segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Os Grupos de Discussão(GDs) de quarta estão de volta!

Olá, unespianos!

Estamos retomando os Grupos de Discussão de quarta-feira!
Como proposto no semestre passado, vamos realizar os GDs de forma temática.
Para essa quarta-feira(02.09.09), o tema será: "Financiamento da Universidade Pública - Se é pública então é de graça?"

Discutiremos sobre como se dá o financiamento da Universidade, principalmente a nossa, a Universidade Estadual Paulista - Unesp.

Para a semana seguinte, propomos que os participantes desse primeiro GD escolham a temática que lhes for pertinente, que tenham dúvidas etc.
Contamos com a presença de todos!

O Grupo de Discussão acontece sempre às 17:30, quarta-feira, em frente à biblioteca.
Até lá!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Notícias de Araraquara: Mais um ataque aos estudantes!

Olá, unespianos bauruenses.

Encaminho um e-mail enviado pelo pessoal da Unesp Araraquara sobre o que anda acontecendo por lá, novos ataques aos estudantes. Segue abaixo:

Nós, estudantes da UNESP Araraquara, mais uma vez somos vítimas do autoritarismo da direção do campus

No último dia 17 o RU amanheceu com o seguinte aviso: "Foram suspensas a partir de 17/08/09 as bolsas alimentação autorizadas pela direção. Os bolsistas que sentirem necessidade poderão solicitar o benefício via NAE"
O processo seletivo para todas as bolsas de permanência estudantil é aberto logo que inicia o ano letivo e, teoricamente, deve ser concluído até – no máximo – o mês de abril. A cada ano que passa, entretanto, ele é mais lento.
Nesse ano o processo da bolsa alimentação – que pra muitos estudantes é a única forma de assegurar suas refeições diárias – não havia sido concluído até a volta das férias do meio do ano.
Esse é só mais um exemplo do descaso da direção com os alunos que necessitam da permanência estudantil.

O que é permanência estudantil?

A permanência estudantil é a garantia que os filhos da classe trabalhadora e do povo pobre têm de manutenção de suas necessidades básicas durante a graduação. Todos os que entram na universidade pública passaram por um filtro social chamado vestibular, filtro esse que é a maneira de manter a classe menos abastada fora do espaço universitário. Ainda assim, mesmo depois de se submeterem a tal seleção, continuam a serem privados dos seus direitos mais mínimos, numa rotina de constantes privações.

Alguns dos ataques arbitrários de uma diretoria autoritária contra os estudantes:

• 2006 – votado em Congregação o fim da Moradia Estudantil;
• 2007 – votado em Congregação a invasão da tropa de choque no campus para prisão dos estudantes em ocupação e greve;
• 2008 – corte de metade do número de auxílios alimentação e suspensão de três estudantes por perseguição política;
• 2009:
o Janeiro – descaso com os estudantes da Moradia no período de reforma dos blocos (que inclusive continua), onde os mesmos tiveram que se acomodar sendo cerca de 100 estudantes em duas casas, nas quais caberiam não mais que 64;
o Março – tentativa de expulsão e depois de suspensão de estudantes que perderam o prazo da rematrícula;
o Agosto – suspensão das bolsas alimentação.

Uma universidade de qualidade – e que dá aos estudantes o direito à permanência plena para que possam estudar – só será alcançada com a mobilização estudantil.
Por isso nós, do grupo de mulheres Pão e Rosas, nos colocamos na luta. E convidamos todos os estudantes a se unirem e reivindicarem uma universidade verdadeiramente democrática, pública e aberta aos trabalhadores e seus filhos!

Ane, Aline, Elenir e Laís, estudantes da UNESP Araraquara e
militantes do Pão e Rosas.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Quinta no Bosque!


Quinta no Bosque, org. CACOFF

Quinta-feira no Bosque! Atividade organizada pelo CACOFF, Centro Acadêmico de Comunicação Florestan Fernandes, o C.A. responsável pelo curso de Comunicação Social e sua diversas habilitações (Jornal, RTV e RP), para mais informações acesse o blog deles: http://cacoffunesp.blogspot.com/2009/08/blog-post.html

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Volta às aulas, finalmente!

Olá, unespianos.
Vou copiar aqui o post feito pelo Kpta no blog do Capsi sobre a Congregação realizada no campus de Bauru, na qual ocorreram uma série de inaugurações de obras.

Segue o post.

Congregação ou festa?

Terça-feira, dia 4 de agosto.
Seria o segundo dia de aula do semestre, mas não era. O Estado, Reitoria e Diretoria nos recomendaram ficar em casa, é mais seguro, tem uma doença fatal por aí...
Ok, vamos ao ponto... as reuniões (ordinárias) de Congregação tem por regimento enviar a pauta da reunião até 48h antes, mas no dia 30 de julho (quinta-feira) recebo por e-mail a convocação para uma reunião extraordinária da Congregação, que havia sido solicitada por nosso magnifíco reitor... ok, se a reunião seria na terça teria que receber a pauta na sexta, mas não imaginei que isso fosse acontecer, solicitei então por e-mail o recebimento da pauta, mas como resposta da Secretaria tive que ler a que a pauta não tinha pauta, pois a mesma tinha sido solicitado pelo reitor.

Ahh então, o reitor pode convocar um corpo de quase 40 colegiados sem alegar motivo?

A congregação da FC tem uma lista de e-mails internos, enviei, então, um e-mail solicitando os motivos e pauta da reunião, deixando claro o fato de ser conveniente convocar uma reunião sem pauta em um período que a toda a burocracia havia mandado os alunos pra casa e que somos desconfiados com essa categoria (por motivos óbvios, tipo 20 anos ouvindo que o R.U. e Moradia vão sair...) e gostaríamos de ser esclarecidos do motivo da reunião, encaminhei e pedi que, também a direção, enviassem o questionamento para o Reitor e seu gabinete...

As respostas foram exatamente aquilo que pensam, vazias e tirando o corpo fora...

Pois bem, vamos à reunião.

Uma bela manhã ensolarada de terça, e o cheiro de naftalina no ar, afinal, nunca tinha visto tantos colegiados de terno, é... Era dia de festa, e de reitor, tem que sair bonito na foto...
A reunião estava marcada pras 9h e as inaugurações para as 10h30, então a reunião teria que ser ágil, e foi, principalmente pq o diretor e o reitor apareceram na frente da sala 1 às 9h30, para começar exatamente às 9 horas e 35 minutos.

II Reunião Extraordinária de 2009 da Douta Congregação da Faculdade de Ciências. Com esse título pomposo o diretor deu início a reunião, agradeceu a presença de todos, do reitor e passou-lhe a palavra.

Bom, sua palavra durou uns 40 minutos, tempo suficiente para não permitir muita discussão depois. Somente o Milton, representante da Andes conseguiu fazer umas provocações rapidamente respondidas pelo reitor que passou a palavra novamente para o Henrique encerrar a reunião. Nosso diretor disse que era muito ruim não ter mais chance para discussão, mas o tempo não era mais hábil e que fariam um intervalo de 15 minutos para iniciar as cerimônias...

Quanto ao cerimonial, é tudo aquilo que você pode esperar, Blablablás e Obrigados. Justos, mas cadê nossas obras? Ah é, não temos obras.
Para encerrar a cerimônia, o Prof Henrique entregou uma placa agradecendo os esforços da reitoria, a placa era endereçada ao Prof Macari, reitor da gestão anterior, cujo vice é o atual, Hermann. Ele recebeu a placa e declarações quase românticas "Hermann a primeira vez que te vi, foi lá na praça de esportes... não tinha nada lá, você era da Aplo e disse que aquilo não podia ficar assim... é sempre tive uma boa imagem de você"

Então ao fim do cerimonial teve início uma procissão que inagurou diversos prédios, laboratórios, departamentos e etc, onde os responsáveis junto com o diretores e reitor sorriam para fotos...
Aqui se faz necessário parabenizar a administração. As construções são todas de alto nível e estão muito boas, espero algum dia ver isso na moradia e no r.u.

Situações cômicas aqui, gafes aqui, mas nada demais. Os alunos do m.e. ficavam cutucando o reitor perguntando da moradia e r.u. que rapidamente respondia que não conversava sobre isso, pois já está tudo certo!

é, foi um longo dia, das 9h30 até 14h30... no período da tarde, o reitor se reuniu com coordenadores de curso para ouvir as demandas da unidade, tal reunião foi até umas 21h.

Bom, agora relatarei a fala do reitor durante a congregação. Farei por tópicos, de acordo com minhas anotações... vamos lá:

* Iniciou se "desculpando" pela falta de avisar a pauta, dizendo que firmou o compromisso de passar em todos os campi no primeiro semestre para ouvir os problemas e necessidades, por conta do calendário grevista e reuniões Cruesp e F6 atrasou um pouco e retornou a agenda;
* Tais encontros são para análise do que já aconteceu e repensar a continuidade da gestão;
* Reafirma o caráter de racionalismo empresarial para a universidade. mostrando que o mais importante é o equilibrio orçamentario financeiro. Orçamentário=Recurso Legal, lei que libera $, Financeiro=Tesouro, ter $. Não adianta ter $ sem lei que libere e não adianta a lei liberar e nao ter $ pra gastar. (por lei leia-se LDO-Lei de Diretrizes Orçamentarias votada todo fim de ano na Alesp-Assembleia Legislativa do Estado de Sao Paulo).
* Afirmou que autonomia universitária é ter gestão financeira, que a unesp atualmente tem reserva. Tanto que teve que usá-la em Jan, Mar e Abr pela crise, pois foi gasto mais que arrecadado (icms), tinha espaço pela LDO pra gastar, mas não tinha $, então usou reserva.
* Estado pediu pra 3 pública fazer nova proposta orçamentária de acordo com o "arrocho crise"
* Afirmou que apesar de possíveis cortes, não freará a contratação de docentes em RDIDP que é sua prioridade. unesp atualmente tem quase 1600 substitutos, quase 1 terço do quadro. e quer acabar com isso, esse ano 2009 serão ao total 400 contratações.
* pela sua fala ficou clara que a contratação passa pelo crivo do governador, algo mais ou menos assim. Departamento->CEPE->Reitoria->Secretaria de Ensino Superior->Diversas secretarias do estado (fazenda, educacao, blablabla)->Procuradoria Geral do Estado convence governador da necessidade, dai Governador aprova ou não. Aprovando vai para a ALESP que tem que por o assunto na ordem do dia e votar o "Cargos, Funções e Quadros da Unesp" em tempo de entrar no orçamento da LDO da Educação. Pq se não faz isso e abre edital, o mesmo pode ser impugnado. Ufa...
* 2009 - 77% do orçamento em folha de pagamento
* 2010 - previsão de 85% do orçamento em folha
* diz ter em reserva 5 folhas.
* para 2010 novos 150 professores titulares, atualmente a unesp tem 272. acha que tem que ter em torno de 15% de titulares, o que seria uns 400.
* Discussão sobre plano de carreira docente, diz que nao vai discutir dos servidores pq já está sendo feita no cepe.
* diz que o efetivo da unesp está se aposentando e que em 10 anos será todo novo, com quase 1.000 contratacoes (trocando 1 terço de todos docentes)
* no fim da reuniao entregou 723 mil reais para construcao do Casca IV.

Bom, deu pra perceber que sua administração é burocratica, tecnocrata e de racionalidade empresarial, nao discute, conversa. Simplesmente apresenta. nao cita alunos e servidores ao longo da fala.

Então o Prof Milton é o unico a conseguir perguntar e fala sobre 3 topicos: plano de carreira, pedindo q seja aberta a discussao e nao em colegiados, contratacoes e orcamento.
Herman responde, mas eram assuntos muito tecnicos que nao tenho condições de relatar aqui.

Bom acho que é isso, abraço pessoal e até a volta!

sábado, 15 de agosto de 2009

Congregação ou festa?

Para mais detalhes sobre a tal Congregação, leiam o post abaixo!
http://capsibauru.blogspot.com/2009/08/congregacao-ou-festa.html

Aproveitem o embalo e assinem ou guardem em seus favoritos! é o novo Blog do CAPSI!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Enquanto isso, quando você fica em casa por conta da gripe suína, na Unesp Bauru... inauguração de prédios!

Olá, unespianos.
Como todos ainda estamos em férias, por conta do adiamento do reinicio das aulas dada a "gripe suína", alguns acontecimentos se dão em Bauru.
Amanhã, 04/08, o Magnífico reitor Herman estará no campus.
Foi convocada uma Congregação extraordinária para a data de amanhã. Os membros discentes da Congregação da FC estranharam tal reunião, tendo em vista que está sendo realizada durante as "férias prolongadas".
Pedimos então para que disponibilizassem a pauta da reunião, e recebemos como resposta que não há pauta, a Congregação foi simplesmente convocada pelo Reitor.

Com alguns esclarecimentos não tão claros assim, ficamos sabendo que haverá Congregação na parte da manhã, a partir das 9hs e que após as solenidades (leia-se: um bando de gente rasgando seda e puxando saco) haverá a inauguração de prédios pelo campus.

Muito oportuna a data escolhida pelos nossos magníficos reitor e diretor do campus. Não há alunos! Ou seja, qualquer manifestação é inviável.
Ainda mais quando nos deixam em casa para que não permaneçamos em aglomerações, chamam uma reunião para fazer plataforma política. A burocracia acadêmica está mais uma vez de parabéns!

Chamamos os poucos alunos que se encontram em bauru para que apareçam amanhã(04/08) na reunião, na sala 1, a partir das 9hs.
Vale lembrar, que o RU prometido pelo Herman em reunião com os alunos no primeiro semestre, tem até meados de outubro para ser concluido seu projeto de construção. Se isso não ocorrer, o reitor não incluirá no orçamento a obra para o ano de 2010. E ficaremos mais uma vez a "ver navios".

Pela permanência estudantil!
Contra a política do "pires na mão"!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Porque a UNE não nos representa!

Pessoal, depois de o presidente Lula discursar no 51º Congresso da UNE, na semana passada, a UNE que estava escondida e só dava as caras pra defender o governo do presidente, agora está na mira inclusive da mídia burguesa. Acusações que o movimento estudantil nacional (desvinculado da UNE há anos) vinha fazendo, agora são apresentadas no jornal O Estado de São Paulo.

Segue abaixo o artigo:

Lula e a UNE
Suely Caldas, O Estado de S. Paulo, 19/07/09

Nos últimos dias o presidente Lula declarou seu apoio incondicional e elogiou o presidente do Senado, José Sarney, chamando-o de “pessoa especial”. Na quarta-feira, em Alagoas, abraçou Fernando Collor e agradeceu a ele e ao senador Renan Calheiros o apoio ao seu governo.

Nenhuma manifestação da outrora aguerrida, combativa e irreverente União Nacional dos Estudantes (UNE), que há 17 anos comandou os caras-pintadas pelas ruas do País, protestando contra a corrupção no governo e pedindo o impeachment de Collor. No governo Lula a UNE calou diante do mensalão e de tantos outros atos de corrupção, chegou a defender Calheiros no episódio da pensão paga por uma empreiteira a sua ex-namorada, paralisou diante dos inúmeros escândalos envolvendo Sarney e família e silenciou ante a imagem do efusivo abraço entre Lula e Collor.

Afinal, o que aconteceu com a UNE e os estudantes?

Na quinta-feira a direção da UNE recebeu Lula como principal orador da abertura de seu 51º Congresso Nacional. O presidente lembrou de seus idos de sindicalista radical e disse ter passado o tempo em que “encostar-se no governo significava cooptação”. A UNE não encostou, grudou no governo Lula. Tem recebido generosidades e retribuído com aplausos, adesão e apoio político, mesmo quando Lula perdoa corruptos e diz que assina um cheque em branco para o ex-deputado cassado Roberto Jefferson. Não é cooptação? Vamos aos fatos. Em 2004 o governo repassou R$ 199 mil de verbas federais para a UNE e, a partir de 2005, mais R$ 10 milhões - dos quais R$ 7 milhões entre janeiro de 2008 e fevereiro de 2009. Além disso, a Petrobrás, com R$ 100 mil, e a Caixa Econômica Federal, com R$ 30 mil, patrocinaram a Bienal da Cultura da UNE, em Salvador, que ainda levou R$ 2,5 milhões dos cofres públicos.

“Nos anos de Fernando Henrique tínhamos muitas dificuldades de diálogo”, explicou a presidente da UNE, Lúcia Stumpf, em entrevista publicada no Estadão em 5 de março, ao comparar a relação da entidade com os dois governos.

Além dos R$ 10 milhões, Lula e as estatais doaram para esse 51º Congresso mais R$ 920 mil, dos quais a Petrobrás - com sua esquisita e sem critérios política de patrocínios - participou com R$ 100 mil. Agradecida, a direção da UNE tratou de retribuir: saiu em defesa da estatal e condenou a investigação, pela CPI, de suspeita de desvios de dinheiro na Petrobrás. Condenar a apuração de fraudes com dinheiro público é algo inédito na história da UNE (como diria Lula, nunca antes neste país) que contribui para afastar cada vez mais os estudantes que deveria representar.

Com a popularidade pessoal em alta, Lula extrapola ao sair por aí vinculando sua imagem ao que há de mais atrasado no País, elogiando as oligarquias que ele tanto combateu e denunciou, abraçando Collor e ignorando o movimento que se espalhou pelo País pedindo seu impeachment, humilhando os senadores do PT ao obrigá-los a defender Sarney e assumirem o papel de coniventes com os escândalos de que o senador é acusado. Para Lula tudo vale para atrair o que há de pior no PMDB e garantir seu projeto de eleger Dilma Rousseff e continuar no poder. Os senadores petistas até pararam de justificar a defesa de Sarney com o argumento da governabilidade. Diante da enxurrada de denúncias indefensáveis o argumento se esvai. Afinal, complacência com o desvio de dinheiro público não pode servir de apoio a nenhuma governabilidade.

Lula arrisca perder popularidade política, mas se acontecer ele recua rapidinho. A UNE é que corre riscos mais graves. Sua imagem, hoje, entre os estudantes é de uma entidade pelega, financiada e dependente do governo Lula, que ignora as carências estudantis e, quando se envolve na luta política do País, escolhe o lado errado, da corrupção, dos oligarcas que exploram o Estado há décadas. No auge da pressão popular para tirar Renan Calheiros da presidência do Senado os universitários do Rio de Janeiro organizaram uma passeata. Não tiveram o apoio e ainda foram reprovados pela UNE, que saiu em defesa de Calheiros.

Sem lideranças respeitadas e reconhecidas, os estudantes tendem a não se interessar e fugir da luta política numa fase da vida em que a contestação é útil para a formação e a inserção do jovem na sociedade no futuro. Mas esse é o jeito Lula de governar. Ele, que tanto combateu o peleguismo no passado, hoje usa o dinheiro público para comprar o apoio de parlamentares (o mensalão, as emendas), de sindicalistas (as centrais sindicais acabam de ser contempladas) e da UNE.

Suely Caldas, jornalista, é professora de Comunicação da PUC-Rio (sucaldas@terra.com.br)

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Formação

Formação

Não ignoro que a principal incumbência assinada ao ensino em geral, e
em especial ao universitário, é a formação. A universidade prepara o
aluno para a vida, transmite-lhe os saberes adequados ao exercício
cabal de uma profissão escolhida no conjunto de necessidades
manifestada pela sociedade, escolha essa que se alguma vez foi guiada
pelos imperativos da vocação, é com mais frequência resultante dos
progressos científicos e tecnológicos, e também de interessadas
demandas empresariais. Em qualquer caso, a universidade terá sempre
motivos para pensar que cumpriu o seu papel ao entregar à sociedade
jovens preparados para receberem e integrarem no seu acervo de
conhecimentos as lições que ainda lhe faltam, isto é, as da
experiência, madre de todas as coisas humanas. Ora, se a universidade,
como era seu dever, formou, e se a chamada formação contínua fará o
resto, a pergunta é inevitável: ?Onde está o problema?? O problema
está em que me limitei a falar da formação necessária ao desempenho de
uma profissão, deixando de lado outra formação, a do indivíduo, da
pessoa, do cidadão, essa trindade terrestre, três em um corpo só. É
tempo de tocar o delicado assunto. Qualquer acção formativa pressupõe,
naturalmente, um objecto e um objectivo. O objecto é a pessoa a quem
se pretende formar, o objectivo está na natureza e na finalidade da
formação. Uma formação literária, por exemplo, não apresentará mais
dúvidas que as que resultarem dos métodos de ensino e da maior ou
menor capacidade de recepção do educando. A questão, porém, mudará
radicalmente de figura sempre que se trate de formar pessoas, sempre
que se pretenda incutir no que designei por ?objecto?, não apenas as
matérias disciplinares que constituem o curso, mas um complexo de
valores éticos e relacionais teóricos e práticos indispensáveis à
actividade profissional. No entanto, formar pessoas não é, por si só,
um aval tranquilizador. Uma educação que propugnasse ideias de
superioridade racial ou biológica estaria a perverter a própria noção
de valor, pondo o negativo no lugar do positivo, substituindo os
ideais solidários do respeito humano pela intolerância e pela
xenofobia. Não faltam exemplos na história antiga e recente da
humanidade.
Aonde pretendo chegar com este arrazoado? À universidade. E também à
democracia. À universidade porque ela deverá ser tanto uma instituição
dispensadora de conhecimentos como o lugar por excelência de formação
do cidadão, da pessoa educada nos valores da solidariedade humana e do
respeito pela paz, educada para a liberdade e para a crítica, para o
debate responsável das ideias. Argumentar-se-á que uma parte
importante dessa tarefa pertence à família como célula básica da
sociedade, porém, como sabemos, a instituição familiar atravessa uma
crise de identidade que a tornou impotente perante as transformações
de todo o tipo que caracterizam a nossa época. A família, salvo
excepções, tende a adormecer a consciência, ao passo que a
universidade, sendo lugar de pluralidades e encontros, reúne todas as
condições para suscitar uma aprendizagem prática e efectiva dos mais
amplos valores democráticos, principiando pelo que me parece
fundamental: o questionamento da própria democracia. Há que procurar o
modo de reinventá-la, de arrancá-la ao imobilismo da rotina e da
descrença, bem ajudadas, uma e outra, pelos poderes económico e
político a quem convém manter a decorativa fachada do edifício
democrático, mas que nos têm impedido de verificar se por trás dela
algo subsiste ainda. Em minha opinião, o que resta é, quase sempre,
usado muito mais para armar de eficácia as mentiras que para defender
as verdades. O que chamamos democracia começa a assemelhar-se
tristemente ao pano solene que cobre a urna onde já está apodrecendo o
cadáver. Reinventemos, pois, a democracia antes que seja demasiado
tarde. E que a universidade nos ajude. Quererá ela? Poderá ela?

José Saramago

sábado, 27 de junho de 2009

Reunião Projeto do RU


Boa noite, unespianos.

Vou tentar fazer um resumo do que aconteceu hoje na reunião.
Por volta das 14:30, na Sala dos Órgãos Colegiados, eu Diego(Dacel), Kpta(Capsi), Cainã(Dacel), Pastor(Cacoff), Capô(Dafae) e Derci(Arquitetura), entramos na sala onde se deu a reunião. O Diretor do Campus, Prof. Luiz Henrique Monteiro, havia convocado apenas um representante por Diretório Acadêmico. Em teoria, deveriam haver apenas 2 representantes discentes, já que o DADICA(Diretório da FAAC) está sem gestão.
Entramos na sala e quando a reunião foi iniciada, dissemos que os alunos presentes eram de entidades estudantis, e que pela quantidade de pessoas presentes na sala e dada a importância da presença de discentes, deveríamos ficar.

O diretor Henrique, juntamente com o diretor da FAAC - Roberto Deganutti - disseram que visitaram alguns RUs das Unesps, o da UFSCAR e também o da USP de São Carlos, pra conhecer os projetos e como funcionam as dinâmicas de funcionamento dos mesmos, para dar um parâmetro do que seria necessário ao campus de Bauru e atendesse a nossa demanda.

Sem muitos problemas, assim se deu. A arquiteta que apresentou os projetos é uma ex-aluna de Arquitetura do nosso próprio campus, e ressaltou desde o início que conhecia a antiga demanda do Restaurante Universitário aqui e que se sentia honrada em estar apresentando o projeto.
O local da construção do RU será atrás do Guilhermão, entre este e os prédios dos laboratórios da FAAC.
Foram apresentados 3 projetos. O primeiro foi o que mais agradou a grande maioria dos presentes. Será um prédio de dimensões grandes, com um salão amplo onde serão servidas as refeições.
O RU terá a capacidade de servir cerca de 4000 refeições/dia, sendo que 2500 no almoço e 1500 na janta. O restaurante não terá subsídio. O preço que se pretende cobrar pela refeição é de R$3,00.
O projeto contará com um prédio anexo, onde deverão ser construídos locais para convivência estudantil, além de agências bancárias, sala para exposição de trabalhos, lan-house, livraria e até uma academia.

Bom, não preciso ressaltar que esses últimos itens foram os que deram mais polêmica. Reinteramos que deve haver um local para convivência dos estudantes, para apresentações culturais, onde os alunos, funcionários e estudantes possam conviver, permanecer no local, e não como foi apresentado, um local para se gastar depois do almoço.
Enfim, não se precipitem. Esse projeto não é conclusivo. Algumas sugestões foram apresentadas e ele deve sofrer alterações. Os próprios "burocratas" não concordaram em plenitude com esse prédio anexo, da forma como foi apresentado. Essas questões podem ser discutidas pela comunidade acadêmica. Convenhamos: como todas as faculdades do campus possuem laboratórios didáticos de computação, não precisamos de lan-house. Academia? Isso aqui não é novelinha das 5 da Rede Globo! O espaço é público e não deve ser destinado para fins mercantilistas.

Ficamos presentes na reunião até por volta das 16:45, quando fomos gentilmente convidados a nos retirar. O prof. Henrique disse que precisava conversar detalhes técnicos entre os membros do GAC, e como ele estava sendo democrático até aquele momento, pediu para que saissemos. Insistimos em permanecer mas ele reiterou que não poderíamos permanecer ali, ou ele daria a reunião por encerrada.
O que eles conversariam ali que não podíamos ouvir? Fica a pergunta...

A BATALHA NÃO ESTÁ GANHA!
Nem perto disso. Para que o RU comece a ser construído no ano que vem, este projeto precisa estar pronto até meados de agosto, não muito depois disso. Estando pronto, há toda uma burocracia legal a ser cumprida, como aberttura de Edital para as empresas interessadas se apresentem e etc. E aí sim, o projeto será incluído na peça orçamentária de 2010, e então o Reitor Herman colocará (como já firmado compromisso em reunião com os alunos da Unesp Bauru) o projeto como prioridade de construção.
Ou seja, se o projeto ficar pronto, ele "solta a grana".
Ah, só pra constar. O valor da construção está estimado em cerca de 2 milhões de reais, mais 1 milhão de reais para a aquisição dos equipamentos.

O que os estudantes devem fazer agora?
Cobrar para que este projeto saia logo!!!! Não vamos mais uma vez acreditar na burocracia, como aconteceu com a moradia no ano passado quando achávamos que a batalha estava ganha. Precisamos estar vigilantes, e acompanhar todo o processo a partir de agora. Queremos os prazos! Queremos discutir junto com a direção o que de fato será a convivência do RU. Temos que opinar e colocar aquilo que nos interessa, afinal, não somos nós os maiores interessados e beneficiados com o Restaurante Universitário???
Se alguém lembrar de algo, comenta aí que eu completo.

Pretendemos conseguir uma cópia do projeto apresentado para que possamos levá-lo aos alunos e interá-los do mesmo.
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Comentário sobre a Proposta de Projeto Arquitetônico do RU Bauru

A proposta de instalação do RU apresentada pela arquiteta Alexandra Alcântara, apesar de contestações, traduz-se em grande ganho para a comunidade acadêmica, pois além de atender o programa de necessidades, exprime valor estético. O Projeto Arquitetônico estabelece a implantação do restaurante em uma região central do campus, atrás do Guilhermão, visando eqüidistância das existentes e futuras instalações. O prédio busca a diversidade de materiais construtivos, o que caracteriza riqueza projetual; aberturas para ventilação e insolação almejando a sustentabilidade; e espaços generosos permitindo a sua boa funcionalidade. Com esses detalhes, o edifício deve destacar-se dos demais já existentes, desenhando-se inovador e reflexo positivo do investimento público. Por outro lado, a proposta sofreu contestações, pois havia acessos mal dimensionados; espaços não condizentes com a realidade atual dos alunos, como o anfiteatro e salas comerciais. Mas como eram estudos preliminares, a arquiteta comprometeu-se a considerar as observações feitas e rever os pontos questionados. O grande ganho está no fato da Universidade abrir espaço para um profissional especializado, permitindo certa liberdade projetual que tenta traduzir os anseios das diversas categorias da UNESP Bauru. A grande preocupação é o cumprimento do prazo para que a obra possa entrar no orçamento de 2010, podendo acarretar perda na qualidade projetual e assim afetar diretamente o cotidiano de nós universitários.

Wilson Christensen - Dercy – 3º ano Arquitetura

Até breve!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Paralisação do dia 22/06

Ontem as três categorias da UNESP-Bauru, estudantes, funcionários e professores estavam paralisados contra a repressão na Universidade Pública do estado de São Paulo. Esta data foi decidida em Assembléias realizadas semana passada, por cada categoria, nas quais o foco era justamente a repressão e a retomada das negociações da pauta unificada do fórum dos sindicatos dos trabalhadores, das associações docentes e das entidades estudantis das três universidades estaduais paulista, o Fórum das Seis. Essas negociações ocorrem com o Conselho de Reitores das Universidades do Estado de São Paulo, o Cruesp, e não estão avançando devido a politicagem do Cruesp e a sua truculência ao permitir a invasão da polícia na USP (como mostram os vídeos postados aqui noo blog).

Devido a esses fatos ontem houve uma paralisação parcial das atividades com aderência em massa dos funcionários do campus e parcelas dos alunos e professores. O intuito era de avançar na discussão sobre repressão e as demais questões que afligem a UNESP e a Universidade Pública. Houve panfletagem desde as 9h da manhã por parte do movimento estudantil daqui para chamar os estudantes para a paralisação. Houve também duas reuniões durante a tarde para discutir os problemas citados. As reuniões estavam esvaziadas, mas fomentaram mais uma vez a discussão no campus.

Dessas reuniões se decidiu por realizar uma Assembléia Geral dos Estudantes na quinta-feira, dia 25/06, as 17:30, na sala 54. Será feito um balanço da paralização e da retomada das negociações da pauta unificada, será discutida a mobilização em geral, tanto do campus quanto do estado e também será discutido o Restaurante Universitário e a reunião do dia 26/06 que será sobre o projeto do R.U.. A reunião ocorrerá as 14:30, na sala da Concgregação da FC e da FAAC que é no prédio das graduações e diretorias das duas faculdades.

Sendo fim de semestre é complicado se juntar para lutar pelos nossos direitos, afinal, o cotidiano vai contra a nossa mobilização, mas nãon podemos deixar de lado os problemas que afligem a Universidade.

Vamos todos para a Assembléia de quinta-feira fazer um balanço sobre as nossas mobiilizações!

Vamos para essa reunião sexta-feira decidir como será o Restaruante do campus de Bauru!


Não vamos deixar que as nosso cotidiano nos deixe inertes, nós podemos conquistar as nossas reivindicações na luta!


Em breve mais informes do movimento estadual e de Bauru...