao que “parece ser” e não ao que “de fato é”, temos sido ludibriados pelo bom discurso, pela boa imagem, pelas ditas boas intenções, e com isso alimentamos o ciclo vicioso que aprisiona historicamente o Brasil neste lugar do faz de conta.

Não obstante a conquista da Constituição Cidadã, é preciso reconhecer que a concretização plena da democracia é algo ainda por vir entre nós. Cada vez mais, escolhemos os candidatos pela aparência dos programas eleitorais hollywoodianos. Votamos no discurso pré-fabricado com bases em pesquisas qualitativas a fim de dizer o que o povo quer escutar. Elegemos, dessa forma, máscaras criadas para aqueles que brincarão o grande baile de carnaval que virou a política brasileira, lamentavelmente.

Nesse sentido, é indignante ver que uma das questões centrais do atual momento, qual seja a violência, tem encontrado respostas puramente superficiais em muitos candidatos, e o pior, com ampla aceitação popular. São falas fáceis, descompromissadas e sem qualquer fundamentação sócio-histórica ou mesmo jurídica. Defender a redução da maioridade penal, por exemplo, é ficar na superfície do problema e, irresponsavelmente, jogar para a platéia. Achar que a causa da violência no Brasil é o fato da maioridade está fixada em 18 anos, ignorando o quadro dos adolescentes em medidas socioeducativas e do próprio sistema prisional, é atestar o total desconhecimento da complexidade do fenômeno social, fruto de uma leitura equivocada, conservadora e oportunista da realidade.

O estranho é que os mesmos que levantam orgulhosamente a bandeira da redução da maioridade penal e que se colocam, portanto, em claro ataque aos direitos das crianças e dos adolescentes, são os mesmos que, incoerentemente, se apresentam à sociedade como arautos da proteção das crianças e dos adolescentes vítimas de violência sexual. Ora, por que então se opta deliberadamente pela defesa de algumas e não de todas as crianças? A resposta parece repousar mais nos dividendos políticos que certa escolha renderá do que em qualquer compromisso real com a causa infanto-juvenil.

O grande desafio desse momento passa, pois, pela busca da essência das questões e isso significa desmascarar projetos políticos marcados pela incoerência entre aquilo que se diz e aquilo que verdadeiramente é. Adotar posições críticas capazes de ultrapassar o senso comum, que legitima mentiras transformadas em verdades por excelentes estratégias de marketing político, é uma tarefa urgente. O futuro da nossa democracia exige necessariamente a consciência política do nosso povo, a cidadania ativa de nossa gente e o repúdio veemente ao fisiologismo, oportunismo e à hipocrisia política.



Bruno Alves de Souza Toledo (Advogado, Mestre em Política Social pela UFES, Presidente do Conselho Estadual dos Direitos Humanos do Espírito Santo)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Autoritarismo de professor na UFScar!

Caros Estudantes,

Ocorreu na última semana um episódio que condiz com o contexto político atual das Universidades Públicas Brasileiras. Alunos do curso de Engenharia Agronômica da UFSCAr, do campus de Araras ao cursarem uma determinada matéria da grade curricular, não obtiveram nota para a aprovação. Até ai sem muitas novidades, se não fosse o histórico do Professor Adjunto da UFSCAr e das matérias que ministra. Na emenda le-se "O aluno que alcançar média superior a 5,0 (cinco) e inferior a 6,0 (seis) e freqüência igual ou superior a 75%, receberá conceito R e terá direito a avaliação complementar, definido conforme artigo 14 da sistemática de avaliação do Desempenho Discente, da UFSCar" assim, 14 alunos de uma disciplina e outros 12 de outra disciplina,ambas ministradas pelo mesmo Porfessor, realizaram a avaliação complementar. "A avaliação complementar será realizada até o 35º dia do período letivo subseqüente (Artigo 15) e será operacionalizada através da aplicação de uma prova teórica versando sobre todo o conteúdo da Disciplina.". Relato dos discentes confirmam que o docente recusou-se a oferecer parte da matéria, além de elaborar questões específicas de outras matérias em uma das avaliações. A prova foi realizada no dia 8/9 de Setembro de 2010, com a presença confirmada dos 26 alunos. A reprovação foi unânime. E a indignação inevitável. Os alunos incorfomados com o tipo de prova elaborada, e com o autoritarismo do professor, buscaram informações junto a Coordenação do Curso e Chefia de Departamento diante da situação que acontecera também em anos anteriores, mas que nada era feito, devido entre outros motivos pelo suposto poder que o professor possui e conseqüente medo entre os alunos de se prejudicarem em outras matérias ministrada pelo mesmo, foi então elaborada uma carta-assinada pela maioria dos alunos e encaminhada a Universidade. Nessa carta foi sugerido que as avaliações aplicadas fossem analisadas por uma banca pedagógica. E se necessário e assim julgado que os mesmos pudessem realizar novamente uma avaliação justa. Em resposta a indignação dos alunos o caro Professor, ao ser notificado sobre a carta-assinada, afirmou ao Chefe de Departamento que iria entrar com processo judicial contra os alunos que assinaram o documento, por danos morais , alegando que o motivo primordial foi em certas linhas da carta encontrar a seguinte frase: " o Professor usou de má fé ao aplicar uma prova, que todos os alunos fossem reprovados". O mesmo além de notificar essa informação ao Departamento, sugeriu aos alunos assinantes da carta que procurassem um advogado para defende-los na justiça, pois ele ja havia entrado com o processo judicial cuja a indenização a ser paga era uma alta quantia em dinheiro.Esperando que os alunos recuassem.
Realmente, tomar consciência da realidade tem se tornado um exercício perigoso!! Liberdade de expressão? Democracia? Universidade Pública? Contestar?
Senhoras e Senhores, vamos ficar de braços atados vendo os professores ditarem suas regras e reprimindo os alunos até quando? Usando a arma e o poder de notas e avaliações para ameaçar alunos?

domingo, 19 de setembro de 2010

Divulgação: SEMANA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS OCUPA A USP!

SEMANA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS OCUPA A USP!

Organizada por diversos centros acadêmicos da USP, a Semana dos Movimentos
Sociais tem o objetivo de aproximar diversos movimentos com a
universidade e tentar transpor, de alguma maneira, os muros que separam a
academia da sociedade, da periferia e daqueles que lutam por outra
realidade.

Nos cinco dias de programação, haverá pelo menos duas mesas de debate por
dia, além de atividades culturais (flyer em anexo). Os eventos ocorrerão na
Prainha da ECA/USP, sob uma lona preta, à tarde e à noite. Participe!


Programação:

Segunda-feira (20/09)

*18h-20h – DEBATE: Movimentos sociais, universidade e sociedade*
- Sérgio Gomes (Oboré)
- Ilaese (Instituto Latinoamericano de Estudos Socioeconômicos)
- Silvia Adoue (Escola Nacional Florestan Fernandes)


Terça-feira (21)

*14h-16h – DEBATE: Arte e comunicação em luta*
- Coletivo de Audiovisual da Via Campesina
- Wellington Lopes Goes (Núcleo Cultural Força Ativa)
- Representante do movimento de teatro de grupo

*18h-20h – DEBATE: Movimento estudantil pra quê?*
- Representante da comissão organizadora da semana
- Carlos Menegozzo (Virtude)
- Intervenções

*20h – Roda de chorinho com estudantes de música da USP*


Quarta-feira (22)

*14h-16h – DEBATE: Movimento negro e a universidade*
- Movimento Negro Unificado (MNU)
- Núcleo de Consciência Negra da USP
- Círculo Palmarino
- Quilombo Raça e Classe

*16-18h – RODA DE CONVERSA: A luta LGBTT*
- Marcelo Daniliauskas
- Grupo Prisma

*18h-20h - DEBATE: Mulheres em Movimento*
- Coletivo Dandara
- Marcha Mundial das Mulheres
- Movimento Mulheres em Luta


*Quinta-feira (23)


*14h-16h – DEBATE: A Luta no Asfalto*
- MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto)
- Terra Livre (Jardim Pantanal)
- Movimento Passe Livre (MPL)

*18h-20h: DEBATE: A Luta no Campo*
- MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)
- MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens)
- Ariovaldo Umbelino de Oliveira (Geografia da USP)

*20h-22h: SARAU DE POESIA*
- Cooperifa
- Gaspar (Z'Africa Brasil)
+ Outros convidados

*22h: FESTA: Quinta & Breja de luta*
- Dub
- Rap
- Unidos da Lona Preta (bloco de samba do MST) - *a confirmar*


Sexta-feira (24)

*14h-16h: DEBATE: Lutar é crime? A criminalização dos movimentos sociais*
- MST
- MTL (Movimento Terra, Trabalho e Liberdade)
- Coletivo Intervozes
- Movimento Nacional da População de Rua (MNPR)

*18h-20h: DEBATE: Organização e luta sindical*
- CSP Conlutas
- Intersindical
- Edu Amaral (Oposição Alternativa da Apeoesp)
- Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP)

domingo, 12 de setembro de 2010

Eleição nova chapa DACEL

Olá, unespianos.
Na sexta passada a comissão eleitoral passou em algumas salas para realizar a eleição da nova chapa do DACEL.
Apenas uma chapa se inscreveu. A chapa denomina-se Chapa Erva Daninha.
Alguns posts abaixo tem a apresentação da chapa, os integrantes e a Carta Proposta.

Como há apenas uma chapa, o voto é para ACEITAR, NEGAR ou votar em branco pela única chapa pleiteante.

É válido ressaltar a importância de uma chapa atuante do Diretório da FC. O Diretório Acadêmico representa os estudantes na Congregação, por exemplo, e tem a função de informar os estudantes sobre o que tem se passado nas diversas instâncias da faculdade.

O Diretório também articula a mobilização pelos diversos interesses dos 9 cursos da FC. Alguns até sem representação de Centro Acadêmico.

Por isso, a Comissão Eleitoral passará ainda amanhã e terça-feira nas salas para fazer a eleição. Cada estudante receberá uma cédula eleitoral e deve assinar a lista de presença. Precisamos do voto de no mínimo 2/3 dos alunos da FC. É muita gente!

Contamos com a responsabilidade e participação de todos!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Mães e Avós da Praça de Maio participam de debate na PUC-SP

Mães e Avós da Praça de Maio participam de debate na PUC-SP


Dia 23 de setembro, às 19h30, no auditório 333, será realizado o evento

“Memória e Verdade: o direito à denúncia do terrorismo de Estado no espaço público”.

As representantes das Abuelas e das Madres de Plaza de Mayo, de Buenos Aires, Argentina, integrantes do Conselho de Gestão do Parque da Memória e Monumento às Vítimas do Terrorismo do Estado, estarão na PUC-SP para falar de suas lutas pelo direito à denúncia do terrorismo de Estado, perpetrado pelas ditaduras na América Latina, particularmente na Argentina.

Será tratada a preservação desta memória destacando a experiência na ocupação de espaços públicos, onde monumentos cumprem a função de rememorar o quanto tais barbáries ceifaram vidas. Alguns familiares de vítimas da ditadura brasileira vão expor a atual conjuntura das lutas pelo direito à memória, à verdade e à justiça, bem como o quanto a ausência de uma justiça de transição tem influído na ação cotidiana do Estado, especialmente no que diz respeito à violação dos direitos humanos das populações pobres e periféricas.

Convidamos a todos para participarem desta iniciativa, divulgando o evento e comparecendo ao debate que será aberto após a exposição inicial das integrantes da mesa.


Abertura do evento: Vídeo do Parque da Memória.
Mesa: Memória e Verdade: o direito à denúncia do terrorismo de Estado no espaço público.

- Integrantes do Conselho de Gestão do Parque da Memória e Monumento às vitimas do

Terrorismo de Estado.

* Estela Carlotto - presidente de Abuelas de Plaza de Mayo.
* Lita Boitano - presidente de Familiares de Desaparecidos y Detenidos por Razones Políticas.
* Carmen Lapaco - Madres de Plaza de Mayo – Línea Fundadora.
* Vera Jarach - Madres de Plaza de Mayo – Línea Fundadora.


- Pelas comissões em luta pelo reconhecimento do terrorismo de Estado pela ditadura no Brasil.

* Angela Mendes de Almeida – do Observatório das Violências Policiais–SP.
* Laura Petit – da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos.


Data: 23 de setembro – 19h30.
Local: Auditório 333 - Prédio Novo - PUC-SP - Rua Monte Alegre, 984, Perdizes.
Fone: 36708511. E-mail: histpos@pucsp.br

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ARGENTINOS OCUPAM ESCOLAS EM PROTESTO CONTRA MÁ CONDIÇÃO DA REDE PÚBLICA

GUSTAVO HENNEMANN
DE BUENOS AIRES

As salas têm goteiras, são frias demais, o teto está se desmanchando e, na hora do aperto, é preciso usar o "pipi-room" improvisado no pátio.
Essas são algumas das dificuldades relatadas por alunos da rede pública de Buenos Aires, que há três semanas resolveram ocupar 28 escolas e reivindicar melhorias.
Segundo eles, a prefeitura destina cada vez menos dinheiro para reformar as escolas públicas e financia cada vez mais as escolas privadas.
A estratégia dos alunos foi acampar nas salas de aula. Estenderam faixas com críticas ao prefeito, Mauricio Macri, e suspenderam as aulas.
"O governo faz da educação um negócio. Incentiva os colégios privados para obrigar os pais a desistirem da rede pública", diz Federico, 17.
Ele e outros 80 colegas ocuparam o colégio Juan Bautista Alberdi, em Belgrano, e montaram comitês de alimentação, limpeza, segurança e comunicação para organizar a convivência.
A comida e o material de divulgação foram financiados por doações de estudantes, pais e professores.
"Não estamos aqui à toa, tocando violão. Organizamos palestras e exibimos filmes", diz Sofia, 16.
Na semana passada, enquanto cinco colégios ainda estavam ocupados, a prefeitura anunciou um plano de reforma das escolas.
O prefeito disse que herdou uma situação "catastrófica" e que os alunos estão sendo influenciados por partidos da esquerda.
"Não é preciso ler [Karl] Marx ou [Leon] Tróstky para ver que alguém está ficando com o dinheiro e o teto [das escolas] está caindo na nossa cabeça", diz Ignacio, 18.
O QUE QUEREM OS ALUNOS ARGENTINOS:

maior orçamento para a rede pública de educação
menos subsídios para as escolas privadas
liberdade para organizar centros estudantis
reparos na rede elétrica e em goteiras das escolas
adaptação das escolas para alunos com deficiências físicas
calefação nas salas de aula
eliminação de banheiros químicos
maior segurança no entorno dos colégios
finalização de obras que interditam parcialmente as escolas


Alguma semelhança com as reivindicações aqui na Unesp?

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Não à Repressão - ATO sexta-feira

NÃO À REPRESSÃO

Os últimos acontecimentos mostraram aos estudantes e à comunidade acadêmica em geral que a repressão na Universidade não é algo abstrato. Ao contrário do que se imagina, ela é algo que está cada vez mais presente. Seja na “simples” proibição de colagem de cartazes, a entrada da polícia no campus e o último dos acontecimentos: o processo administrativo para três alunos responsabilizados por um ato pacífico e que teve a presença de aproximadamente 200 pessoas. Segundo as palavras do presidente do GAC (Grupo Administrativo do Campus), Roberto Deganutti, os responsabilizados são “velhos conhecidos”, uma vez que ambos os alunos são representantes discentes na Congregação da FC.

O que pretendemos deixar claro a todos é que, além da repressão, a perseguição política existe e acontece. Além, é claro, da arbitrariedade com que as coisas caminham nessa Universidade. Um dos alunos acusados foi responsabilizado por algo que ele nem ao menos participou!

Por todos esses fatos e tantos outros, como a completa falta de interesse em obras importantes, como a Moradia e o Restaurante Universitário, é que convidamos a todos para participarem do ato que será realizado SEXTA-FEIRA, DIA 3 DE SETEMBRO, ÀS 8H, com concentração em frente à Biblioteca.

Não podemos nos calar! Não à repressão!



Movimento Estudantil – Unesp Bauru

Chapa Erva Daninha

Alunos,

Nós da chapa Erva Daninha viemos por meio desta nos apresentar como candidatos às eleições do Diretório Acadêmico Cesar Lattes (DACEL). Nossas propostas se pautam na defesa do ensino público gratuito, laico, presencial e de qualidade, visando fortalecer o combate às tendências de terceirização da Unesp.

Algumas das propostas são:

* Representações discentes: indicação de representantes em todas as instâncias de nossa alçada, seja Congregação, Comissões de Ensino, Pesquisa e Extensão, Conselhos de Departamento ou de Curso;

* Reestruturação dos Centros Acadêmicos (entidades que representam os cursos), incluindo criação de CA's para os cursos que não os têm ainda;

* Semana Tripé: evento visando discutir os problemas da Unesp em todos os seus pilares (Ensino, Pesquisa e Extensão), com debates envolvendo as três categorias (alunos, funcionários e professores);

* PICU (Projeto de Integração dos Calouros da Unesp): Semana que visa recepcionar e integrar os novos alunos com eventos recreativos, culturais, artísticos e políticos;

A chapa é:

Coordenador Geral - Celso (3º SI)
Segundo Coordenador Geral - Fillipe (2º SI)
Coordenador de Secretaria e Documentação - Laís (4º Psicologia)
Coordenador de Finanças - Marília (3º Psicologia)
Coordenador de Eventos - Camila (4º Psicologia)
Coordenador de Política Externa - Deborah (1º Biologia)
Coordenador de Política Interna - André (4º Psicologia)
Segundo Coordenador de Política Interna - Pedro (2º Educação Física)
Coordenador de Assuntos de Assistência Estudantil - Isabelle (4º Psicologia)

Sem mais,

Chapa Erva Daninha
Setembro/2010

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Eleições do Diretório Acadêmico César Lattes - DACEL

Está aberto o processo eleitoral do Diretório Acadêmico da FC - Bauru, o DACEL. Até quinta-feira dia 02/09/10 está aberto o período de inscrições de chapa. Para uma chapa se inscrever para pleitear a nova gestão é preciso que a chapa possua nove pessoas que ocupem as funções de Coordenador(a) Geral, Vice-coordenador(a) Geral, Coordenador(a) de Relações Internas, Vice-coordenador(a) de Relações Internas, Coordenador(a) de Relações Externas, Coordenador(a) de Finanças, Coordenador(a) de Secretariado, Coordenador(a) de Permanência Estudantil e Coordenador de Eventos. O horários de inscrição são terça e quinta-feira das 17:30 até as 19:00h e quarta-feira das 17:30 até as 21:00.
A partir do momento da inscrição a chapa já pode divulgar as suas propostas de gestão.
O período de eleição vai de 08/09/10 (quarta-feira) até 14/09/10 (terça-feira). Ocorrerá através de urnas móveis, que circularam pelas salas de aula da FC, e por urna fixa, que permanecerá em frente a biblioteca.
Nós da Comissão Eleitoral convidamos todos os alunos da FC para que votem nas eleições do Diretório e façam valer a sua representatividade e seus direitos enquanto estudantes.
Atenciosamente, Comissão Eleitoral do DACEL

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Contra repressão em Bauru! Chamado para o Ato!

O Movimento Estudantil de Bauru luta há muito tempo contra a repressão dentro dos muros deste campus. E mesmo fora desses muros os atos de repressão ocorrem e são totalmente repudiados por quem está na luta aqui dentro. Há anos o Movimento busca derrubar a Portaria do GAC que proibe a permanência de qualquer pessoa após as 00:00h dentro das dependências do campus, e que é uma forma intensa de repressão a qualquer movimento político, artístico, cultural, acadêmico, seja evento estudantil ou simplesmente alojar pessoas no campus para eventos que necessitem do pernoite, prática comum em outras UNESPs.

Sendo assim no dia 23.06.2010 chamamos os estudantes para se manifestarem através de um evento intitulado "Ato-festa", com música e venda de espetinhos, e nesse "Ato-festa" defender a liberdade de expressão e repudiar a insistente repressão presente na UNESP. Na ocasião também estava acontecendo a greve dos funcionários das três universidades estaduais paulistas e o campus de Bauru foi um exemplo de mobilização e união em torno da pauta da qualidade de ensino e da ISONOMIA. Esse "Ato-festa" foi realizado também para apoiar, na prática, a mobilização da greve. Além de reivindicar agilidade nos processos de construção da Moradia Estudantil e Restaurante Universitário, que estão sendo mal-conduzidos pela Administração do campus e pela Reitoria, através de desculpas técnicas e responsabilização de outros órgãos, como CETESB e APLO.

Sabendo disse, o Grupo Administrativo do Campus (GAC) de Bauru, composto pelos três diretores das faculdades da UNESP-Bauru - a Faculdade de Ciências (FC), a Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) e a Faculdade de Engenharia (FEB) - chamou a polícia para que ela impossibilitasse o evento de ocorrer. Por volta das 22:00h da noite do referido dia, quatro viaturas da PM, incluindo dois camburões e escoltadas pelo senhor José Munhoz diretor, da Divisão Técnica Administrativa (DTAd) do GAC, entram no campus e se dirigem a concentração de estudantes no Bosque, local do campus onde seria realizada o "Ato-festa". Num ato extremo de manobra política repressiva e sem haver nenhuma ocorrência, a PM é chamada para minar a mobilização que se iniciava. Mas foi inútil! Os estudantes ali presentes, algo em torno de 100 estudantes, estavam conscientes dos seus diretos e juntos não permitiram que tal atitude subjugasse o Ato e assim decorreu, com duas plenárias com caráter de informação e debate sobre a Repressão na UNESP.

O "Ato-festa" foi político, informativo, consciente, pacífico, sem depredações nem ocorrências que justificassem a perda de tempo da PM que permaneceu no Bosque por aproximadamente duas horas sem fazer nada, com um camburão e um tenente presentes. Permitiu a muitos ali ver de perto o pensamento da UNESP sobre os estudantes, o que agora fica ainda mais claro. A repressão prossegue agora com a abertura de um PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR sobre os estudantes Diego Augusto dos Santos e Carmen Hannud Carballeda Adsuara, ambos do curso de Psicologia de Bauru e membros da Congregação da FC. Além deles também há o estudantes de pós-graduação Pedro Henrique Petri Xavier. Todos foram intimados a depor numa Comissão de Apuração, que tem a função de apurar se houve algo irregular no evento em questão. Mas vejam que lógica: O Senhor José Munhoz se incluiu na primeira plenária do Ato para tenter coagir os estudantes presentes a não realizar a mobilização e foi respondido com falas de repudio a sua postura autoritária perante o Ato. Mas, coincidentemente, só os nomes de dois que se manifestaram foram parar na apuração e justamente os dois que fazem parte da Congregação da FC. É muito simples ver que "escolheram" os nomes mais evidentes e os colocaram como se fossem réus e responsáveis por algo que um coletivo inteiro promoveu. Tenta-se usar de artifícios burocráticos para atacar e repreender o direito de transformar o espaço da universidade no que ele deve ser, vivo e efervecente, democrático, de idéias, ações, manifestações, etc.

Quarta-feira passada houve a notificação dos "indiciados" e sexta-feira próxima, dia 27/08, as 14:00h, no Departamento de Artes e Reprodução Gráfica da FAAC será a primeira reunião da comissão para ouvir os intimados. Nesta data o Movimento Estudantil chama um ato unificado contra a repressão e contra a perseguição política, pois está claro que é isso que está ocorrendo, uma "caça as bruxas" dentro da Universidade Pública! Isso fica ainda mais nítido quando se vê a composição da Comissão de apuração:
Prof. Dr. Luiz Antônio Vasques Hellmeister - docente do mesmo departamento do diretor da FAAC e presidente do GAC, Prof. Dr. Roberto Deganutti, além da secretária da comissão que é secretária do referido departamento;
Na comissão estão também a Profª. Drª. Vanilda Miziara Mello Chueiri - do Dpto. de Matemática e Prof. Dr. Luiz Gonzaga Campos Porto - da FEB. Ambos notórios reacionários da UNESP de Bauru.

E o presidente desta comissão é o Dr. Luiz Fernando Barcelos, enviado especial da reitoria, participante de várias perseguições políticas pela UNESP através de sua assessoria jurídica.
Esse é o quadro imposto à mobilização política de Bauru, reflexo da política adotada pela reitoria desta universidade. Agora é preciso do apoio da categoria dos estudantes do campus de Bauru através do ato sexta-feira, para que não se permita um retrocesso como esse. É preciso união entre estudantes e funcionários para acabar com essas atitudes autoritárias. Agora é momento de unir forças e dizer NÃO À REPRESSÃO!!!
Se não lutarmos contra a punição arbitrária de alguns, mais e mais perderemos espaço dentro da Universidade, a portaria continuará a existir e a nos impedir de trazer eventos para a Unesp-Bauru, sejam eles culturais, acadêmicos, estudantis ou políticos!

Sexta-feira, 27.08.10!
Às 14hs.
Concentração em frente à biblioteca!