segunda-feira, 6 de abril de 2009

Caso de racismo na Unesp Bauru!!!

Jornal Bom-Dia Bauru
Sexta-feira, 03 de abril de 2009 03:11

Unesp apura denúncia de racismo em sala de aula. A suposta discriminação teria ocorrido durante uma aula, quando um estudante angolano chegou alguns minutos atrasado.


Reynaldo Turollo Jr.
A diretoria da FEB (Faculdade de Engenharia de Bauru) da Unesp está abrindo um processo interno para investigar uma denúncia de racismo em sala de aula feita por estudantes (vítima e testemunhas) de turma do 2º ano de engenharia mecânica.

A suposta discriminação teria ocorrido durante uma aula de Tecnologia e Usinagem, na quarta-feira, 25 de março, quando um estudante angolano, em intercâmbio no Brasil há 4 anos, chegou alguns minutos atrasado.

O rapaz – que quis ter o nome protegido e evita comentar o assunto antes de a direção da faculdade tomar providências –, foi impedido de entrar na sala pelo professor Eduardo Carlos Bianchi.

Além de bater a porta deixando o aluno para fora, o docente teria insinuado que ele deveria voltar para seu país e o chamado de “negão”, de acordo com relatos de testemunhas que não querem aparecer.

O acontecimento é o assunto da semana no campus em todos os círculos e, apesar do tom geral de reprovação, divide opiniões entre a comunidade unespiana.

“A única coisa que espero é que a direção não tente abafar o caso”, limitou-se a dizer a vítima, que não quis repetir as palavras que teriam sido empregadas por Eduardo.

Assim que foi posto para fora, o estudante se dirigiu ao departamento de engenharia mecânica e protocolou um documento com a denúncia, o que deu início à apuração.

‘Atritos assim são normais’, diz diretor
O BOM DIA procurou o professor Eduardo, mas foi informado pela diretoria da FEB que o docente estava fora da cidade ministrando uma palestra. Seus contatos pessoais não foram fornecidos.

O diretor da unidade, Alcides Padilha, disse que não pode se pronunciar a respeito da denúncia dos estudantes uma vez que ainda não ouviu as partes envolvidas. Por outro lado, Alcides disse não acreditar que tenha se tratado de um caso de racismo.

“Eu não interpreto isso como racismo. Estou há oito anos como vice-diretor e diretor e digo que é normal ter atrito entre aluno e professor.”

Ainda assim, a diretoria vai designar uma comissão composta por três professores de fora do campus – todos doutores – para apurar o caso.

“Essa comissão pode levar a três saídas”, explica. “Pode ser aberto um processo administrativo contra o professor, ou um processo administrativo contra o aluno ou o arquivamento.” Alcides enfatiza que, “em 32 anos de Unesp, nunca vi um processo administrativo desses ser aberto.”

Questionado, Alcides nega que pode haver corporativismo no julgamento. Processos internos podem levar à expulsão ou suspensão.

Entre estudantes de engenharia, parte afirma ter havido racismo nas palavras do professor e, outra parte, diz que a história “cresceu demais”.

“Acho que foi problema de expressão, um desentendimento”, diz o diretor da FEB. “Apesar dos angolanos falarem português, o vocabulário deles é diferente do nosso.”

Há alguns anos a Unesp faz vestibulares em Angola.


Punição administrativa é o mínimo para esse professor!

2 comentários:

Anônimo disse...

“Eu não interpreto isso como racismo. Estou há oito anos como vice-diretor e diretor e digo que é normal ter atrito entre aluno e professor.”

o Padilha é mesmo um cara engraçado...adorei a piada.. devia ir pro Show do Tom..

Anônimo disse...

Desde quando falar, "...esse negão devia pegar o navio de volta pra casa..." é um desentendimento!
Fora Bianchi!