domingo, 28 de novembro de 2010

Algumas perguntas inconvenientes sobre a violência no Rio


1 – Se, após perder território, o tráfico está paralisando o estado, o que aconteceria se fossem tirados territórios das milícias – o verdadeiro crime organizado?

2 – Quanto a Globo já lucrou com os últimos acontecimentos? Por quanto ela vendeu 1 minuto de imagens para as agências internacionais? Quanto lucrou a Taurus e outras indústrias armamentistas? Até onde a violência urbana carioca é um negócio lucrativo que não pode acabar?

3 – A solução é UPP? Atualmente, as UPPs estão em 2% das favelas cariocas – na maioria pequenas – e consomem 1,5% dos efetivos policiais. Se as UPPs fossem levadas a todas as comunidades exigiria mais de 100% do efetivo policial hoje existente, e que também tem como atribuição cobrir o restante do estado do Rio.

4 – Por que as UPPs começaram pela Zona Sul e Maracanã e não pelas áreas onde os índices de criminalidade são mais elevados?

5 – Por que nenhuma UPP foi instalada em área de milícia?

6 – Por que todo mundo sabe como morreu o filho de Ciça Guimarães, e ninguém sabe como morreu Rosângela Barbosa de 14 anos?

7 – Se a maconha e outras drogas já fazem parte dos processos culturais da sociedade brasileira, e é irreal pensar no fim do consumo, porque a legalização não está em debate?

8 – Parte da classe média carioca pede o extermínio da população favelada. Essas mesmas pessoas seriam capazes de viver um dia sem os serviços prestados por essa população? Lavariam suas próprias roupas intimas; fariam sua própria comida…?

(*) Perguntas feitas via Facebook por Eduardo Albergaria.
Fonte: http://www.fazendomedia.com/algumas-perguntas-inconvenientes-sobre-a-violencia-no-rio/

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