quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Resoluções do último CEUF - Congresso dos Estudantes da Unesp Fatec

Após o CEUF do último final de semana, 17, 18 e 19.09, em Marília.

Sobre o XIX Congresso dos Estudantes da UNESP e da FATEC – CEUF: Avanços e Possibilidades

Foi estremamente produtivo este CEUF! Tudo que não podia mais esperar foi debatido, votado e aprovado. Muito qualitativo, este CEUF certamente marcará a história da UNESP e do Movimento Estudantil - ME – do Brasil. Uma nova frente de luta e mobilização se forma através da real integração entre os campi da própria UNESP a das outras universidades/faculdades de São Paulo, sejam públicas ou particulares.

Neste CEUF ficou claro como os campi, apesar de diferentes, são tão semelhantes em suas demandas e potencialidades. Bauru, Botucatu, São Vicente, Ourinhos, Rosana, Marília, São José do Rio Preto, Rio Claro, Franca, Presidente Prudente, Araraquara, todas cidades presentes e todas sofrendo com precariedade de cursos, falta de professores, ausência de políticas de permanência estudantil, autoritarismo dentro das salas de aula e por parte das diretorias, forte repressão e falta de liberdade dentro da universidade. Vejam or exemplo que tanto São Vicente, uma Unidade Diferencial - UD - quanto Bauru, que possuí a maior quantidade de alunos dentre todos os campi, ambos não tem moradia estudantil, nem restaurante universitário - RU.

Construir a pauta de reivindicações não foi difícil. Simplesmente elucidamos a política perversa da REItoria e nos colocamos contra toda esta situação.

Decidiu-se por um novo modelo para a estrutura executiva do Diretório Central dos Estudantes “Helenira Resende” da UNESP e da FATEC - DCE. Antes o modelo era um Conselho de Delegados de Base - CDB - eleitos por assembléias por faculdade/instituto ou campus e esses delegados possuíam caráter revogável, ou seja, deviam prestar contas aos estudantes que o elegeram e, se não estivesse representando realmente sua própria base, poderia ser destituído em assembléia. Este modelo não cumpriu com seu papel de reconstruir o ME da UNESP e FATEC, e por isso foi substituído pelo modelo de DCE – Misto.

O modelo de DCE – Misto é estruturado por uma chapa que terá no mínimo 15 (quinze) alunos e não haverá máximo de alunos por chapa. O número de alunos que comporão a gestão executiva, por chapa, do DCE é proporcional ao número de votos na eleição, quem obtiver mais votos terá direito a um maior número de membros na gestão e quem obtiver menos votos terá direito a um menor número de membros na gestão. Além disso também comporão o DCE os delegados de base que terão o mesmo caráter de antes, mas também, junto com a chapa eleita, serão membros executivos do DCE. Cada membro da chapa e cada delegado possuí o mesmo peso de voto nas reuniões encaminhativas do DCE. Essa proposta de DCE foi aprovada no intuito de reconstruir o ME da UNESP e FATEC através de um unidade de pauta, uma unidade de luta e de uma descentralização. A chapa promoverá a unidade e os delegados a descentralização.

Também foi aprovado construir a nova entidade nacional dos estudantes a Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre, a ANEL. A UNESP já vem cumprindo, através de algumas entidades, o papel de organizar as lutas estaduais e nacionais, mas agora está afetivamente construindo a ANEL contra o aparelhamento da entidade e contra a burocracia da União Nacional dos Estudantes, a UNE.

Todas essas decisões são importantes, mas inúteis sem uma luta pelas demandas dos estudantes e contra os ataques políticos que sofremos. Sem uma mobilização real e ampla não há como garantirmos nossos direitos, que estão sendo fortemente e constantemente atacados pelos governos, seja paulista ou federal. Essas iniciativas pontuadas anteriormente são frutos de mobilizações dos campi da UNESP, as quais foram debatidas neste CEUF com muita clareza e sentimento de luta. Todos os campi presentes, inclusive o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP – IFCH – e os alunos da Fundação Santo André - uma universidade particular da capital – todos listaram praticamente os mesmos problemas de privatização e depredação das universidades por parte de suas REItorias, principalmente a UNESP. Não só listaram como reivindicaram o direito de se mobilizar e lutar, até campi como Botucatu e Rio Preto, campi estremamente conservadores e tão tradicionais.

Que todos os Alunos da UNESP e da FATEC participem das mobilizações, lutando e reivindicando!

Dia 30/09, ato na USP contra a repressão de estudantes e trabalhadores. Todos os campi da UNESP e FATEC estão convidados a ir à USP, ou construir o ato em seu próprio campus;

Dia 15/10, ato na REItoria da UNESP para cobrar abertura de negociação da nossa pauta de reivindicações tirada do CEUF e nas entidades de base;

Dia 16/10, reunião da ANEL;

Dia 17, reunião do Conselho de Entidades Estudantis da UNESP e FATEC para encaminhar as deliberações do CEUF.

Vamos às lutas e às mobilizações!

Construir uma unidade lutadora no ME estadual!

Derrubar os ataques contra a qualidade de ensino e as universidades!

Por transformações sociais concretas!

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